A colônia holandesa de Jaguariúna, perto de Campinas, a mais organizada e pacata comunidade agrícola de São Paulo, viveu uma guerra de nervos sem precedentes. Segundos os jornais paulistas, teria surgido ali uma epidemia de câncer bovino.
Um engenheiro, especialista em física nuclear, tentando explicar o fenômeno,m admitiu a hipótese de que o lugar estava sendo bombardeada por poeira atômica proveniente das explosões experimentais realizadas nos Estados Unidos e na antiga União Soviética.
Seria, portanto, câncer provocado pelar radiações de materiais atômicos caídos nas pastagens. Na verdade, seis casos de câncer foram registrados. Como as autoridades não se mexias, no sentido de apurar os fatos, e um principio de pânico se manifestava na região, a revista Manchete realizou por sua conta, uma série de pesquisas.
Com um equipamento que media o nível de radioatividade no ambiente, o Prof. Longo indicou o depósito de fertilizantes como origem dos sinais radioativos que o aparelho emitia. Os ponteiros do mostrador assinalaram 200 impulsos por minuto, quando o normal são 50.O cintilometro acusava 0,18 mili-roentgen por horan, quando o normalna área era de 0,0013. Tudo indicava, portando, uma radioatividade fora do normal, e a origem estava no fertilizante.Interrogando os responsáveis pela fazenda, soube-se que aquele tipo de fertilizante (superfosfato americano) era usado há seis anos. Adubavam os pastos e plantações numa proporção de 150 quilos por hectare. Todos os seis animais visitamos pelo câncer viviam no mesmo local.
O encarregado do depósito também já havia sido atacado por um câncer, tendo sido operado há dois anos. As autoridades mostraram-se incrédulas sobre as possibilidades de a radioatividade contida nos fertilizantes produzirem algum tipo de câncer. Não acreditavam também que ele seria produzido por um tipo de vírus. Tudo, passaria, portanto, de uma "pavorosa coincidência".