O cel. Antônio de Mascarenhas Camello e o Professor Francisco de Paula Xavier de Toledo acabam da morte certa o ex-escravo Pedro, da família Mascarenhas, o qual fora há tempos acometido de uma ferida cancorosa na ponta da língua.
O mal progredia de uma maneira pasmosa e já não havia esperanças de salvar o enfermo. Foi então que o Mascarenhas e o Professor Toledo se lembraram de aplicar-lhe um tratamento, que segundo as tradições de família, seria eficaz na cura da terrível moléstia.
Fizeram então um cozimento de figueira do inferno (stramonium), misturaram açúcar, reduziram tudo a um tipo de melado, com o qual friccionaram a ferida muitas vezes no dia.
Após oito dias o inchaço desaparecera da língua, Pedro já podia alimentar-se; e tocando a ferida com um pálido, desprendeu-se uma crosta dura acompanhada de muitíssimos filamentos brancos, em forma de raízes.
Em quinze dias a ferida cicatrizou e a cura foi completa. Em meados de 1896 o mesmo jornal noticiou que o negro ainda vivia completamente são, apresentando m sua língua profundas depressões, vestígio da terrível moléstia; e acrescentando que muitas outras curas tinham sido realizadas pelo mesmo processo.