' Tiros disparados do Recreativo quase acertaram presidente do Brasil - 06/11/1947 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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Tiros disparados do Recreativo quase acertaram presidente do Brasil
6 de novembro de 1947, quinta-feira. Há 77 anos
Ver Sorocaba/SP em 1947
44 registros
Duas armas de fogo apontavam para a sede do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), situada na rua São Bento, em Sorocaba. Era 6 de novembro de 1947, três dias antes da primeira eleição para prefeito através do voto popular. Na sacada do prédio era aguardada a presença do então senador Getúlio Vargas - cuja morte completa hoje 60 anos -, convidado para impulsionar a campanha do candidato Gualberto Moreira.

Bastou um homem com as mesmas características físicas do ex-presidente aparecer na varanda para uma sequência de projeteis atingir a fachada do imóvel. O objetivo dos atiradores não era alvejar o gaúcho de São Borja, mas sim dispersar o público e evitar que o clima de euforia refletisse no pleito municipal.

Getúlio Vargas não estava na sede do partido no momento dos tiros. A chegada do senador sofreu um atraso, pois um dos veículos da comitiva capotou na região de São Roque e deixou duas pessoas feridas.

Os disparos partiram da sede do Clube União Recreativo, distante cerca de 50 metros da sede do PTB. Os autores foram localizados logo na sequência, no forro do imóvel, e detidos pela polícia.

O homem baixo e barrigudo que saiu na sacada do prédio, momentos antes dos tiros, foi o capitão Carlos Franco Pinto. Ele era secretário geral do PTB no estado de São Paulo, presidente do diretório local, homem forte da polícia militar em Sorocaba e amigo pessoal de Getúlio Vargas. Partiu dele o convite para o senador discursar na cidade em favor de Gualberto Moreira.

Havia um clima de insegurança no ar. Getúlio tinha sido deposto do cargo de presidente dois anos antes, depois de longos 15 anos de governo, e colecionava inimigos. A sua presença também incomodava os adversários, pois o seu discurso era capaz de atrair as massas e cativar os eleitores.

Durante a série de comícios pelo interior do Estado, Getúlio Vargas foi severamente atacado antes de desembarcar em Sorocaba. Estudantes fizeram um enterro simbólico do ex-presidente em Ribeirão Preto.

Em Cravinhos, ele teria recebido um tapa no rosto, segundo o jornal O Dia. Já O Estado de S. Paulo publicou que o senador cancelou a visita em Sertãozinho e precisou da ajuda policial para não ser agredido em São Simão.

Para o filho do capitão, o delegado aposentado Álvaro Luz Franco Pinto, 78 anos, esse retrato da história mostra que Getúlio Vargas não estava literalmente na mira das armas em Sorocaba. "Os autores dos disparos eram excelentes atiradores e poderiam ter acertado o meu pai, o Gualberto Moreira e as outras pessoas presentes naquela sacada. A intenção não era matar, mas dissolver a multidão", diz.

Álvaro levantou mais uma hipótese de os projeteis terem sido disparados em Sorocaba sem um alvo definido. Após o incidente, o delegado regional Francisco Franco do Amaral teria prendido os atiradores, mas o capitão Franco Filho foi ouvido como testemunha e declarou o caso como um simples distúrbio.

"Com isso, os atiradores pegaram um processo pequeno e, depois, até o governador Ademar de Barros ligou agradecendo o meu pai por não ter exigido a tentativa de homicídio", lembra. O curioso é que, na ocasião, o chefe do executivo estadual era adversário político de Vargas.

De acordo com Álvaro, o público foi convocado a retornar à praça por meio do sistema de som após o tiroteio. A plateia viu Getúlio Vargas desembarcar em Sorocaba e discursar na sacada do PTB. Em seguida, o senador almoçou na residência de Franco Pinto, na chácara Vergueiro, e seguiu para Itapetininga. Nove dias depois, Gualberto Moreira seria anunciado o novo prefeito da cidade com 6.975 votos.

Testemunhas

Duas pessoas presenciaram o tiroteio ocorrido na praça central de Sorocaba. O escritor e jornalista Otto Wey Netto, 87, estava na sacada do prédio e narrava ao vivo pela rádio PRD-7 o evento político quando começaram os disparos.

Netto pensou que o conflito estava restrito à praça. "Comecei a narrar o tiroteio, mas uma pessoa se arrastou até a sacada, pegou na minha calça e falou para eu sair porque os tiros eram contra nós", lembra.

De acordo com Netto, a fachada do prédio ao redor da sacada ficou toda marcada pelos projeteis. "Até uma aparelhagem de som que estava por lá foi perfurada", conta. O jornalista não viu Getúlio Vargas.

Já o professor Milton Marinho Martins, 92, estava na praça para assistir ao comício. Ele era candidato ao cargo de vereador Partido Democrata Cristão (PDC), ouviu os tiros e depois viu a chegada de Getúlio Vargas. "Na hora do tiroteio foi uma correria e falaram que os disparos partiram do Recreativo, mas isso era suposição."

O escritor e historiador Juremir Machado da Silva, autor do livro Getúlio, ouviu de duas fontes o caso ocorrido em Sorocaba naquele ano de 1947. "Segundo as minhas fontes, ele [Getúlio] não teria estado em Sorocaba, mas isso eu não posso garantir", diz.

Um entrevistado ligado à guarda pessoal de Getúlio confirmou o tiroteio em Sorocaba, mas ressaltou que o senador não estava no local. "Outra vez, eu perguntei isso a um homem que conheceu bem o Getúlio, que era o Guilherme Arinos. Ele foi secretário pessoal do Getúlio e falou que isso não aconteceu. Disse que isso era uma lenda urbana."

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul



Na década de 40, o casarão teve como dono o capitão Carlos Franco Pinto, que era o secretário geral do PTB do estado de São Paulo, presidente do partido em Sorocaba. Foi o local onde o capitão Franco Pinto recebeu Getúlio Vargas para um almoço, depois do discurso feito pelo senador e ex-presidente do Brasil na Praça Cel. Fernando Prestes no dia 6 de novembro de 1947. Lembrando que nesse dia aconteceu possivelmente o atentado que publicamos anteriormente..facebook.com/sorocaba24hrs/ posts/582036892562061

Getúlio Vargas em Sorocaba
Data: 06/11/1947 1947
Créditos / Fonte: Família Franco Pinto
Gualberto Moreira de Branco, Capitão Franco Pinto ao microfone (pp)(ps)(!)(

Atentado ao presidente
Data: 01/01/1979 1979
Fonte: Jornal da República

Getúlio Vargas em Sorocaba
Data: 06/11/1947 1947
Créditos / Fonte: Família Franco Pinto
Gualberto Moreira de Branco, Capitão Franco Pinto ao microfone ( (£) (ps) (

1° de fonte(s) [18937]
“Écos dos acontecimento de Sorocaba” - Os resultados do inquérito...
Data: 17 de março de 1933



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2° de fonte(s) [k-553]
Fonte: Jornal da República
Data: 1979, ver ano (113 registros)

Ao encontrar o prefeito de Sorocaba, Theodoro Mendes (1941-2020), num gabinete do Congresso, logo depois de obter a confirmação da visita presidencial, Paulo Maluf, todo orgulhoso, fez-lhe a pergunta: Qual foi o último presidente que visitou Sorocaba?

Foi Getúlio Vargas, em 47, e sofreu um atentado, respondeu o prefeito.

Como é, vamos ter dez mil pessoas nas ruas?, indagou Maluf. Depende de vocês...

Na verdade, o único presidente da República que já visitou Sorocaba foi Getúlio Vargas, mas em 40. Ele voltaria à cidade em 47, após a queda do Estado Novo, a convite do chefe político capitão Franco Pinto e estava previsto um pronunciamento de Getúlio na sacada de um casarão, na praça cel. Fernando Prestes, a principal da cidade. Alguns pistoleiros foram contratados para matá-lo e se instalaram num prédio em frente. Mas, Getúlio demorasse muito para aparecer, os pistoleiros beberam além da conta. Quando Franco Pinto, que era fisicamente parecido com Getúlio, apareceu na sacada, eles começaram a atirar a esmo e não acertaram nenhum tiro.


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3° de fonte(s) [k-552]
O tiro que não atingiu Getúlio Vargas. Por Giuliano Bonamim, no jornal Cruzeiro do Sul
Data: 24 de agosto de 2014, ver ano (137 registros)

Duas armas de fogo apontavam para a sede do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), situada na rua São Bento, em Sorocaba. Era 6 de novembro de 1947, três dias antes da primeira eleição para prefeito através do voto popular. Na sacada do prédio era aguardada a presença do então senador Getúlio Vargas - cuja morte completa hoje 60 anos -, convidado para impulsionar a campanha do candidato Gualberto Moreira. Bastou um homem com as mesmas características físicas do ex-presidente aparecer na varanda para uma sequência de projeteis atingir a fachada do imóvel. O objetivo dos atiradores não era alvejar o gaúcho de São Borja, mas sim dispersar o público e evitar que o clima de euforia refletisse no pleito municipal.

Getúlio Vargas não estava na sede do partido no momento dos tiros. A chegada do senador sofreu um atraso, pois um dos veículos da comitiva capotou na região de São Roque e deixou duas pessoas feridas.

Os disparos partiram da sede do Clube União Recreativo, distante cerca de 50 metros da sede do PTB. Os autores foram localizados logo na sequência, no forro do imóvel, e detidos pela polícia.

O homem baixo e barrigudo que saiu na sacada do prédio, momentos antes dos tiros, foi o capitão Carlos Franco Pinto. Ele era secretário geral do PTB no estado de São Paulo, presidente do diretório local, homem forte da polícia militar em Sorocaba e amigo pessoal de Getúlio Vargas. Partiu dele o convite para o senador discursar na cidade em favor de Gualberto Moreira.

Havia um clima de insegurança no ar. Getúlio tinha sido deposto do cargo de presidente dois anos antes, depois de longos 15 anos de governo, e colecionava inimigos. A sua presença também incomodava os adversários, pois o seu discurso era capaz de atrair as massas e cativar os eleitores.

Durante a série de comícios pelo interior do Estado, Getúlio Vargas foi severamente atacado antes de desembarcar em Sorocaba. Estudantes fizeram um enterro simbólico do ex-presidente em Ribeirão Preto. Em Cravinhos, ele teria recebido um tapa no rosto, segundo o jornal O Dia. Já O Estado de S. Paulo publicou que o senador cancelou a visita em Sertãozinho e precisou da ajuda policial para não ser agredido em São Simão.

Para o filho do capitão, o delegado aposentado Álvaro Luz Franco Pinto, 78 anos, esse retrato da história mostra que Getúlio Vargas não estava literalmente na mira das armas em Sorocaba.

"Os autores dos disparos eram excelentes atiradores e poderiam ter acertado o meu pai, o Gualberto Moreira e as outras pessoas presentes naquela sacada. A intenção não era matar, mas dissolver a multidão", diz.

Álvaro levantou mais uma hipótese de os projeteis terem sido disparados em Sorocaba sem um alvo definido. Após o incidente, o delegado regional Francisco Franco do Amaral teria prendido os atiradores, mas o capitão Franco Filho foi ouvido como testemunha e declarou o caso como um simples distúrbio.

"Com isso, os atiradores pegaram um processo pequeno e, depois, até o governador Ademar de Barros ligou agradecendo o meu pai por não ter exigido a tentativa de homicídio", lembra. O curioso é que, na ocasião, o chefe do executivo estadual era adversário político de Vargas.

De acordo com Álvaro, o público foi convocado a retornar à praça por meio do sistema de som após o tiroteio. A plateia viu Getúlio Vargas desembarcar em Sorocaba e discursar na sacada do PTB. Em seguida, o senador almoçou na residência de Franco Pinto, na chácara Vergueiro, e seguiu para Itapetininga. Nove dias depois, Gualberto Moreira seria anunciado o novo prefeito da cidade com 6.975 votos.

Testemunhas

Duas pessoas presenciaram o tiroteio ocorrido na praça central de Sorocaba. O escritor e jornalista Otto Wey Netto, 87, estava na sacada do prédio e narrava ao vivo pela rádio PRD-7 o evento político quando começaram os disparos.

Netto pensou que o conflito estava restrito à praça. "Comecei a narrar o tiroteio, mas uma pessoa se arrastou até a sacada, pegou na minha calça e falou para eu sair porque os tiros eram contra nós", lembra.

De acordo com Netto, a fachada do prédio ao redor da sacada ficou toda marcada pelos projeteis. "Até uma aparelhagem de som que estava por lá foi perfurada", conta. O jornalista não viu Getúlio Vargas.

Já o professor Milton Marinho Martins, 92, estava na praça para assistir ao comício. Ele era candidato ao cargo de vereador Partido Democrata Cristão (PDC), ouviu os tiros e depois viu a chegada de Getúlio Vargas."Na hora do tiroteio foi uma correria e falaram que os disparos partiram do Recreativo, mas isso era suposição."

O escritor e historiador Juremir Machado da Silva, autor do livro Getúlio, ouviu de duas fontes o caso ocorrido em Sorocaba naquele ano de 1947.

"Segundo as minhas fontes, ele [Getúlio] não teria estado em Sorocaba, mas isso eu não posso garantir", diz.

Um entrevistado ligado à guarda pessoal de Getúlio confirmou o tiroteio em Sorocaba, mas ressaltou que o senador não estava no local. "Outra vez, eu perguntei isso a um homem que conheceu bem o Getúlio, que era o Guilherme Arinos. Ele foi secretário pessoal do Getúlio e falou que isso não aconteceu. Disse que isso era uma lenda urbana."


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4° de fonte(s) [29581]
Palco de muitos fatos históricos desde 1654. Por Carlos Araújo, jornal Cruzeiro do Sul
Data: 15 de março de 2015, ver ano (122 registros)

Em 1947, a praça foi palco de uma tentativa de atentado contra o então senador Getúlio Vargas, que havia sido presidente do Brasil por 15 anos, entre 1930 e 1945. Contaram as testemunhas que um atirador se posicionou no forro do Clube União Recreativo. Getúlio apareceria na sacada do Sorocaba Clube durante um comício do PTB, que tinha Gualberto Moreira como candidato a prefeito.

De repente, um homem com o perfil de Getúlio foi visto pelo atirador na sacada do Sorocaba Clube, em meio a um grupo de pessoas. Começaram os tiros. Foi um tumulto geral. O fato é que o verdadeiro Getúlio ainda não estava na cidade.


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