Criação da Companhia Montanística das Minas Gerais de Sorocaba, empresa responsável pela fundição de Ipanema, como uma sociedade de capital misto, com treze ações pertencentes à Coroa Portuguesa e 47 a acionistas particulares de São Paulo, do Rio de Janeiro e da Bahia - 04/12/1810 de ( registros)
Criação da Companhia Montanística das Minas Gerais de Sorocaba, empresa responsável pela fundição de Ipanema, como uma sociedade de capital misto, com treze ações pertencentes à Coroa Portuguesa e 47 a acionistas particulares de São Paulo, do Rio de Janeiro e da Bahia
4 de dezembro de 1810, terça-feira. Há 214 anos
Dom João VI assina uma carta régia criando a Fábrica de Ferro Ipanema, a primeira siderúrgica brasileira, que se manteve ativa até 1895. Carta régia criando o Estabelecimento Montanístico de Extraçãodo Ferro das Minas de Sorocaba, explorado por uma companhia edirigido pelo sueco Carlos Gustavo Hedberg. Em 10 de novembro de1813, a junta diretora resolveu que se chamasse Real Fábrica de SãoJoão de Ipanema. Em 27 de setembro de 1814, o major (depois tenentecoronel) Frederico Luís Guilherme de Varnhagen ficou incumbido dadireção das obras, e no dia 1o de novembro de 1818 a fundição começoua trabalhar (ver essa data). O tenente-coronel Varnhagen, nascido em1783 em Arolsen (Waldek), faleceu em Lisboa no dia 15 de novembrode 1842. Foi em Ipanema que nasceu, a 17 de fevereiro de 1816, o seuilustre filho Francisco Adolfo de Varnhagen, visconde de Porto Seguro.[0]
O Conde de Linhares, após tomar conhecimento da Memória de Martim Francisco, destacou um aprendiz de fundição, participante daMissão Eschwege em Portugal, para vir ao Brasil e cooperar com os paulistas no aproveitamento do minério de ferro de Araçoiaba. Luís Guilherme Varnhagen, tal era o alemão, aqui chegou em 1810 e, exami- nando o estudo de Martim Francisco, opina pela organização de umasociedade de economia mista, na qual o Estado entraria com uma parte, ao contrário da idéia do autor da Memória, que propunha uma empresaestatal. A 4 de dezembro de 1810 fundou-se, então, o Estabelecimento Montanístico de Extração de Ferro das Minas de Sorocaba, com capital equivalente a 50.000 dólares atuais, subdivididos em 60 quotas, das quais 13 tomadas pelo Governo. Varnhagem, porém, não foi o diretor e nem otécnico da primeira sociedade de economia mista existente entre nós. Aidéia do Governo foi mandar vir uma missão sueca, à guisa de comparação com a alemã, para conhecimento de mais um novo método de redu- ção do minério de ferro. Foi assim que a Missão Hedberg, contratada naSuécia e composta de 18 pessoas, chegou ao Brasil em dezembro de 1810, trazendo todos os instrumentos e ferramentas necessários para montar uma fábrica de ferro nos moldes das muitas já existentes na Escandinávia. Hedberg, o chefe e técnico da missão, foi contratado por 10 anos, com os vencimentos de 4.000 cruzados anuais, o dobro do que ganhava Esch- wege, há muito trabalhando para o Governo português. [História Da Civilização Brasileira (1997)]
A empresa responsável pela fundição de Ipanema foi criada em 4 dezembro de 1810, como uma sociedade de capital misto, com treze ações pertencentes à Coroa Portuguesa e 47 a acionistas particulares de São Paulo, do Rio de Janeiro e da Bahia.
Para implantá-la foi criado o Distrito do Ipanema e trazida, a um alto custo, para a região uma equipe de técnicos sueca, contratada em dezembro de 1809, liderada por Carl Gustav Hedberg, aos quais ele havia concedido terras, assim como escravos para serviços domésticos, a manutenção dos dias santos para aumentar a produtividade, a liberdade de culto, conforme acordado antes de sua vinda, e o estabelecimento de um cemitério para os ingleses e suecos. Este cemitério seria o primeiro da região de Sorocaba.
Em 12 de julho de 1811 o príncipe regente d. João VI (44 anos) escreve, do Palácio no Rio de Janeiro, ao Governador da Capitania de São Paulo, Luís Teles da Silva Caminha e Meneses, 8.º conde de Tarouca e 5.º marquês de Alegrete (36 anos).
O título da carta régia é “Sobre os trabalhos das minas de ferro de Sorocaba”
Nesta carta régia se destacam:
- que tudo fosse feito debaixo de princípios inalteravelmente justos, e sem violência
- que tudo fosse executado perfeita, dando-lhe conta regular não só do estado em que a achastes, mas ainda do sucessivo melhoramento que fosse tendo, e da receita e despesa
- cessar o monopólio do comércio das madeiras e sua venda nos diferentes portos da Capitania
- proibir queimadas nas matas, mas facilitar o corte, contanto que se cuidasse também da sua reprodução, não se opondo obstaculo aos esforços da natureza
- civilizar o “índio bravo” que impedia a livre comunicação das três Capitanias de S. Paulo, Santa Catharina, Rio Grande do Sul e do Distrito do Paiz de Missões
- a cultura do linho cânhamo também faria a riqueza da capitania de S. Paulo
- se conseguisse, debaixo de liberais princípios, naturalizar na Capitania a produção de cânhamo, “fareis aos meu real serviço, a navegação e á riqueza dessa Capitania o maior bem possível e jamais me esquecerei de tão grande serviço”
- facilitar o corte de madeira, contanto que se cuide também na sua reprodução, não se opondo obstaculo aos esforços da natureza.
- esse primeiro estabelecimento, em tais bases, resultaria, não só a sua perfeita utilidade, mas ainda a felicidade da Capitania ou de toda a variada industria da fundição e forja do ferro e das imensas fabricas que dele, e do aço depois se derivam, devem achar toda a facilidade em se estabelecerem, visto que a riqueza e produção do solo, fazendo que seja tudo ali muito barato
- abertura das estradas, que servirão a dar facil e barata passagem a todos estes produtos até aos portos de mar
- evitar todos os motivos de ciúme ou de questão, que possam existir entre o Diretor e operarios suecos, e os empregados portugueses na fabrica
- que relatórios anuais detalhados fossem publicados afim de que os acionistas vissem a boa fé e exatidão como se procedem os serviços
- os vastos e preciosos campos de Guarapuava poderiam vir a ser outra Capitania tão importante como a do Rio Grande
Íntegra carta régia “Sobre os trabalhos das minas de ferro de Sorocaba na Capitania de S. Paulo”:
Marquez de Alegrete, Governador e Capitão-General da Capitania de S. Paulo. Amigo. Eu o Principe Regente vos envio muito saudaso como aquelle que amo e prezo.
Tendo-vos encarregado o governo da Capitania de S. Paulo, que é de esperar desempenheis, como pede o vosso nascimento, o zelo e intelligencia que tendes mostrado no meu real serviço.
E devendo-me o maior cuidado as providencias que tenho mandado dar para segurar os estabelecimentos que tenho criado, tanto para ou em valor e perfeita atividade, os trabalhos das Minas de ferro de Sorocaba, para cujo efeito mandei organizar e favorecer com amplas concessões, a Companhia, de que ali promovi o estabelecimento e que muito julguei dever-vos recomendar.
Assim como o Diretor e mais operarios Suecos, que, com grande despesa da minha Real Fazenda, mandei vir de Suécia, para ali formar uma grande e útil fabrica, não só de ferro, como matéria primeira, tendo fundido como forjado, mas ainda successivamente de todos os ramos de industria, que desta primeira matéria se derivam, como consequências necessárias:
ordenei á competente repartição que, com esta minha carta regia, se vos dirigisse copia das precedentes cartas regias, que a tal respeito mandei dirigir ao vosso predecessor afim de que, considerando-as como se expressamente vos houvessem sido dirigidas, as fizesseis por na mais inteira e perfeita execução, dando-me conta regular não só do estado em que a achares, mas ainda do sucessivo melhoramento que fôr tendo, e da receita e despesa que se for fazendo, e que anualmente se deve publicar, afim de que os acionistas vejam a boa fé e exacção com que se procede, e, quando no periodo prescripto na minha primeira carta regia se lhes entregar, conheçam toda a extensão do beneficio que vão colher, e os generosos e liberaes principios com que promovi tão útil estabelecimento.
Também para este efeito vos ordeno que procureis sempre, que de tudo o que se for organizado, sejam informados os acionistas, e que, evitando todos os motivos de ciúme ou de questão, que possam existir entre o Diretor e operarios suecos, e os empregados portugueses na fabrica, procureis firmar o primeiro estabelecimento em tais bases, que para o futuro, dele resulte, não só a sua perfeita utilidade, mas ainda a felicidade da Capitania ou de toda a variada industria da fundição e forja do ferro e das imensas fabricas que dele, e do aço depois se derivam, devem achar toda a facilidade em se estabelecerem, visto que a riqueza e produção do solo, fazendo que seja tudo ali muito barato, dão logar a que as artes esse estabeleçam, consumindo e dando valor aos mesmos produtos.
Juntamente com o adiantamento deste estabelecimento deve progredir a abertura das estradas, que servirão a dar fácil e barata passagem a todos estes produtos até aos portos de mar, de maneira que o frete do trasporte não aumente consideravelmente o valor das manufaturas; e tudo o que neste objeto fizerdes debaixo de princípios inalteravelmente justos, e sem violência, vos haverei em muito particular serviço.
Depois de vos haver assim recomendado este grande estabelecimento para o trabalhosas minas de ferro e de toda a industria, que das mesmas se deriva, é muito essencial, que também vos mande participar as cartas régias e mais ordens expedidas ao vosso predecessor para a grande empresa da ocupação dos Campos de Guarapuava, que tem por objeto povoal-os, cultival-os e civilizar o Indio bravo, que vaga por todos elles, e impede a livre communicação das tres Capitanias de S. Paulo, Santa Catharina, Rio Grande do Sul e do Districto do Paiz de Missões.
Estes vastos e preciosos campos, que terminam no Paraná e nas cabeceiras do Uruguai, podem vir a ser outra Capitania tão importante como a do Rio Grande, e pelos seus limites de comunicação fácil que dão as diversas Capitanias, de um interesse politico, superior a toda a consideração, e que não escapou ás sublimes vistas do meu Augusto Avô; que quando mandou ocupar o Yguatemy tinha já em consideração o grande plano que mandei depois executar, e que então se não póde efectuar por falta de meios e porque o superior poder de meu vizinho na Europa, não permittiria sem o menor ciúme, sem que opuzesse os maiores obstáculos á realização de tão grandes vistas, e de um plano, cujas consequências necessariamente com o andar do tempo poderiam pôr em perigo a navegação do Paraguay, que daquele lado é ainda privativa da Monarquia Hespanhola.
Certamente, conhecendo vós osummo interesse de que é para a minha corôa a execução do plano que adotei em tal meteria, bata que vol-o recomende, para nunca o deixardes fugir dos olhos e para o seguir com aquele ardor e vivo zelo que devo esperar do vosso nascimento e dos vosso conhecimentos.
Finalmente tenho de encarregar-vos de outro objeto, que muito toca á minha paternal solicitude a beneficio do aurmento e prosperidade dos meus vassalos, e da marinha real e mercante;
e é a cultura do linho canhamo, que tambem fará a riqueza da capitania de S. Paulo, e que julgo muito odeve prosperar na visinhança da Villa de Coritiba, na Freguezia de S. José nas duas fazendas dos Campos Geraes, denominadas Santa Cruz e Carauna, que pertencem ao Coronel Manoel Gonçalves Guimarães e tambem da parte do rio do Registo para o lado da Villa Nova do Principe, uma vez que os cultivadores saibam que o seu linho há de Ter bom preço, que infallivelmente lhes mandarei pagar, e que se lhes ensinara a cultura desta planta, já hoje cultivada em Santa Catharina e no Rio Grande.
Não podendo porém as rendas da Capitania dar-vos meios para pagardes este linho, e que muito é ncessario.
Ordeno-vios que me informeis do preço que pode ahi animar semelhante cultura e que procureis informar da quantidade das primeiras producções afim que annualmente vos mande assistir com o fundos necessarios para fazer este util pagamento na epoca em que os lavradores estabeleçam o natural mercado para a venda deste genero, que então convirá deixar a si mesmo para que siga, como as outras culturas já estabelecidas.
Se debaixo destes liberais princípios, conseguirdes naturalisar na Capitania esta produção, fareis aos meu real serviço, a navegação e á riqueza dessa Capitania o maior bem possivel e jámais me esquecerei de tão grande serviço.
O comércio das madeiras e sua venda nos diferentes portos da Capitania, debaixo de princípios liberais e fazendo cessar todo o monopólio que atualmente existe; proibindo todos os fogos nas matas, mas facilitando o córte das madeiras, com tanto que se cuide também na sua reprodução, não se opondo obstaculo aos esforços da natureza, será outro objeto, que muito deve ocupar-vos.
Mas esta matéria mandando-vos comunicar uma memória contra o sistema atualmente estabelecido e outras memorias práticas das observações de alguns estrangeiros, ordeno-vos que me comuniqueis as vossas reflexões pela repartição competente, antes que procedeis á execução de qualquer plano, para eu decidir o que mais convém ao meu real serviço.
Assim o cumprireis e dareis conta de tudo o que em tais materiais mais possa convir ao meu real serviço. [Coleção de Leis do Império do Brasil - 1811, Página 69 Vol. 1]
3° de fonte(s) [24591] Memórias Históricas do Rio de Janeiro, 1822. José de Sousa Azevedo Pizarro e Araújo (1753-1830) Data: 1822, ver ano (220 registros)
Estabelecida a Fábrica de Ferro em Ipanema, distrito da Vila de Sorocaba, onde havia Capela de São João, nela se criou uma Capellania, em benefício dos operários, com o Ordenado anual de 100U reais pagos pela F. R. Daí se originou, que os moradores do distrito da mesma Fábrica requeressem a criação de Frequezia naquela Capella, pela distância em que viviam da Paróquia de Sorocaba; cuja suplica, sendo com justiça atendida por S. Magestade na Resolução de 19 de agosto de 1817 á Consulta da M. C. O. de 27 de junho antecedente, foi por isso elevada a referida Capella á Frequezia de São João de Ipanema, dando-se-lhe por território parte do era da Paroquia da Sorocaba. Obrigados porém os moradores da Paróquia á sair do território mineral, por não se lhes consentir a cultura, o comércio, e o corte de madeiras precisas á Fabrica; pareceu por isso ao Bispo, por informação de 1 de setembro de 1818, que sendo em tais circunstâncias impossível a conservação da Paróquia nesse lugar, se mudasse para outro chamado Tatuú, que era ótimo, no território do bairro de Bemfica; e que em troco de se denominar Frequezia de São João de Ipanema, se intitulasse de São João de Bemfica.
4° de fonte(s) [27808] “Diccionario geographico, historico e descriptivo do Imperio do Brazil”, Tomo II, 1845. Milliet de Saint Adolphe, Paris, França Data: 1845, ver ano (55 registros)
São João d´Hipanema - Freguesia da província de São Paulo, no distrito de Sorocaba, de que fica arredada 3 léguas, sobre o ribeiro Hipanema. Sua igreja foi edificada em 1810 para os oficiais da real fábrica de ferro, com o orago de São João Batista, e elevada á categoria de paróquia por decisão régia de 19 de agosto de 1817. No ano seguinte, transferiu-se a pia para uma capela que havia em Tatuhú, que foi então chamada São João de Bem Fica. É o no term desta freguesia, que foi desanexado do de Sorocaba, que está situada a serra Guaraçoiava, onde o Vicentista Afonso Sardinha descobriu em 1578 uma mina de ferro que tirou grande proveito por conta de D. Francisco de Souza, herdeiro de Martim Afonso de Souza, e seu irmão Pedro de Souza, primeiros donatários das capitanias de São Vicente e de Santo Amaro. O mencionado Afonso Sardinha também encontrou alí um vieiro de prata, de cuja extração tomou conta o governo; mas como fossem grandes as despesas, tudo foi em breve posto de parte, e ficaram aqueles sítios despovoados até o ano de 1803, época em que alguns naturalistas, explorando as serras do distrito de Sorocaba, vieram no conhecimento da verdadeira importância das minas de ferro da serra de Guaraçoiava. Passados sete anos, mandou o príncipe regente vir da Suécia com não pequena despesa uma companhia de mineiros, debaixo da direção de um individuo da mesma nação chamado Hedberg, os quais assentaram quatro forjas que pela má disposição de nada serviram, com grande desprazer de alguns cortesãos, que tinham entrado naquela empresa como acionistas. Em 1815, construíram-se novas forjas por ordem do mesmo príncipe, e uma fábrica numa escala maior que a primeira, e foi encarregado de promover os trabalhos dos engenheiros, e de vigiar sobre tudo o conde da Palma, depois marques do mesmo nome, que nesse tempo governava a província de São Paulo.
Tatuhú - Freguesia da província de São Paulo, no distrito da cidade de Sorocaba. Um sítio agreste chamado Tatuhú achava-se ermo de gente e de casas no principio do século em que estamos, tendo-se em 1810 fundado a fábrica de ferro de São João de Ipanema, alguns indivíduos se determinaram a ir residir para aquele sítio, resolutos a entregar-se á agricultura. Passados sete anos, uma ordem régia proibiu toda espécie de agricultação nas terras doadas á fábrica de ferro, e pelo mesmo teor todo o gênero de negócio, e de corte de madeiras, por serem estas exclusivamente destinadas para alimentar as fornalhas da dita fábrica. Todos aqueles que não eram empregados nelas foram obrigados a deixar aquele sítio, e a maior parte deles se agregaram as primeiros povoadores de Tatuhú. Informado o Bispo desta disposição régia assentou que devia despojar do título de paróquia a igreja de um estabelecimento particular, e transferi-lo a uma capela que o povo havia erigido á sua custa no sítio e povoação de Tatuhú; em consequência desta determinação, foi a sobredita igreja condecorada em 1818 com o título de paróquia, com o nome de São João de Bemfica. Todos os moradores deste termo são agricultores e comerciantes dos objetos de consumo da terra.
Tatuí - Nova vila da terceira comarca da província de São Paulo. Era a povoação chamada Tatuibi, entre a cidade de Sorocaba e a vila de Itapetininga. Sua igreja, dedicada a N. S. das Dores, foi elevada á categoria de paróquia por decreto da assembléia geral de 9 de dezembro de 1830, e a assembléia provincial conferiu aquela nova freguesia o título de vila. [Página 695]
5° de fonte(s) [k-571] Exposição traz réplicas do sítio histórico da Flona de Ipanema. https://antigo.mma.gov.br/informma/item/15564-exposi Data: 6 de agosto de 2019, ver ano (200 registros)