1° de 2 fonte(s) [27635] Corografia Brazilica ou Relação Histórico-geográfica do Reino do Brasil. Composta e dedicada a Sua Majestade Fidelíssima, tomo I, 1817 Data: 1817, ver ano (84 registros)
A sua atual população compõe-se de 1.777 vizinhos, dos quais dois terços são brancos: uns criam gado vacum, e cavalar; outros cultivam algodoeiros, canas-de-açúcar, milho com os mais víveres comuns do país; mas assuas riquezas provêm-lhes das negociações do gado, que vem do sul, e cujos direitos aqui se cobram.
Nos seus contornos há pedra calcárea, e boas pederneiras. O que há de fazer esta vila mui grande, célebre e famosa, é a Real Fábrica de Ipanema, que em distância de duas léguas, ou pouco mais, se está levantando junto à ribeira deste nome, para aproveitar as riquíssimas minas de ferro da Serra Guarassoiava.
No distrito de Birassoiava descobriu-se há largo tempo uma mina de prata,que foi abandonada em razão da sua pobreza, e difícil extração.
2° de 2 fonte(s) [24045] Memória Histórica de Sorocaba VI. Luís Castanho de Almeida (1904-1981) Data: 1970, ver ano (83 registros)
Independência começou em 1821 com um govêrno provisório em São Paulo, organizado pelos dois Andradas, José Bonifácio e Martim Francisco . Entre parênteses, o segundo residira uns seis anos no Ipanema e ambos estiveram em Sorocaba, em viagem mineralógica, em 1820. O Patriarca elogiou a beleza das mulheres de Sorocaba. Achou defeito no Ipanema e saiu mal com Varnhagen; esteve na Aparecida vendo "minas" perto da Capela, pois era levado aonde os leigos pensavam havê-las.
O segundo, na viagem de 1803, fôra até a fazenda dos Madureira onde lhe mostraram um poço de exploração abandonado da prata, e que devia datar de 1684, quando certo frei Pedro de Souza, religioso mercenário, tentou encontrar aquêle metal em tôda a zona. Em seu diário refere-se à figueira do Cerrado, que existiu até aí por 1950, já aleijada, à beira da avenida General Carneiro. [Página 313]