1° de fonte(s) [27307] Memória Histórica de Sorocaba VII Data: 1968, ver ano (106 registros)
Vicente Zeferino formou uma bandinha de escravos analfabetas do coronel Antônio Lopes de Oliveira, lá por 1880, com um clarim ou clarineta, uma requinta, dois pistões, um oficlide, dois saxs, bombardão (baixo), bumbo com pratos juntos, e rufo.Antônio Evaristo de Castro Ferreira, de Cutia, ensinava primeiras letras e música. Foi mestre de Fernando Luís Grohman.
Os escravos de Antonio Lopes de Oliveira tinham até banda de músicos. Quanto aos escravos artesões que tanto ganham para os senhores fabricando objetos para serem vendidos nas feiras equiparam-se aos domésticos e não consta que as boas famílias sorocabanas tivessem judiado de gente que fazia parteda família.Na cidade algumas casas térreas como a do capitãoInácio Dias de Arruda, tinham senzala no quintal.Note-se o numero de escravos não era demasiado, somentenos engenhos atingindo a cem por casa grande. A mitigaçãoera favorecida pelo trabalho livre: tanto na roça como na cidadecomo na cidade homens livre ganhavam jornais e não e não temiam trabalho junto aos servos.É também dessa época do ultimo quartel doséculo do cativeiro o aparecimento de um senhor cruel cujo onome fica as calendas gregas, por motivos óbvios.
A esses fatores negativos devemos acrescentar com três casos de sacrifício dos brancos pelos negros um em 1835, outro em 1841 e o terceiro em 1981, isto é, assassino de dois feitores e um senhor. Além disso ficou documentado nas Atas da Câmara em 1835 os boatos que ocorreram em Sorocaba de uma frustrada insurreição geral dos escravos em toda a Província.
Eu diria, concluindo que 60 a 70% dos escravos sorocabanos tiveram a sua situação abrandas pela ternura humana.