' D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses - 23/05/1599 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
font-size:75;' color=#ffffff
  Ano    Cidades    Pessoas    Temas
EDITAR
D. Francisco parte de São Paulo para as minas de Bacaetava, Vuturuna e Jaraguá, na Serra de Biraçoiaba onde passa 6 meses
23 de maio de 1599
fonters
Enfim, partiu D. Francisco para as minas de Araçoiaba. Imagine-se uma viagem que hoje em dia pode ser feita de carro em uma hora e meia e que, naquele tempo, durava em média, segundo cronistas antigos, cerca de 18 dias!

Mas a grande e brilhante comitiva, pois só de soldados havia tresentos e mais "gente de marcação da Armada que trouxe dito Senhor" - segundo informa Pedro Taques - "que de Biracoiaba, passou ordem, dada de 2 de agosto de 1599, ao Provedor da Fazenda, fazendo cobrar duzentos mil reais, do fiador dos flamengos, João Guimarães, para as despesas que estavam fazendo com gente de trabalho que com ele se achava naquelas minas, em cujo lavor, estabelecimento houveram despesas e com os soldados de infantaria que o acompanhavam do resto.

Informa ainda Pedro Taques que, "por mandado de D. Francisco, de 20 de setembro de 1599, recebeu Diogo Sodré, almoxarife, o Pagador D’Armada e que veio para as minas de ouro e prata o dito Senhor, seis contos, 129.509 mil, que estavam no almoxarifado da Fazenda de Santos, carregados em receita ao almoxarife dela, João de Abreu, dos direitos da Urca nomeada "Mundo Dourado", para pagamento dos soldados e manejo das fitas minas".

No dia 3 de junho de 1599, acompanhado de grande e imponente séquito, constituído de fidalgos coloridamente trajados, técnicos, os soldados de infantaria já mencionados e numerosos nativos domésticos, entrava D. Francisco de Souza no povoado, fazendo reboar as montanhas com o éco de suas músicas marciais, trombetas e tambores.

E foi recebido regiamente por Afonso Sardinha, não obstante a pobreza de suas instalações no vilarejo de Itapebussu. Parece que d. Francisco gostou da recepção, ou dos ares, ou ficou influenciado pela "febre" do ouro e pedras preciosas e, na falta deles na exploração do ferro, pois demorou-se em Araçoiaba, relativamente bastante tempo. Eis que, chegado a 3 de junho ainda há atos dele em novembro. Teria ficado pelo menos uns 4 meses."
[Araçoiaba e Ipanema, 1997. João Monteiro Salazar. Páginas 58, 59 e 60]

A cidade de Cotia nasceu de um antigo aldeamento jesuítico localizado em um dos caminhos que ligavam São Paulo ao sertão. O núcleo central de Cotia se desenvolveu ao redor da capela de Nossa Senhora de Montserrat, fundada provavelmente pelas famílias Gaspar Godoy Moreira e Fernão Dias Pais. É provável que a opção de se adotar a Virgem de Montserrat como patrona da capela esteja relacionada a possível passagem do governador Dom Francisco de Souza pela região, por ocasião de suas viagens pelo interior de São Paulo.

Segundo Joan Faus (1976, p. 121) Dom Francisco de Souza costumava passar pela região em viagem rumo a Araçoiaba “para inspecionar as minas de ferro, dois fornos catalães de sua propriedade e a vila de Nossa Senhora de Monserrate, que ele fundara.”
[Imaginária Retabular Colonial em São Paulo. Estudos Iconográficos (2015) Maria José Spiteri Tavolaro Passos. Página 271] [0]

Descobertas as minas, pela legislação (Ordenações Filipinas confirmando, as Manoelinas) devia o felizardo comunicar à autoridade, que distribuiria os lotes. Parece que Câmara de São Paulo demorou a enviar um portador à Bahia. Somente em 1597 recebeu a grata notícia o Governador Geral. (“Memória Histórica de Sorocaba”, parte I. Aluísio de Almeida. Página 338) [0]

A historia do Ipanema e de Sorocaba consagrou um capítulo interessante a esta personalidade. É um benemérito de Sorocaba. Em 1598, partiu da Baía, parando em Vitoria do Espírito Santo. Em 1599, estava em Sáo Vicente.

A 23 de maio desse ano, partiu de São Paulo para o Araçoiaba. Trazia os mineiros Jacques de Unhalte e Geraldo Betim, o florentino Baccio de Filicaia, o fundidor Cornelio de Arzão, soldados e povo. As despesas eram grandes, tendo os mineiros a anuidade de 200$000. Da alfândega de Santos vieram 6:000$000 em novembro.

Dom Francisco de Sousa levantou num daqueles dias de 1599, chamando à nova povoação Nossa Senhora de Monte Serrate, de quem foi muito devoto. Parece que o governador não encontrou nem ouro nem prata, mas fundou um engenho de ferro. Em novembro retirou-se.
(Revista do IHGSP Vol. XXXV, 1894. Página 135) [4]

Continuam os escritores, uns aos outros se copiando, a dizer que este povoado se chamava Itàpevuçú, quando é ressabido em Sorocaba que Itavuvú, corruptela: de Itapevuçú, é duas léguas a nordeste. Alguns meses ficou no Araçoiaba, que também se chama Ipanema por causa do ribeirão, no meio de tanta penúriá, aquele grande teimoso; eriViãridó"óS mineiros para os arredores, por exemplo a BacaetaVa . e"a6 ..Sarai:iuí

Continuam os escritores, uns •aosbutrós se copiando, a dizer que êste poVoado se chaiiiava.Itàpevuçú, quando é ressabido em Sorocaba que Itavuvú, corruptela: de Itapevuçú, é duasléguas a nordeste. Alguns meses ficou no Araçoiaba, que também se chama Ipanema por causa dó ribeirão, no meio de tantapenúriá, aquele grande teimoso; eriViãridó"óS mineiros para osarredores, por exemplo a BacaetaVa . e"a6 ..Sarai:iuí. Em 1654 jáhavia uma ponte no rio SoróCabk rio lat"da atual. Sômente — 340 —um Governador tinha gente e dinheiro para construir uma, neste sertão .

Ainda que estreitinha. É que o passo do rio, desde talvez os índios, só podia ser abaixo das cachoeiras em local meio raso, antes de espraiarem-se as várzeas. Nas Furnas havia ranchos de pau-a-pique, palmeiras e sapé. Nenhuma rua. Nem vereadores. Nem paróquia. Uma Santa Cruz coberta, sim. A história não conta nem sequer se o Governador trazia algum padre consigo. Acho que o. Acho que sim. Os portuguêses e os paulistas observavam tal costume.

“Uma Santa Cruz coberta, sim lá estão hoje, com casas mais modernas, como que duas ruas em ângulo reto e num dos lados a capela, sucessora de outra que também não era a primeira. Deve ter havido um rancho para uma cruz, pelo menos”. [2]

D. Francisco de Sousa chegou a São Paulo em maio de 1599 com grande comitiva e visitou então as minas de Afonso Sardinha o Moço, Bacaetava, São Roque e Jaraguá.

Parte de São Paulo, para as minas do Sertão de Sorocaba e Serra de Biraçoiaba, D.Francisco de sousa, governador Geral e Marques das Minas (se elas se verificassem).

Instalado um pelourinho, próximo ao Morro de Ipanema onde Afonso Sardinha havia encontrado minério de ferro [1]

Em data não sabida de 1599 fundou no local a vila de Nossa Senhora de Monteserrat, erigindo um pelourinho, não de pedra, um esteio de madeira de lei com, uma faca e um gancho de ferro, objetos esses, nos ricos pelourinhos de pedra, menos grosseiros e coroados com as armas reais. [2]

No ano seguinte, o governador voltou para o morro e lá se estabeleceu por cerca de seis meses, período em que mandou erguer no local um pelourinho, símbolo da Coroa Portuguesa. O povoado de metalúrgicos foi elevado à condição de vila, com o nome de Nossa Senhora de Monte Serrat do Itapevuçu. [Imprensa SMetal/Paulo Andrade, 0.07.2015] [3]

O seu silêncio a respeito mostra que a vila, que se diz feita em 1532, por Martim Afonso, não existiu, ou já não existia em 1553. Aliás o abandono, a extinção, a mudança de sedes de vilas, nos primeiros tempos coloniais, foi fato vulgar. A própria vila que o Governador-Geral acrescentou, a Bertioga, conforme escreveu, também desapareceu; e da mesma maneira, mais tarde, desapareceriam as que D. Francisco de Sousa criou – Cahativa, Monserrate – junto a lugares, onde se esperava querica fosse a exploração de minas. [4]

Geraldo Betting

Filhos: Maria Betting
Netos: Maria Garcia Rodrigues Betting, Maria Garcia Rodrigues Betting
Casamentos: Custódia Dias
Sogros: Manuel Fernandes Ramos, Suzana Dias
Cunhados: Balthazar Fernandes, Domingos Fernandes, Catarina Dias, Angela Fernandes
Sobrinhos: Maria de Torales, Manoel Fernandes de Abreu “Cayacanga”, Cecília de Abreu, Luiz Fernando de Abreu, Izabel da Costa, Maria Betting, Antônio de Oliveira Falcão [0]

Mas não só à vila de São Paulo ficaram restritas as ações de D. Francisco. Em suas andanças pelas minas de metais descobertas na região, o governador fundou a vila de São Felipe - que não vingou - e, logo depois, estabeleceu pelourinho nas minas de Nossa Senhora de Monserrate, ao redor da ermida de mesmo nome, nas cercanias de Viraçoiaba.

Afora as óbvias influências espanholas em sua toponímia, DomFrancisco ainda incentivou a criação da vila de Mogi das Cruzes e o povoamento deParnaíba, em torno das minas daquela região. Assim, irradiava, para além do núcleoplanaltino, espaços de ocupação basicamente voltados à exploração das supostas minase à manutenção de fronteiras e caminhos, como foi o caso de Mogi. [6]

“Em maio já se encontrava na mina de Sorocaba, inspecionando-a, melhorando-a, mudando-lhe o nome para o de Nossa Senhora de Monserrate, levantando um pelourinho, tendo ficado aí até setembro.” [7]

Itapeboçu siginifica "a laje grande"; o lajeado. Nome da primeira povoação fundada por D. Franciso de Sousa, ao pé do morro de Araçoiaba [8]

(...) chegou á vila de São Paulo atraído pela fama das descobertas dos Sardinhas, pai e filho, aos quais se mostrara grato e dedicara consideração especial, dando-lhes plena liberdade nas suas iniciativas minero-metalúrgicas. Já em 23 de maio de 1599, acompanhado de grande e imponente séquito, constituído de fidalgos coloridamente trajados, técnicos, infantes e nativos, sob o som de música marcial, partiu rumo ao Araçoiaba, ali permanecendo, desta feita, 7 meses.

Nêsse interim, na esperança de incrementar não só a produção de ferro ali iniciada, mas também a de ouro escassamente verificada, erigiu no Vale das Furnas, próximo ao engenho de fabricação de ferro, uma povoação sob o patrocínio de Nossa Senhora de Monte Serrate, de sua reconhecida devoção.

Entre os técnicos de seu cortejo, nessa incursão, a História registra os nomes do engenheiro Geraldo Bettink (Betim), do mineiro Jacques Oalte, ambos teuto-holandeses, e de Sardinha, o moço. Nêsse interim, providenciou a provisão de 27 de maio permitindo que quaisquer pessoas pudessem minerar pagando o quinto á Fazenda.

O Engenheiro Betim não prestou grande contribuição para o desenvolvimento de Araçoiaba mas, posteriormente, fixou-se em São Paulo, casando-se com Custódia Fernandes, filha do "reinol" Manoel Fernandes e da notável matrona paulista Suzana Dias, vindo transmitir seus conhecimentos especializados em mineração e metalurgia a seus cunhados e parentes afins, que foram integrantes das primeiras levas dos Bandeirantes.
[“História da siderúrgica de São paulo, seus personagens, seus feitos”, 1969. Jesuíno Felicíssimo Junior. Página 8]

O fato é que tentar compreender a capacidade aurífera das minas de São Paulo através de seus mineiros, além de tarefa inglória, pouco contribui na aferição desta riqueza. O primeiro mineiro alemão, que viera com Geraldo Betting – provavelmente Jacques Oalte -, morreu em São Paulo ainda em 1599; já sobre o segundo, enviado em 1609, existem notícias contraditórias de que teria morrido de maneira misteriosa. [“SP na órbita do Império dos Felipes: Conexões Castelhanas de uma vila da américa” p.181]


FONTE:98
LENFOSS: 98


Procurar



Hoje na História


Brasilbook.com.br
Desde 27/08/2017
28375 registros (15,54% da meta)
2243 personagens
1070 temas
640 cidades

Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoes
Contato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP