Em Bananal, também estava estabelecido como produtor e comerciante o genrode Hilário Nogueira, Brás de Oliveira Arruda, uma das maiores fortunas do Vale do Paraíbapaulista, muito ligado ao serviço de tropas. Estes homens de grandes cabedais buscavam naparticipação política condições para expandir seus negócios, com maior segurança. Por volta de 1820, Antônio da Silva Prado procurava monopolizar a comercialização de bestas, a partirde uma atuação agressiva, na região de Sorocaba. De acordo com Petrone, um dos principaismercados de Silva Prado era o Rio de Janeiro; no entanto, importantes proprietários do Valedo Paraíba também se dedicavam a negócios com animais. Além desses comerciantes,apareciam também nos Campos Gerais, negociantes ou tropeiros do Vale do Paraíba ou doRio de Janeiro com a finalidade de esperar a chegada das tropas de muares do Sul do país,para comprar animais625. Nuno da Silva Reis, ainda segundo a mesma autora, vendedor degado no Rio de Janeiro ligado a Silva Prado era originário de Cunha, como Brás de Oliveira Arruda, poderoso organizador de tropas do Vale do Paraíba que, aos trinta e quatro anos havia se tornado genro de Hilário Nogueira, um dos potentados da região. Rivalidades e disputas por mercado refletiam-se no jogo político, justificando aproximações e confrontos. [DE ALTEZA REAL A IMPERADOR: O Governo do Príncipe D. Pedro, de abril de 1821 a outubro de 1822, 2006. Vera Lúcia Nagib Bittencourt. Páginas 341 e 342]
1° de fonte(s) [27766] O Barão de Iguape: Um empresário da época da independência, 1976 Data: 1 de janeiro de 1976, ver ano (88 registros)
Nem todas as dificuldades, entretanto, provêm da hostilidade da Câmara, da população ou dos milicianos. Assim, por exemplo, a possibilidade de evitar a passagem por Sorocaba também facilitava o extravio. Podia-se tomar o caminho de Porto Feliz, e aí pagar o imposto sem passar por Sorocaba. Podia-se tomar o caminho de Porto Feliz e aí pagar o imposto sem passar por Sorocaba, Saint-Hilaire, referindo-se à sua viagem de Porto Feliz a Sorocaba, fala na localidade Guarda de Sorocaba, onde existia uma pequena casa com varanda, na qual se pagavam os impostos dos muares vindos do Sul. Todavia, passavam em pequeno número, razão por que havia aí apenas dois soldados, substituídos de seis em seis meses. Ainda era possível passar pela Guarda de São Francisco, onde também ocorriam extravios. As tropas podiam ainda passar e pagar os impostos na Guarda de Santa Rita e de Indaiatuba. Para evitar certos extravios, Prado procura obstar a construção de uma ponte, que um morador de Indaiatuba está iniciado.