' Leite Penteado e Ubaldino: “Libertar e educar os filhos dos escravizados” - 07/08/1869 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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Leite Penteado e Ubaldino: “Libertar e educar os filhos dos escravizados”
7 de agosto de 1869, sábado. Há 155 anos
 Fontes (1)
Ver Sorocaba/SP em 1869
36 registros
Ubaldino do Amaral, perante os líderes sorocabanos, apresentou uma proposta, redigida por ele e Antonio Leite Penteado. Segue o resumo dos principais tópicos da proposta:£* Banquetes, ceias e copos d`agua estão absolutamente proibidos. Devemos destinar o dinheiro à Caixa de Emancipação. Assim como o valor da iniciação e da mensalidade.£* O valor acumulado nessa "caixa" será exclusivamente destinado à libertação de crianças do sexo feminino de 2 a 5 anos de idade.£* As crianças assim libertadas ficarão sob nossa proteção;£* Serão criadas escolas para adultos e menores. As escolas serão noturnas; mantidas pela oficina para o ensino gratuito das primeiras letras.£A proposta redigida pelo Venerável Leite Penteado e por Ubaldino foi aprovada porunanimidade.£A proposta sugere a libertação de filhos de escravos e a construção deescolas destinadas aos filhos de escravos e escravos.£Para tanto, seriam proibidos osbanquetes e foi sugerida a construção da caixa emancipatório destinada a libertação de filhos de escravos.£Sobre a égide do binômio libertação e educação, a Loja Maçônica Perseverança IIIdistinguia-se da Loja Constância.

O pesquisador e maçom Aleixo irmão afirma: “Essa propositura mostra a distância entre a Perseverança e aqueles que ficaram na Constância, teimosos em não se definir, no momento histórico em que a própria política nacional impunha ação e lutar pelas reformas da estrutura social e econômica do país (1999, p. 58).

A mesma luta vai ser liderada por Rui Barbosa na Loja América oito meses depois. Rui Barbosa apresentou no Grande oriente Brasileiro um projeto de Abolição com o intuito de torná-lo um projeto de lei geral e obrigatória para toda a maçonaria brasileira.

O projeto composto de 12 artigos propunha entre outras coisas a educação popular destinada aos filhos de escravos.

No primeiro artigo do documento, o texto afirma que a Maçonaria deveria propagara luta contra o servilismo e expandir a educação popular, utilizando para tanto os recursos intelectuais da imprensa, da tribuna e do ensino. O segundo artigo afirma:

Todas as Lojas maçônicas sujeitas ao Grande Oriente do Brasileiro, assim presentes como futuras, não poderão alcançar nem continuar a merecer o título e os direitos de oficinas regulares e legítimas sem que adotem pelo mesmo modo esses dois princípios sociais, compremetendo-se a trabalhar por eles com eficácia e tenecidade (Rui Barbosa, 1871).

O projeto de Rui Barbosa propunha punição as Lojas que não integrassem o movimento encabeçado pela Maçonaria. No artigo 5o afirma:

Nenhum individuo poderá mais obter o título e os privilégios de legitimo maçom sem que primeiramente, antes de receber a iniciação, declare livres todas as crianças do sexo feminino que daí em diante lhe possam provir de escrava sua.


O projeto procura cercar de todos os lados e construir uma consciência libertária a partir da obrigatoriedade. Este projeto fará parte, portanto, da construção do ideal maçônico no final do século XIX.

O terceiro artigo propunha a capitação de recursos financeiros pelas Lojas e a construção de uma verba especial reservada ao alforriamento de crianças escravas.

Esta verba era destinada para a construção e escolas populares e escolas noturnas. As escolas populares deveriam ser freqüentadas pelas crianças e as noturnas pelos adultos.

A Loja Perseverança III antes do projeto de Rui Barbosa já havia estabelecido este projeto emancipatório e educacional. APONTAMENTOS SOBRE MAÇONARIA, ABOLIÇÃO E A EDUCAÇÃO DOS FILHOS DE ESCRAVOS NA CIDADE DE SOROCABA NO FINAL DO SÉCULO XIX. Ivanilson Bezerra da Silva. Mestrando em Educação na USP. História da educação e historiografia rev.ibs@gmail.com

Semáforo manual
Data: 01/01/1965 1965
Créditos / Fonte: Adolfo Frioli
Rua Padre Luiz. Esquina c/ a Rua da Penha

Rua São Bento. Esquina c/ a Rua Barão do Rio Branco*
Data: 01/01/1914 1914
Créditos / Fonte: Museu Histórico Sorocabano
(Primeira Escola criada e mantida pelos Maçons. Loja Perseverança III. Prim

Ubaldino do Amaral Fontoura*
Data: 01/01/1868 1868
Créditos / Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul
(**) (£)

José Leite Penteado*
Data: 01/01/1869 1869
Créditos / Fonte: Geni.com
(**) (£) (horse)

Rua São Bento. Esquina c/ a Barão do Rio Branco
Data: 01/01/1929 1929
Esqu. da rua Leite Penteado. Mosteiro São Bento ao fundo. Trilhos do bonde.

1° de fonte(s) [28758]
Apontamentos sobre Maçonaria, Abolição e a Educação dos filhos de escravos na cidade de Sorocaba no final do século XIX. Ivanilson Bezerra da Silva Mestrando em Educação na USP História da educação e historiografia
Data: 2007, ver ano (72 registros)

A loja Perseverança III foi organizada sobre o lema: educação e liberdade. Na reunião do dia 7 de agosto de 1869, Ubaldino do Amaral faz uso da palavra, afirmando:

Trago, subscrita por essa presidência, por Leite Penteado e por mim, a seguinte proposição que esperamos merecer a aprovação da oficina:

1o) a jóia da iniciação será de 25$000;

2o) a mensalidade de 1$000;

3o) colocar-se-á na oficina uma caixa Emancipação, na qual os iniciados, a convite do venerável e de qualquer irmão, quando queiram, depositarão suas ofertas;

4o) o produto dessa caixa será exclusivamente destinado à libertação de crianças do sexo feminino de 2 a 5 anos de idade;

5o) as crianças assim libertadas ficam sob a proteção da oficina;

6o) serão absolutamente proibidos os banquetes, ceias, copo d’agua que o uso tem admitido nas iniciação, devendo o venerável convidar os recipiendários para converter em quantias que dispenderiam com isso em donativos à Caixa de Emancipação;

7o) serão criadas escolas para adultos e menores. As escolas serão noturnas; mantidas pela oficina para o ensino gratuito das primeiras letras.


A proposta redigida pelo Venerável Leite Penteado e por Ubaldino foi aprovada por unanimidade. A proposta sugere a libertação de filhos de escravos e a construção de escolas destinadas aos filhos de escravos e escravos. Para tanto, seriam proibidos os banquetes e foi sugerida a construção da caixa emancipatório destinada a libertação de filhos de escravos.

Sobre a égide do binômio libertação e educação, a Loja Maçônica Perseverança III distinguia-se da Loja Constância. Aleixo afirma: “Essa propositura mostra a distancia entre a Perseverança e aqueles que ficaram na Constância, teimosos em não se definir, no momento histórico em que a própria política nacional impunha ação e lutar pelas reformas da estrutura social e econômica do país (1999, p. 58).

A mesma luta vai ser liderada por Rui Barbosa na Loja América oito meses depois. Rui Barbosa apresentou no Grande oriente Brasileiro um projeto de Abolição com o intuito de torná-lo um projeto de lei geral e obrigatória para toda a maçonaria brasileira. O projeto composto de 12 artigos propunha entre outras coisas a educação popular destinada aos filhos de escravos.[Página 11 do pdf]

A Loja Perseverança III antes do projeto de Rui Barbosa já havia estabelecido este projeto emancipatório e educacional. Em 7 de agosto de 1869, Leite Penteado, afirma:

A luta maior da nacionalidade se aproxima. Nós somos os obreiros precursores do movimento libertário e educacional no seio das lojas. Não há ocasião mais propícia ao início das atividades referidas do que o 7 de setembro. Nestas condições, submeto à apreciação da oficina a seguinte propositura:

a) que esta respeitável loja, comemorando a independência do Brasil, a 7 de setembro, nesse dia inaugure a escola noturna que se propôs estabelecer;

b) que nesse dia se esforce por libertar os menores escravos que os seus recursos permitirem; c) que se alugue uma casa e se compre mobília para a oficina e para a escola.


Ubaldino do Amaral na mesma sessão propõe um aditivo, que dizia:

no dia 7 de setembro de todos os anos é obrigatória a libertação de uma criança, ao menos. Na falta de fundos correrá uma subscrição entre os irmãos” (1o Livro de Atas – Perseverança III, 1869).

A proposta foi aprovada pelos membros presentes. Nesta mesma sessão os membros da Loja fazem uma arrecadação de 1$200 réis para a benemerência. Na sessão seguinte levantaram 10$000 réis para a libertação do escravo José e seus filhos, escravos de Ana do Sacramento. Nesta mesma sessão foi aprovado o regulamento da escola noturna (1o Livro de Atas, 29 de agosto de 1869). [Página 12 do pdf]


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