Em 26 de julho de 1862 a Câmara Municipal e a Cadeia mudaram-se, do edifício localizado na esquina na Rua São Bento com a Rua Barão do Rio Branco, para o novo edifício, na esquina da rua São Bento c/ a Padre Luiz. Nessa época Câmara e Cadeia funcionavam no mesmo edíficio.
Vamos falar desses dois difícios que fazem parte da história de Sorocaba, pois falar dos personagens ligados, apenas diretamente, a eles, como Salvador de Oliveira Leme, o "Sarutaiá"; Rafael Tobias de Aguiar; Ubaldino do Amaral; Affonso Vergueiro; Padre Luiz; o Barão do Rio Branco, etc. seria necessário "alongar" demais.
Símbolo da Revolução Liberal por ter sido o local em que Rafael Tobias de Aguiar foi aclamado Presidente da Pronvíncia de São Paulo em 1842 (imagem 3), iniciando a Revolução Liberal, o edifício foi constrúido em 1802, pelo avô de Tobias, o "Sarutaiá.
A Câmara Municipal e a Cadeia mudaram-se para o novo edifício, na esquina da rua São Bento c/ a Padre Luiz, em 26 de Julho de 1862.
Na noite do dia 7 de setembro de 1868, 24 líderes da elite sorocabana se reunirão na casa de José Leite Penteado e fundaram a segunda loja maçonica de Sorocaba: a Perseverança III.
Prometeram e assim fizeram: "compraram" e "educaram" filhos de escravizados. No ano seguinte (1869) a compram o prédio símbolo da Revolução Liberal e alí se instalam juntamente com uma escola que admitia "negros".
Tavez a mudança do visual do edifício (imagem 4 e imagem 7) foi realizada pela maçônica.
UBALDINO DO AMARAL
Minha mãe dizia "uma vez é sorte, duas é coiscidência, três é destino ou divino". Ubaldino foi um dos líderes mais fervorosos do projeto que visava "libertar" e "educar" os filhos de escravizados, em 1868.
Cerca de 20 anos antes da "famosa" Lei Áurea assinada pela Princesa Isabel, Ubaldino dava exemplos extremos que evidenciam o seu caráter.
Em 1872 Ubaldino tentou libertar Beatriz e Maria, pessoas livres, detidas na cadeia como escravas, á requisição de João Baptista de Ramos.
Se foi destino ou coiscidência ou não, Deus quis que, a "Fundação Ubaldino do Amaral", instituida em 1963, adquirisse o edifício na mesma década e o demoliria. Em seu lugar foi construído o prédio chamado, incoerentemente, de "Perseverança III" (imagem 8).
O novo prédio foi construído por João Batista Corrêa e completado pelo Coronel Francisco Gonçalves de Oliveira Machado e foi demolido em 1937 para receber as obras do atual Correio.
Um negro morreu de frio nessa cadeia em 16 de Junho de 1874.
Em meio de uma epidemia de febre amarela em 1900, acontece uma fuga geral na cadeia de Sorocaba, João Vieira Pinto foge junto a outros presos, mas é capturado novamente. Ele pede um segundo julgamento e a transferência para a cadeia de São Paulo, assim ele consegue a pena de quatro anos, cumprindo a pena passa o resto da vida sendo cobrador de bonde.
Em novembro de 1918 os presos foram obrigados à cavar as sepulturas para os mortos pela epidemia. No dia 10 de novembro, segundo o jornal “A Influenza”, a contagem subiu para 7 a 8 mortes diárias e a estimativa era de que havia 3 mil gripados na cidade — quantidade próxima a 10% da população (1918) [1].
Em 1937, foi o Dr. Affonso Vergueiro foi quem preparou toda a documentação do terreno da antiga Casa da Câmara e Cadeia, pertencente à União, destinado à construção do novo prédio dos Correios de Sorocaba (imagem 10).