Em carta para outro “Inspetor de Registros Reais”, Antonio Francisco de Aguiar comenta com Antonio Manuel Fernandes da Silva, sobre um terceiro, José Joaquim de Oliveira Cardoso, sob o qual pairava uma dúvida: se iria “formalizar” as dívidas que tinha em juízo, se ele iria assumi-las como “válidas”.
Ou seja, se seria necessário um “processo judicial” se o fulano não pagasse à dívida. Ele disse “me tenho esforçado [...] a que o Doutor José Joaquim formalize as suas contas judiciosas e verdadeiras, por crédito seu, e boa reputação as cinzas de seu pai”.
Interessante é que o pai do devedor, ainda estava vivo. José Joaquim era filho do Capitão-mor de São Paulo, Manuel de Oliveira Cardoso. Antonio Francisco de Aguiar era Tenente-Coronel e genro de Paulino Aires de Aguirre, grande potentado em Sorocaba. Antonio Manuel Fernandes da Silva era procurador e representante de Tomé Joaquim da Costa Corte Real, Conselheiro Ultramarino.
Ou seja, todos trabalhavam para o “Governo”.que o Doutor José Joaquim formalize as suas contas judiciosas e verdadeiras, porcrédito seu, e boa reputação as cinzas de seu pai, e daquilo que se liquidar, sepagou com os bens e isto já sem demora, para sossego de tantos espíritosdesinquietos ao que me satisfaz ter no princípio procurado liquidá-los comutandovários partidos [...] a conta do seu crédito o que como homem de bem econceituado, declarasse a quem desse paga... 365
1° de fonte(s) [27693]
Coisas do Caminho. Crédito, confiança e informação na economia do...