O Banco União não conseguiu atender as metas acordadas e não podendo pagar o aumento de salário, e por outras dificuldades devido a 1ª Grande Guerra Mundial, acabou tendo sua falência decretada no mesmo mês, não mais reabrindo a fábrica.
Com a falência decretada a massa falida, ficou a cargo do liquidatário, Nicolau Scarpa, que autorizou a venda, através de leilão, da Fábrica Votorantim, incluindo as obras hidráulicas, 440 casas de operários, linha férrea, Fazenda Itupararanga e fornos de cal, totalizando uma área territorial era de 1.800.000 metros quadrados.
Formou-se então um grupo de investidores interessados na aquisição da massa falida, este grupo comandado por Pereira Ignácio e Francisco Scarpa, eram composto por João Soares Hungria, Raphael de Cunto, João Cancio Pereira, Domingos Picirillo, José Ventura Fernandes da Silva, José de Cunto e Roque de Cunto. Enfim o esperado leilão aconteceu em 09/01/1918, realizado pelo leiloeiro Albino de Moraes, aonde foram arrematadas as propriedades imóvel e móvel do Banco União, pela quantia de 2.142 contos de réis.
Feito o leilão, e sendo Pereira Ignácio e Scarpa, os sócios majoritários, foi respeitou o contrato de arrendamento da Fábrica Votorantim – seção de beneficiamento de algodão, feito entre o Banco União e a firma Pereira Ignácio & Cia.
Foi acertado o pagamento anual de 1.100 contos de réis, pelo prazo de 5 anos. Infelizmente, a fatalidade encontrou Francisco Scarpa em seu caminho.Diniz Numismática - Entre Cédulas Moedas Selos e HistóriasVocê está em: Início » moedas do brasil » BANCO UNIÃO DE SÃO PAULO – Um emissor de moedas quase desconhecidoPágina inicialmoedas do brasilBANCO UNIÃO DE SÃO PAULO – Um emissor de moedas quase desconhecidoBANCO UNIÃO DE SÃO PAULO – Um emissor de moedas quase desconhecidoBruno Dinizsetembro 13, 2018
Os catálogos e preçários do Brasil trazem muitas informações pertinentes a emissão de moeda em nosso país, mas alguns emissores são deixados de lado por algum motivo que somente os autores destas obras são capazes de nos explicar.
Sabemos que o Brasil possui uma variedade incrível de emissões monetárias e que seria quase impossível alguém conseguir reunir um acervo desse porte em alguma coleção, mas os publicadores deveriam nos brindar com esta variedade ao invés de nos colocarem diante de escolhas seletivas, mas isso já é um assunto para uma próxima oportunidade.
Indo direto ao ponto... O sistema bancário demorou a emplacar no Brasil, pois somente no final do século XIX havia um conjunto significativo de instituições bancárias em operação nas principais cidades brasileiras.
O primeiro banco do Império português foi a primeira versão do Banco do Brasil, criado em 1808. Contudo, ele viria a falir poucos anos depois da independência. Esse banco e seus sucessores operavam principalmente como bancos emissores, mas também realizavam financiamentos comerciais de forma mais restrita. Na ausência dos bancos, outras pessoas e instituições atuavam como fornecedores do crédito na sociedade colonial e imperial brasileira. A partir da segunda metade do século XIX, o crescimento urbano demandou grandes recursos, para o avanço comercial, industrial e de infraestrutura no Brasil, esta demanda seria atendida por diversas instituições ofertantes e uma delas era o Banco União de São Paulo. O banco foi criado via decreto editado pelo Chefe do Governo Provisório da Republica dos Estados Unidos do Brasil, constituído pelo Exército e Armada, Marechal Manoel Deodoro da Fonseca. O “presidente interino” do Brasil seria o responsável pela aprovação do estatuto via decreto que regulamentaria as atividades do Banco União de São Paulo. O banco foi tão importante no desenvolvimento do estado de São Paulo que na região da cidade de Votorantim, no final do século XIX e no início do século XX, empreendimentos comerciais e industriais financiados pelo banco deram novos impulsos ao local.
O primeiro empreendimento industrial implantado na região pelo Banco União de São Paulo em parceria com investidores ingleses, deu-se, em 1890, com escolha de uma antiga propriedade que levava o nome de "Cachoeira", para a construção da barragem das corredeiras do Rio Grande. Dessa forma, foi montada e acionada a primeira usina.
EMISSÃO DE MOEDAS
No final do século 19, o Banco União de S. Paulo era uma instituição autorizada pelo governo federal a emitir moedas, estas, valiam em um primeiro momento, apenas nos estados de São Paulo e Goiás, mais tarde, também seriam aceitas no Paraná e em Santa Catarina. Mas a prerrogativa emissora do banco durou pouco, e as emissões que iniciaram em 1890 só durariam até 1892.
Abaixo o decreto que autorizaria o funcionamento do Banco União de São Paulo e posteriormente o decreto que o revogaria:DECRETO Nº 351, DE 19 DE ABRIL DE 1890Revogado pelo Decreto de 25.4.1991