Casada, mulher deixa herança para um guarda noturno, um cobrador de ônibus e dois advogados
1990. Há 34 anos
A família de Eva Armeci de Freitas, uma rica senhora de 49 anos, que se suicidou, ingerindo agrotóxico, no dia oito deste mês, em Piedade, entrou na justiça para anular o testamento feito em vida pela mulher.
No documento de duas páginas, registrado há dois anos no cartório de Piedade e s´[o aberto na semana passada, a mulher deixou todos os seus bens para um guarda noturno, um cobrador de ônibus e dois advogados.
O testamento era do tipo "cerrado", isto é, por disposição legal seu teor só poderia ser conhecido após a morte do autor do testamento.
Para surpresa do marido, o empresário Vicente Teixeira de Freitas, de 62 anos, e dos filhos adotivos, Luiz Fabiano dos Santos, 19 anos, e Gleice Lupe de Freitas, 10 anos, a mulher distribuiu os bens da família entre o guarda noturno José Domingues, o cobrador João Pinto da Silva, e os Advogados Aristeu José Marciano e Orides Francisco dos Santos Júnior, todos moradores de Piedade.
De acordo com o documento, para o guara noturno Domingues ficaram sete lotes de terra localizados em Piedade, São Paulo e Bragança Paulista.
O cobrador de ônibus foi beneficiado com dois carros de Eva e todos os seus saldos bancários de conta corrente e poupança.
O advogado Aristeu Marciano ficou com uma casa no Jardim Europa, bairro nobre de Sorocaba, com todo o mobiliário e benfeitorias, mais uma extensa relação de jóias depositadas em um banco.
O sócio de Aisteu, o advogado Orides, foi beneficiado com um imóvel rural no bairro Boa Vista, em Piedade, contendo casas, lavouras e animais.