Ergueram então o forte Jesus Maria José, na margem direita, atual cidade de Rio Grande. Cristóvão Pereira andava por aqui desde 1.731, levando gado "alçado" para Curitiba, para as forças imperiais. Escreveu alguns "roteiros" do trajeto, conhecidos na época como "práticas". A tática para cruzar a barra do Rio Grande era embarcar o "sinuelo" numa jangada e forçar o resto da tropa a segui-lo.Cristóvão requereu e ganhou a sesmaria da área que ficou conhecida como Rincão do Cristóvão Pereira, que é basicamente a ponta aonde se localiza o farol, estabeleceu uma estância de criação de gado (bovino, cavalar e muar) com intuito de fornecer ao império. Daí o nome de Lagoa do Rincão. Quando a marinha resolveu erigir os faróis da Lagoa, batizou-os com o nome do local aonde foram erguidos : Itapuâ, Cristóvão Pereira, Bujuru e Estreito. Capão da Marca foi construído mais tarde. Desta forma indireta ficou registrado para a posteridade o nome deste pioneiro do Rio Grande, muito pouco conhecido dos gaúchos. Por outro lado, creio não haver algum outro personagem de nossa história que tenha sido homenageado com um monumento do porte do farol Cristóvão Pereira.[0]
O governo da capitania encarregou o capitão Cristovao Pereira de Abreu da retomada do projeto de abertura da estrada para o sul. Julgando estar aberto o caminho de Curitiba a São Paulo, partiu da Colônia do Sacramento com 800 cavalgaduras, que seguiam para negociar no planalto.
Não o encontrando aberto, partiu em diligência com "várias pessoas com um grande número de animais para entrarem ao dito caminho", reunindo cerca de 3000 cavalgaduras e 130 homens.Vendo a possibilidade de abrir a estrada pretendida por Souza e Faria, a fim de conquistar benefícios do governo metropolitano, foi até São Paulo requerer ao general Caldeira Pimentel "nova providência de gente, armas, ferramentas e munições", voltando, então ao porto do rio Grande.[1]
1° de fonte(s) [25030]
Tropas e Tropeiros na Formação do Brasil. José Alípio Goulart