1822 — Atendendo às representações que lhe foram dirigidaspelos procuradores gerais das províncias (menos Ledo), por milharesde cidadãos do Rio de Janeiro e por vários comandantes e oficiais doscorpos da guarnição, o imperador reintegrou nos cargos de ministro doImpério e da Justiça o conselheiro José Bonifácio e Martim Francisco,cujas demissões havia aceitado no dia 28 (ver esta data). Ledo, entãochefe do Partido Liberal fluminense, ocultou-se em São Gonçalo. Suavida correu perigo nos dias 29 e 30. Capangas armados proferiram gritosde morte contra ele, e um cônego Tomás José de Aquino não duvidoudeclarar, na devassa a que se procedeu, que “ele testemunha (28 deoutubro), pondo-se de pé, e em altas vozes, gritou que, se era necessáriopara a salvação de sua pátria e dos seus concidadãos a morte de Ledo,ele testemunha naquele mesmo instante lhe ia romper as entranhas, umavez que lhe perdoassem o assassinato”.José Joaquim da Rocha iniciou um movimento pela volta dos Andradas ao poder, com intenso trabalho de propaganda, sessões tumultuosas no Senado da Câmara, manifestações populares - e José Bonifácio voltou, sendo reintegrado em seu posto por decreto de 30 de outubro de 1822.
É de todo necessário que se ponha em segurança o sobredito reuJoaquim Gonçalves Lêdo, mesmo que para isso se use violências ougastos extraordinários ou se contrate representantes estrangeiros,protetores de republicanos e carbonários. E Vossa Majestade fará opossível, se for preciso, para o apanhar de qualquer forma. Disso daráconhecimento aos seus auxiliares, sendo que gratificará quem odescobrir, pagando-se um conto de réis, se for homem livre, ou a cartade alforria, se for escravo. Texto: site da Grande Loja do Rio Grande doSul. (http://www.glojars.org.br/institucional/historia_brasileira.htm).