O original da Carta de Pero Vaz de Caminha guarda-se na Torre do Tombo, em Lisboa. Quem primeiro assinalou sua existência foi José Seabra da Silva e quem pela primeira vez a publicou foi Manoel Aires do Casal - 15/01/1817 de ( registros)
O original da Carta de Pero Vaz de Caminha guarda-se na Torre do Tombo, em Lisboa. Quem primeiro assinalou sua existência foi José Seabra da Silva e quem pela primeira vez a publicou foi Manoel Aires do Casal
15 de janeiro de 1817, quarta-feira. Há 207 anos
Fontes (4)
O original da Carta de Pero Vaz de Caminha guarda-se na Torre do Tombo, em Lisboa. Quem primeiro assinalou sua existência foi José Seabra da Silva e quempela primeira vez a publicou foi Manoel Aires do Casal, em 1817 em sua Corographia Brasilica. Foi depois publicada em 1826, no tomo IV da da Coleção de Notícias Históricas e Geográficas das Nações Ultramarinas.
Manuel Aires de Casal, popularmente conhecido como Padre Aires de Casal (Pedrógão, 1754 - Portugal, 1821), foi um sacerdote, geógrafo e historiador Português, que viveu durante muitos anos no Brasil, escrevendo o primeiro livro de edição brasileira,[carece de fontes] em 1817.
Os seus dados biográficos são escassos. Afrânio Peixoto afirmou que teria nascido em Cachoeira, na Bahia, em 1757.Após concluir os estudos primários em sua terra natal, cursou Teologia e Filosofia, tomando as ordens. Passou para o Brasil, vindo a exercer o cargo de Capelão da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (1796).Exerceu a função de presbítero secular do Crato, na então Província do Ceará, em 1815.Aires de Casal retornou a Portugal com a Família Real Portuguesa em 1821, onde veio a falecer no mesmo ano.Tendo se dedicado ao estudo da corografia (geografia e história) do Brasil, a sua obra destaca-se, entre outros, por ser a primeira a transcrever, impressa, a Carta de Pero Vaz de Caminha.
Aires de Casal redigiu a sua obra nos moldes de uma geografia clássica, fundamentada, basicamente, em descrições e inventários. Foi publicada pela Imprensa Régia em 1817.[1] Na verdade, como autor aproxima-se mais da posição de compilador e relator de acontecimentos, sem crítica, pois se utilizava de textos pré-existentes para descrever determinadas situações. Caio Prado Júnior[2] observou que, para falar dos indígenas, por exemplo, utilizou um texto de 1571, de autoria de Jerônimo Osório, que nunca estive no Brasil; outro texto utilizado por Aires de Casal é de autoria de Santa Rita Durão, que descreve os frutos brasileiros. Ao que tudo indica, Aires de Casal escreveu a sua "Corografia Brazilica" sem realizar nenhuma viagem de estudo e observação, como pode ser constatado no caso em que ele descreveu ossadas fósseis encontradas nos estados de Alagoas e Bahia.[3]
A Corografia Brazilica ou Relação historico-geografica do Reino do Brazil, do padre Manuel Aires de Casal, foi a primeira corografia impressa no Brasil, no ano de 1817.A "Corografia" (descrição histórico-geográfica de um lugar) é uma obra clássica da bibliografia brasiliana onde se imprimiu pela primeira vez a Carta de Pero Vaz de Caminha. Anunciada pela primeira vez na Gazeta do Rio de Janeiro em 1815, onde se fazia apelo aos subscritores, foi impressa com dificuldade, paga pelo seu autor, chegando mesmo a haver uma queixa escrita pelo Pe. Joaquim Damazo, director da Biblioteca Pública, pela demora e falta de interesse na publicação da obra. Compõe-se de dois volumes e faz uma descrição de todo o território brasileiro, descrevendo cada província e vilas nelas existentes, partindo de uma divisão regional de acordo com as bacias fluviais. Cada um dos volumes tem um índice alfabético onde predominam termos de origem indígena, no qual parece ter colaborado Luís Joaquim dos Santos Marrocos.Transcrevendo Varnhagen, Inocêncio escreve: “a Corografia Brasilica e o nome de Ayres de Casal hão de passar aos seculos mais remotos pelas preciosas notícias geographicas que a obra encerra, pelo método e clareza do corógrafo escritor, e até por uns tantos erros, principalmente históricos, que cometeu".O autor, de cuja biografia pouco se sabe, dedicou a obra ao rei D. João VI que, em razão da invasão napoleônica em Portugal, transferira toda a Corte para o Brasil, trazendo consigo a [[Imprensa Régia]Dividido em dois volumes, a Corografia faz uma descrição de todo o país: relaciona cada Província e, para cada uma, refere as vilas nela existentes. Sua obra divide do território brasileiro em regiões de acordo com as bacias fluviais, utilizando o curso dos rios.Aires de Casal escreveu Corografia Brazílica nos moldes de uma geografia clássica, fundamentada em descrições e inventários que foram publicados pela Imprensa Régia em 1817[1]. Caio Prado Júnior[2] observa que, na verdade, Aires de Casal ocupava uma posição mais de compilador e relator de acontecimentos, sem emitir observações críticas, pois utilizava para o seu trabalho textos pré-existentes. Para falar dos indígenas, por exemplo, Aires de Casal utilizou um texto escrito por Jerônimo Osório em 1571, e este jamais estivera no Brasil; outro texto utilizado por ele foi o de Santa Rita Durão, para descrever os frutos brasileiros. Aires de Casal chegou a considerar o peixe-boi como um peixe, o morcego como uma ave e colocou os indígenas entre os animais. Ao que tudo indica, Aires de Casal escreveu sua Corografia Brazilica sem realizar nenhuma viagem de estudo e observação.
Pero Vaz de Caminha observando as índias brasileiras