Menos de um mês após a queda das Torres Gêmeas nos EUA, o comerciante Nélson Dias, de 39 anos, ficou apavorado quando recebeu um envelope contendo um pó branco em sua casa, no Parque Vitória Régia, zona norte de Sorocaba.
Pensando tratar-se de material contaminado com a bactéria Antraz, fez uma maratona pelos postos de saúde e distritos policiais, até descobrir que se tratava de brincadeira feita por um amigo.
O pó branco era farinha de trigo. Naquela altura, o envelope já tinha sido encaminhado à Delegacia da Polícia Federal. O amigo, cuja identidade não foi revelada pelo comerciante, foi intimado para prestar esclarecimentos.
Ele foi indiciado por crime contra a ordem pública.O envelope foi recebido por uma empregada de Dias. O cachorro da família mordeu o papel e, pelos furos, vazou o pó branco.
Assustado em razão das notícias sobre o terrorismo biológico, o comerciante colocou o envelope em um saco plástico e foi ao distrito policial. Orientado a procurar o laboratório da Faculdade de Medicina, de lá foi encaminhado para o Instituto Adolpho Lutz. Uma agente de saúde que não sabia como proceder, entrou em contato com o laboratório central, em São Paulo.
Orientado a procurar outra vez a polícia, Dias foi até a Delegacia Seccional e registrou a ocorrência.
O material foi apreendido e mandado para a Polícia Federal. Depois de toda a maratona, o comerciante já estava em sua pizzaria, no bairro onde residia, quando foi abordado pelo amigo, que revelou a brincadeira.
O delegado Ademir Alves, da Polícia Federal, lamentou a conduta do autor do trote. Segundo ele, ainda assim, o produto será analisado pela Vigilância Sanitária e o autor da brincadeira teve de responder a processo.
Fonte: Folha de São Paulo https://www.facebook. com/sorocaba24hrs/ posts/593133341452416