Segundo um mando real de 1570, a Lei das Ordenanças, nas zonas rurais ao invés da Companhia de Ordenanças, se organizava uma bandeira: tinha formação similar à de uma companhia, sendo que seus componentes eram divididos em esquadras, reunindo todos os que estavam até a uma légua da sede do capitão-mór. Foi essa a origem das bandeiras que exploraram e devassaram o território brasileiro.
Caçada humana
As táticas de guerra dos paulistas.
1. Antes da partida das bandeiras, escravos iam na frente e plantavam roças de milho e mandioca em pontos estratégicos – muitas viraram cidades, como a atual Batatais (SP). A viagem era marcada em função da colheita.
2. As expedições menores, as armações, saíam em fila de madrugada. Os homens andavam até 10 quilômetros por dia. Não tinham volta marcada: o importante era aprisionar quantos índios pudessem.
3. Achada a aldeia a ser atacada, os paulistas amolavam facas, machetes e alfanjes. Bagagem, doentes e feridos eram deixados no acampamento.
4. Os ataques exploravam a surpresa. Para inibir resistências valia aterrorizar, matando crianças e queimando gente viva. Depois era feita a carga, com o maior número possível de índios amarrados e acorrentados.
5. Se o ataque fosse bem-sucedido, as “peças”, como se chamavam os cativos, eram remetidas para São Paulo, para serem vendidas. Parte dos homens continuava atrás de mais índios para escravizar.