' Auguste de Saint-Hilaire visita Ipanema - 22/12/1819 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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Auguste de Saint-Hilaire visita Ipanema
22 de de 1819
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Freire Alemão traduziu Araxá por bom tempo, e Saint-Hilaire,que, decerto, ignorava o tupi, refere haverem-lhe explicado·esse nome,no interior de Minas, como uma frase de português cassange - are aú,por há de achar, resposta costumeira de um velho africano aos que lhepediam notícia de uma mina de ouro, lendária naquelas paragens. A isto éque Batista Caetano, muito precisamente, qualificou "esgarafunchar etimologia", mister ingrato de que ele mesmo não escapou, como não escapamos nós outros, trazendo até aqui esta árdua tarefa. [1]

Saint-Hilaire (1945) relata que no início do século XIX, florestas densas, onde o“machado quase não trabalhou”, revestem a mina, identificando 108 espécies diferentesde árvores. Podemos vislumbrar a natureza que formava o Morro do Araçoiaba, peladescrição do naturalista (1945, p.256):“No dia seguinte ao de minha chegada a Sorocaba — 22 de dezembro fui a Ipanema, situada a 2léguas da cidade. O terreno que se atravessa para ali chegar é irregular, e coberto de matas e decampos. A pouca distância de Sorocaba, a estrada bifurca-se em dois ramos; uma grande cruzde ferro, fundida em Ipanema, indica o que conduz à forja do mesmo nome. Quando se atingeesse local, não se pode deixar de admirar a sua extensão, o movimento ali reinante e a beleza dapaisagem. Nada tinha visto de semelhante desde que me encontrava no Brasil. As forjas doIpanema estão instaladas na montanha de Araçoiaba, antigamente conhecida pela denominaçãode Morro do Ferro, de onde se extrai o minério e que é recoberta de matas.”Saint Hilaire (1945) descrevia que o Morro do Araçoiaba possuía 46.200 metrosde contorno, quase inteiramente coberta de florestas. O autor demonstra o pensamentoda época, em relação ao uso irrestrito dos recursos naturais: “A jazida é rica, quasi àflor da terra e nunca poderá ser esgotada; sem ser extremamente abundantes, aságuas bastam para o serviço; o estabelecimento possui 7 léguas de matas; a pedracalcárea e a pedra verde são abundantes nos arredores...”O viajante Spix (1981, p.158-60), faz a seguinte narrativa da região:

“...Passamos por campos com morros baixos, cobertos de capim rasteiro e de algumas árvoresanãs por entre as quais se eleva, nas baixadas aqui e acolá, arvoredo cerrado e baixo, ealcançamos ao pôr do sol o lugarejo.

Reclina-se apoiado numa elevação em anfiteatro, à margem do Rio Ipanema, que aqui se alarga como lagoa; lindos campos formam o primeiro plano, e a montanha de ferro de Arrasojava (Guarasojava), coberta de mato escuro, que desce pela encosta noroeste abaixo até o vale, constitui o fundo do cenário... As matas virgens, que se ostentam mais densas e luxuosas nas baixadas do que nas regiões mais altas, possuem riqueza fora do comum, das mais diversas qualidades de madeira. Colecionamos, em companhia de um lavrador do lugar, num só dia, cento e vinte qualidades, entre as quais se acha relativamente grande porção de madeira muito rija, resistente e própria para a construção de prédios e de navios (perobas, jequitibás, cedros, etc..)...”A indústria siderúrgica le [1]

O naturalista Saint Hilaire (1945, p.336) descreve que:“Além de Sorocaba, perto dos 23° 20 de latitude sul, o cafeeiro não é maiscultivado...Sorocaba, situada a 18 léguas de São Paulo, forma o limite dos cafeeiros;Itapetininga (630), a 12 léguas mais longe, para o sul, é o limite da cana de açúcar; a 15léguas além, perto de Itapeva (631), não mais se encontra a bananeira; finalmente, a 40léguas, perto da Serra das Furnas, não há mais algodoeiros, bem como ananazes”.


FONTE:98
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