Em 1743 a Coroa através de uma Ordem do Conselho Ultramarino proibira a produção de cachaça em Minas Gerais. Este mesmo dispositivo proibia a construção de engenhos de açúcar e aguardente, no entanto, depoimento do governador da capitania Antonio de Noronha de 1777 relata que a determinação vinha sendo burlada. [1]
As primeiras notícias sobre aexistência de engenhos de açúcar na região de Sorocaba aparecem por volta de 1777.O acúmulo financeiro derivado do tropeirismo possibilitou a construção de algunsengenhos de açúcar e a posse dessas propriedades caracterizava prestígio social.
O estabelecimento de grandes engenhos de cana foi realizado na serrade São Francisco e nas terras de barro preto próximas a Porto Feliz.Conforme análise de Cezar (1984, p.52):
“ Interessante é que praticamente todos os tipos de solo se destinavam à cultura da cana-de açúcar. Alguns ficavam na Serra de São Francisco e Inhaíba, onde predominam os terrenos de salmourão, oriundos da decomposição do granito; à margem direita do rio Sorocaba, limites comPorto Feliz e no Caguaçu, aparecem manchas de terra popularmente denominadas de barro preto; e em Campo largo e no Araçoiaba, terra avermelhada com mais areia do que argila.” [2]No século XVII, a cana-de-açúcar e a respectiva indústria foram regulares emSorocaba com alguns engenhos, destacando-se os dois Madureiras na fazenda de SãoFrancisco e Américo Antônio Ayres, no Caguaçu. O jornal Cruzeiro do Sul, de 21 deagosto de 1966, descreve o solo como um barro preto ou massapé.