O historiador descreve a mudança da paisagem sorocabana até meados doséculo XX (ALMEIDA, 1972, p. 4.112):“Mas pelo que estudamos em Sorocaba, além desses grandes campos do Piragibú, Itapeva,Pirapora, Campo largo, etc. e estão hoje com revestimento parecido do século 17, há algumasbeiradas, de capim ou vegetação herbácea e arbustiva, que outrora foram matas ou, pelo menos,capoeiras, faxinais ou carrascais.Além da via férrea, margem esquerda do Supiriri e naturalmente na margem direita, em 1822 eraalgo como capoeira e em 1660, mato.Devia tal revestimento florístico subir até a sua fonte para protegê-lo, o riacho que desce da VilaCarvalho e em 1886 serviu para os primeiros chafarizes da cidade.Terras de pastos à direita do Rio Sorocaba desde Votorantim em 1939 ainda as vimos cobertaspor laranjais, que se davam melhor em terras antigamente de mato.Mas, ou pelos documentos ou pela simples vista, tem-se conhecimento de lugares que foramcertamente mata virgem...
No caminho da Aparecida o mato chegava desde a Boa Vista até o arraial, coincidindo com adiferenciação do sub-solo...Em 1918, entre Bacaetava e Ipanema o viajante no trem da Sorocabana ainda via o rio Sorocabaatravez de um capoeirão, sucessor da antiga mata marginal. Foi queimado nas locomotivas.Em 1900, a fonte do Cubatão era protegida por uma floresta de madeira de lei.Em 1933, o divisor das águas entre o Tiete e o Sorocaba, no bairro do Avecuia, era um espigãode mato seco que fornecia lenha a cidade...”. [“A História Ambiental de Sorocaba”, 2015. Fábio Navarro Manfredini, Manuel Enrique Gamero Guandique e André Henrique Rosa. Página 32 e 33]