1817 — Batalha de Catalán (é o nome de um arroio, afluenteda margem esquerda do Quaraí, território da República Oriental). OExército brasileiro do Quaraí, acampado nesse lugar, era comandado pelotenente-general Curado; no entanto, achando-se presente o marquês deAlegrete, capitão-general da capitania de São Pedro do Rio Grande, quefora inspecionar essas tropas, coube a este o comando supremo. Estavamaí o 1o e 2o de infantaria da legião de São Paulo (majores José Joaquim daRocha e Antônio José do Rosário), sob o comando do brigadeiro OliveiraÁlvares (o segundo comandante era o tenente-coronel Galvão de MouraLacerda), 11 peças de artilharia (tenente-coronel Inácio da Fonseca) edois esquadrões de cavalaria da mesma legião (capitães Silva Brandão eSimplício Silva), o regimento de dragões do Rio Grande (major SebastiãoBarreto) e o de milícias do Rio Pardo (brigadeiro João de Deus MenaBarreto), alguns esquadrões de milícias de Porto Alegre (coronel BentoCorreia da Câmara) e do distrito então chamado Entre Rios, depois Alegrete(tenente-coronel José de Abreu), e quatro partidas de guerrilhas, ao todo2.500 homens (1.200 paulistas das três Armas, e 1.300 rio-grandensesde cavalaria). Essa força foi atacada por 3.400 orientais, entrerrianos ecorrentinos, que, sob o comando do coronel Andrés Latorre, formavam oprincipal exército do ditador José Artigas. Depois de porfiado combate,foram repelidos e destroçados, perdendo 1.200 mortos e prisioneiros (27oficiais), os dois canhões que traziam, uma bandeira, sete caixas de guerra,muitas armas de mão, seis mil cavalos e 600 bois. Tivemos 79 mortos(cinco oficiais) e 164 feridos (13 oficiais; entre os primeiros o comandanteRosário, da infantaria paulista), os capitães Vitoriano Centeno, José dePaula Prestes e Almeida Corte Real (Francisco de Borja), e o tenenteSantos Pereira (da cavalaria rio-grandense); entre os segundos, o coronelCorreia da Câmara e o comandante Rocha (paulista).
Após seus feitos na Batalha de Catalão, João Vieira de Carvalho foi promovido a tenente-coronel.