c | Batalha de Taquarembó envolveu o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e as Províncias Unidas do Rio da Prata |
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| 22 de janeiro de 1820, sábado. Há 204 anos |
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| | | 1820 — Batalha de Taquarembó, vencida pelo conde da Figueira,capitão-general da capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul.Esta batalha deu-se no território da Banda Oriental do Uruguai, pertoda nossa fronteira de Santana, e pôs termo à guerra que o governo doRio de Janeiro sustentava desde 1816 contra o general José GervásioArtigas, intitulado “Protetor dos Povos Livres”, ditador da Confederaçãouruguaia, formada pelos gaúchos da Banda Oriental, de Entre Rios ede Corrientes, e pelos guaranis das Missões de além-Uruguai. Artigasmandara, sob o comando de Ramírez, um pequeno exército contraBuenos Aires, e, à frente de outro, invadira pela terceira vez a capitaniado Rio Grande do Sul, obrigando o general José de Abreu (depois barãodo Cerro Largo) a recuar desde o Ibirapuitã até o Passo do Rosário, noSanta Maria (ver 17 de dezembro de 1819). Na margem esquerda desterio, puderam o mencionado Abreu e o general Bento Correia da Câmara,que se lhe reuniu, resistir aos invasores (ver 17 e 27 de dezembro de1819) até a chegada dos reforços que trazia de Porto Alegre o condeda Figueira. Marchou então este no encalço do inimigo (11 de janeiro),que se retirava, e alcançou-o nas nascentes do Taquarembó. As forçasbrasileiras, que tomaram parte na ação, constavam apenas de 1.200homens, com duas peças (ofícios de 3 e 12 de janeiro, do conde daFigueira ao ministro da Guerra) e não de quatro mil homens, como têmdito alguns escritores do rio da Prata. A cavalaria era formada quasetoda de milicianos (mil e tantos homens dos esquadrões de milíciasde Entre Rios — nome que então tinha o distrito de Alegrete, de PortoAlegre e do Rio Grande —, um esquadrão do regimento de dragões euma partida de guerrilheiros); a infantaria (200 homens) pertencia aoregimento de Santa Catarina. Os generais Abreu e Câmara comandavama cavalaria. Artigas tinha 2.500 homens, com quatro peças (orientais, OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO76entrerrianos, correntinos e guaranis de Missões); contudo, segundo osprisioneiros, fugiu para Mataojo, apenas começado o nosso ataque,deixando ao seu major-general, coronel Andrés Latorre, na direção dabatalha. A derrota das suas tropas indisciplinadas foi completa: ficaramno campo de ação uns 500 mortos, entre os quais o coronel PantaleónSotelo e quatro oficiais, 505 prisioneiros (21 oficiais), toda artilharia,uma bandeira e cerca de seis mil cavalos e bois. O conde da Figueiraenviou duas colunas de cavalaria, sob o comando do general Abreu edo tenente-coronel Joaquim José da Silva, em perseguição ao inimigo,e do acampamento do Rincón expediu o general Curado, no dia 4 defevereiro, outra, comandada por Bento Manuel. Artigas atravessou oUruguai entre o Salto Grande e o Salto Chico, com 600 homens apenas,e foi para Curuzu Cuatiá. As tropas, enviadas contra o governo deBuenos Aires, unidas às de Santa Fé, ficaram vencedoras e entraramna capital argentina. Voltando, porém, dessa campanha, o seu lugartenente Ramírez revoltou-se contra ele, e, depois de vários combates,obrigou-o a refugiar-se no Paraguai, onde o ditador Francia o conservoupreso (ver 23 de setembro de 1850). | |
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