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V Simpósio de História Marítima - A carreira da Índia
23 de outubro de 1998, sexta-feira. Há 26 anos
existentes, nomeadamente, das que serviam e superintendiam no comércio da costa ocidental africana, como é o caso da Casa da Guiné e Mina e do Armazem da Guiné. Por outro lado, o objectivo de tal viagem de descobrimento era bem concreto. Os portugueses, no dizer do enviado de Vasco da Gama a Calecute iam "buscar cristãos e especiarias". E, se encontraram poucos cristãos, o mesmo não aconteceu em relação à especiaria, pois a venda das mercadorias trazidas por Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral haviam coberto duas vezes a despesa dessas duas expedições (").

Quanto ao estabelecimento de contactos regulares de Espanha com a América, a situação é bem diversa. À viagem de Colombo em 1492 segue-se um período que designaríamosde formaçào e lançamento dos contactos com o Novo Mundo, permitindo-se a particularesviagens de descobrimento e resgate, embora sob a superintendência de Juan Rodríguez deFonseca, nomeado pelos Reis Católicos para tal funçãoCl. Só com a criaçào da Casa de Contratacion em 1503 as relações económicas de Espanha com as Índias conhecerão uma formaoficial, organizada e definida por leisr"). À ideia de formação deste organismo de administração de todo o comércio ultramarino terá, decerto, pesado a experiência da congénere portuguesa Casa da Guiné e Mina, também ela gerindo e fiscalizando os negócios da Índia e, porisso, denominada já em 1502 Casa da Guiné, Mina e Índias. Todavia, o volume de negóciosdo Oriente viria a exigir uma individualização dos serviços, conseguindo já no ano seguinteuma autonomia com órgãos e designação próprios - Casa da Índia - embora instalada nomesmo edifício.À Casa da Índia e Armazém da Guiné coube funç6es essenciais no estabelecimento emanutenção da carreira da Índia, embora o Almirantado da Índia, em que foi provido Vascoda Gama. tivesse desempenhado acção relevante no apresto das primeiras armadas e na elaboraçào das instruç6es para elasi").

Ao comparar-se estes dois organismos de superintendência no comércio ultramarinoverificamos que à Casa de Contrataçào de Sevilha é cometido um conjunto significativo de funcoes, desde as comerciais às de administração ultramarina, passando pelas fiscais, judiciais e até cientificast"). No respeitante a Portugal, é abundante a documentaçào relativa às Casas da Mina e da Índia, mau grado o incêndio que devastou os seus arquivos em 1755.

Constata-se, porém, que as duas Casas eram organismos essencialmente económicos, correndo os assuntos da navegação por uma outra estrutura administrativa complementar, osArmazéns da Guiné e Índia, cuja organização, funcionamento e história pouco se conhecer").

Dos vários documentos infere-se, contudo, que ao Provedor dos Armazéns cabia a preparação dos navios para o serviço real, incluindo os mantimentos, artilharia, guarniç6es, etc. NosArmazéns estavam também depositados os padrões das cartas náuticas (os chamados-padróes Del-rei-) e aí trabalhavam os mestres das cartas de marear. Fazendo parte da Casa de Contratação é criado em 1508 o cargo de Piloto-mor desta Casa, sendo nele provido, como se sabe, Américo Vespúcio, com o objectivo de ensinar e divulgar a nova navegaçàoastronómica, até entào só correctamente praticada pelos portugueses. Tempos depois, em 1552, foi criada a cátedra de cosmógrafo-mor da Casa, cujo ensino era feito por estet"). Ora, se se atender que em Portugal logo nos primeiros anos do século XVI existia já o cargo de-piloro-mor da navegação da Índia e mar oceano" e que em 1547 Pedro Nunes é investido na nova função de cosmógrafo-mor, é de admitir - como já o fez o Almirante Teixeira da Mota - que a criação de tais cargos na Casa de Contratação fosse de inspira cão portuguesar").

Todavia esta reúne e centraliza em si cargos e organismos de proveniência diferente mas comobjectivos próximos ou comuns. [Página 14]

Por outro lado a vigilância às naus da Índia, porque apertada, era desencorajadora do contrabando. Apesar disso, alguns casos são detectados. Em 1538 era absolvida em Lisboa, da perda de bens em que incorrera, a mulher de um piloto de Castela que viera do Porto da Prata e a quem fora encontrada na sua câmara certa quantidade de especiarias depois de tocar os Açores. Troca de prata ou ouro por especiarias. É bem possível. No ano anterior na rocha do Monte Brasil, do lado do mar, em Angra, descobre-se um barril e um fardo com anil e vários sacos com canela, cravo e lacre e, também em 1538, num fardo de arroz detecta-se uma arroba e seis arráteis de pimenta(*). Estamos em crer que l[Página 18]

D. Sebastião foi proclamado Rei de Portugal em 1557, quando tinha pouco mais de três anos e, por consequência, foram Regentes do Reino sua Avó D. Catarina e o Cardeal D. Henrique, respectivamente de 1557 a 1562 e de 1562 a 1568 ano em que assumiu, de fato, o governo de Portugal.

No período de 1557 a 1568, da Carreira da Índia, naufragaram sete naus e desapareceram cinco por qualquer sinistro marítimo mas, após 1569, esses números reduziram-se, respectivamente para três e dois, sendo os naufrágios, ao que nos parece, mais devido a erros humanos de que a outras coisas. Com efeito três das naus perdidas encalharam em locais bem conhecidos dos nossos pilotos: em 1573 a nau Santa Clara naufragou no Brasil, quando arribava ao Reino; em 1576 a nau São Jorge perdeu-se à entrada da Ilha de Moçambique e, em 1577, a nau São Pedro perdeu-se nos baixos das Chagas. Na torna-viagem de 1573 desapareceram as naus Reis Magos e São Francisco, nunca se conseguindo apurar a causa dessa ocorrência.[Página 97]

- Pelos esboços da tulipa e culatra, e por ter os munhões ligeiramente estreitos em relação à peça, faz-nos lembrar a Áspide ou meia colubrina bastarda do Museu Militar número de catalogo R. 25, fundida no reinado de D. Manuel I, talvez em 1515 por João Dias cuja sigla era IODIZ.

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01/01/1998
Créditos/Fonte:
Página 144

Em comentário anterior (13/12/1993), o mesmo investigador referia ser esta boca de fogo "...idêntica a duas peças recuperadas em 1977 do galeão Sacramento que naufragou nas costas do Brasil em 1668...".[Página 144]

Assim, em carta enviado ao rei 10 de agosto de 1624, dizia-se:

"está esta cidade em grandíssimo aperto e sem comércio, do qual procede principalmente a sua sustentação e o meneiro dos homens". Em assento da vereação de 5 de outubro de 1628, lê-se

"que tendo Sua Majestade consideração aos muitos e grandes serviços que esta cidade lhe tem feito, e de presente faz, estando, como está, em tão conhecido aperto e miséria por falta de comércio e muitos direitos que lhe são impostos, seja servido de mandar que os juros, que lhe têm dado em satisfação de outros, que para seu serviço vendeu sobre suas rendas, seja assentado todo na casa das carnes, sem dela se poderem tirar, com ordem expressa aos ministros inferiores o paguem sem dependência do governo nem dos vedores da fazenda, sob pena que a cidade os possa haver por suas fazendas executivamente".

Assento da vereação
5 de outubro de 1628, quinta-feira (Há 396 anos)

[Página 257]

E parece-nos oportuno recordar ter o embaixador da França em Madrid em ofício de 23 de fevereiro de 1602, se queixado de não poder conseguir estabelecer uma correspondência segura com Lisboa. [Página 260]

Nessa última realização a concepção dos quadros poderia ser da autoria do referido artista, bem como os modelos dos navios, mas pode-se também admitir a possibilidade de não ter ele próprio o autor dos quadros ou se o foi de eventualmente ter sido auxiliado na realização dessa pintura, por um pintor indiano. Este bem poderia ter sido um conhecido "pintor homem da terra, que tinha natural", certamente aquele que está identificado como tendo sido convertido ao cristianismo e batizado com grande aparato em 14 de maio de 1559, de acordo com as informações registradas numa carta de Luís de Fróis datada de Goa a 14 de novembro de 1559 onde se lê:

"Há um título nesta terra entre mouros e gentios em todo o gênero de ofícios cujo nome é mocadão, o que em nossa linguagem responde superintendente, no qual todos os oficiais que usam daquele ofício na mesma cidade reconhecem uma certa maneira de superioridade. Destes se converteu um que é mocadão dos pintores de Goa, homem a quem faziam grandes avantages todos os governadores e viso-reis passados, pera que se fizesse cristão, por ser ele que os tira a todos por natural e que tem cheias quantas igrejas há na Índia de retábulos pintados por sua mão (...)". Este artista que pintava quadros dos vice-reis teve a sua habilidade enaltecida por Gaspar Correia, que o orientava nessa tarefa. [Página 285]

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