O DESCOBRIMENTO DE PERO VAZ DE CAMINHA - EDUARDO BUENO
2022. Há 2 anos
O Brasil é o único país do mundo que entrou no circuito oficial da História com uma obra prima da literatura. Uma carta magnética. Uma carta espetacular, repleta de flagrância, minúcia.
(...) O Brasil só entra mesmo no circuito depois que começa a produzir o "pó branco que vicia", o açúcar. D. João III já tinha morrido, aí quem assume o trono é o rei D. Sebastião.
(...) A carta do Caminha milagrosamente, luminosamente, sobreviveu. Mas ninguém nem sabia que ela existia. Ela só foi redescoberta, lá na Torre do Tombo, em Lisboa, em fevereiro de 1773, pelo guarda-mór do arquivo.
19 de fevereiro de 1773, sexta-feira (Há 251 anos)
Fontes (3)
(...) eles descrevem como se eles tivessem "a inocência do paraíso, eles não tinham a menor vergonha de mostrarem as suas vergonhas, como não tinham de mostrar os próprios rostos". Eles consideram isso uma inocência típica de quem ainda vivia no Paraíso. E ainda descrevem as mulheres nativas, e diz:
"Tinham as suas vergonhas tão altas e tão cerradinhas, e não tinham vergonha alguma de mostrá-las."
(...) Diogo Dias cambalhotas
(...) Bartholomeu Dias estava na frota
(...) A esquadra da Cabral tinha 13 embarcações, então se supõe, que era o óbvio, todos os capitães dessas embarcações tivessem mandado cartar para o rei. E também se sabe que, como no filme Central do Brasil, os marujos que sabiam escrever cobravam (...)
(...) Quando o Brasil foi descoberto, a esquadra seguiria para a Índia, mas uma nau, na verdade uma naveta, a naveta dos mantimentos, comandada por um cara chamado Gaspar de Lemos, seguiu de volta para Portugal, com as cartas, para comunicar ao rei que uma nova terra, que os portugueses provavelmente já conheciam, tinha sido oficialmente descoberta. E essa nau parte, certamente, com a carta do próprio Pedro Alvares Cabral, com as cartas dos principais comandantes...
(...) e no dia 12 de maio, 10 dias depois, eles pegam uma tormenta gigantesca no Cabo das Tormentas, o Cabo da Boa Esperança (...) 5 naus e caravelas afundam e mais de 400 homens morrem, muitos deles deviam ter escritos cartas para suas famílias, que ainda nem tinham chegado em Portugal.