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28 de setembro de 2024, sábado.
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Itu é um município do estado de São Paulo, no Brasil, situado na Região Metropolitana de Sorocaba, na Mesorregião Macro Metropolitana Paulista e na Microrregião de Sorocaba. Localiza-se a uma latitude 23º15´51" sul e a uma longitude 47º17´57" oeste, estando a uma altitude de 583 metros. Sua população estimada em 2019 era de 173 939 habitantes,[1] formada principalmente por descendentes de imigrantes portugueses, italianos, japoneses, além de migrantes de outras regiões do Brasil, em especial do Nordeste, além da forte presença de migrantes do estado do Paraná.

Itu já foi a cidade mais rica do estado, sendo famosa por nela terem residido muitos "barões do café" e autoridades importantes do país. O município teve importância no processo que conduziu à proclamação da república do Brasil em 1889, tendo sediado, em 1873, a primeira Convenção Republicana do Brasil.[4]

É o 47° município mais populoso do estado de São Paulo e o 153° no Brasil, além de ser a segunda maior cidade da Região Metropolitana de Sorocaba, atrás apenas de Sorocaba.[5]

A cidade é famosa por ter diversos objetos de tamanho exagerado, fama esta inaugurada pelo comediante Francisco Flaviano de Almeida, o famoso Simplício.

ToponímiaSegundo Silveira Bueno, "Itu" procede do termo tupi Utu-Guaçu (cachoeira grande). Eduardo de Almeida Navarro diz que o topônimo procede do tupi ytu (cachoeira).[6]

História

Período colonial

Bandeirantes receberam, por sesmaria, em 1604, a posse das terras dos campos do Pirapitingui. O marco da fundação da cidade de Itu foi a construção, em 1610, de uma capela dedicada a Nossa Senhora da Candelária, no lugar em que hoje fica a Igreja do Bom Jesus. Esta capela foi construída pelo bandeirante Domingos Fernandes e seu genro, Cristóvão Diniz. Adotou-se o dia 2 de fevereiro como data de aniversário de Itu, por coincidir com o dia de Nossa Senhora da Candelária. O povoado se formou em torno desta capela.

Os portugueses estabeleceram-se na região em 1610, sendo que a freguesia foi criada em 1653. No ano de 1653, foi elevada a Freguesia de Santana do Parnaíba. Em 1657, foi elevada à categoria de vila, com direito a possuir uma câmara municipal, iniciando-se, assim, a construção de um novo templo. Durante quase 100 anos (de 1657 a 1750), a Vila de Itu não passou de um pequeno núcleo, com menos de 100 casas, concentradas no pátio da antiga Matriz e numa única rua que ia do pátio até a capelinha do primeiro povoado. Uma boa parte das casas, as do pátio, sobretudo, pertencia a fazendeiros. Quando aumentou a escravatura e a produção das fazendas, seus donos ajudaram a erguer dois conventos na Vila, o de São Francisco (1692) e o do Carmo (1719). Os comerciantes ergueram, em 1726, uma capela, num lugar ainda descampado, a de Santa Rita, inaugurada em 1728. Em 1760, já existiam cerca de 105 casas e mais uma rua, chamada da Palma (atual Rua dos Andradas). Nessa época, Itu se firma como entreposto de comércio na rota entre o sul do país e as regiões mineradoras de Mato Grosso e Goiás. Na vila, as maiorias das casas eram pequenas e habitadas por gente que pouco ou nada possuía.

Alguns anos depois, em 1776, com o crescimento das lavouras da cana de açúcar e do algodão, a Vila cresceu, contando com 180 casas, tendo ainda as mesmas ruas de antes. Quem deu vida à localidade foram os artesãos (sapateiros, ferreiros, carpinteiros, tecelões, costureiras e fiandeiras), os quais ocupavam 119 casas. Os comerciantes interessados na venda de tecido, colchas e cobertores para outras regiões, promoveram o cultivo de algodão, e a produção caseira de tecidos. A partir de 1777, a Vila de Itu cresceu em função dos negócios de exportação de açúcar para a Europa. O número de engenhos de cana e de escravos, vindos da África, se multiplicou. De 1785 a 1792, foram abertas as ruas que descem paralelas, pelas encostas do espigão, e seus prolongamentos pelo lado da Igreja do Patrocínio inaugurada em 1819. Em 1811, foi criada a Comarca de Itu.ImpérioRecebeu, em 1822, o título de Fidelíssima do imperador dom Pedro I por sua posição a favor da independência. A partir da lista nominativas de habitantes de Itu do ano de 1836, se observou que os grandes engenhos de Itu também continham números consideráveis de produção de milho, sendo importante ressaltar que boa parte desse milho foi produzido nas próprias unidades açucareiras. A título de exemplo, João Tibiriçá, lavrador e morador do quarteirão três do distrito de Indaiatuba, possuía em sua fazenda 84 escravos - maior plantel da vila. Sua fazenda produziu, em 1836, 3.000 arrobas de açúcar, enquanto possuía 1000 alqueires de milho, 300 alqueires de feijão e 80 alqueires de arroz. Seu caso é um exemplo das grandes fazendas de Itu, as quais tinham enormes plantéis de escravos e uma alta produção de açúcar, mas não deixavam de reservar grandes alqueires para produção de alimentos. Estes, no caso, não seriam apenas para o consumo próprio, o que levanta a hipótese da existência de um comércio bastante elaborado de alimentos.[7]Pela Lei Provincial de 5 de fevereiro de 1842, a Vila de Itu foi elevada a cidade. Nessa ocasião, possuía umas 800 casas. A partir de 1850 e durante anos, Itu foi considerada a cidade mais rica da Província de São Paulo, com importante participação na vida política e econômica. Em 1860, ocorreu uma grande crise no mercado internacional do açúcar. O plantio da cana entrou em decadência, causando, com o tempo, um conflito entre os políticos e os fazendeiros ituanos e o Governo Imperial. Cresceu em Itu o Movimento Republicano que resultou, em 1873, na realização da Primeira Convenção Republicana do país. Início da propaganda republicana, com a criação do Partido Republicano Paulista. Por isso mesmo, Itu é chamada de "Berço da República".O açúcar foi sendo gradativamente substituído pelo café. Com o aumento da produção cafeeira, os fazendeiros buscaram, na Europa, a vinda de imigrantes para substituir a mão de obra escrava. O tráfico havia sido proibido em 1850 e a escravatura, abolida em 1888. Com a ajuda do governo republicano, proclamado em 1889 vieram para Itu milhares de imigrantes, a maioria italianos. A cidade possuía, nesta época, cerca de 1 800 casas.[carece de fontes]O café foi a base da economia do município até 1935, ano da maior produção, decaindo depois, pela concorrência de outras áreas de plantio e pelo esgotamento de suas terras. De 1935 a 1950, Itu quase não cresceu além da área já ocupada. A partir de 1950, novas indústrias vem se instalando no município, principalmente as de cerâmicas. Ocorreu grande migração rural em busca de trabalhos nas fábricas. Começou novamente a crescer com a abertura de diversos loteamentos na periferia. Itu já não tinha a mesma importância de antigamente, sendo influenciada pela Capital do Estado, já então uma metrópole.O velho centro é a maior e mais importante herança cultural dos tempos da colônia, e passou a ser transformado em centro histórico e área comercial. Após 1970, com a construção da rodovia Castelo Branco, novas indústrias instalaram-se em Itu, principalmente às margens de suas estradas de acesso.GeografiaItu localiza-se a uma latitude 23º15´51" sul e a uma longitude 47º17´57" oeste, estando a uma altitude de 583 metros acima do nível do mar.O clima é subtropical, a temperatura anual é de 20 graus centígrados. O verão é quente e chuvoso. O inverno é frio e seco. O município está localizado entre o planalto cristalino e o sedimentar. O relevo é suave e com áreas mais elevadas nas regiões limítrofes.O Rio Tietê (região não navegável, devido às corredeiras e poluição elevada) corta da cidade. Itu também possui inúmeras nascentes e fontes de água, entre elas a Fonte Nossa Senhora Aparecida que abastece a indústria Heineken que produz a água mineral Schin, eleita por críticos gastronômicos a melhor do país.[carece de fontes]Itu abriga em seu território a Gruta do Riacho Subterrâneo, coincidentemente a maior caverna em granito do Brasil e hemisfério sul e a sexta maior do mundo.[8]A cidade conta com vários parques urbanos. O Bosque Alceu Geribello, no Bairro Brasil, é pedaço preservado da Mata Atlântica e abriga o Centro de Educação AmbientalCrise hídrica em 2014Com um histórico secular de falta de água, Itu depende de pequenos afluentes e ribeirões para encher os cinco pequenos reservatórios.[9] Em 2006, a autarquia que administrava o sistema de água e esgoto de Itu (SAAE), foi vendida para a empresa privada Águas de Itu, com o compromisso de resolver o problema de falta de água, trabalhando efetivamente na contenção de perdas e implantação de melhorias no sistema de captação. A situação se agravou com a estiagem em 2014. Em julho de 2014, o Ministério Público manifestou-se orientando a administração pública municipal para que decretasse Estado de Calamidade Pública para que o município pudesse utilizar artifícios emergenciais na busca de uma solução imediata para a cidade, que enfrentava, à época da manifestação do MP, um racionamento de água de mais de seis meses.[10]DemografiaSegundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2015 a população do município era de 167 095 habitantes,[1] sendo o 47° mais populoso do estado e apresentando uma densidade populacional de 241,01 pessoas por quilômetro quadrado. A população de Itu, aferida no Censo IBGE de 2010, em relação à população aferida no Censo IBGE de 2000 teve um crescimento de 13,9 por cento.Pertencendo à Diocese de Jundiaí, Itu conta com as seguintes paróquias:[11] Segundo o Censo brasileiro de 2010, o catolicismo romano é a principal religião no município, com 105.354 fiéis, ou 68,35% da população. Em seguida, vêm os protestantes (20,86%), irreligiosos (5,34%), espíritas (2,13%), judeus (0,12%), umbandistas (0,10%) e budistas (0,06%).[12]De acordo com o Censo de 2010, a população do município era composta pelo seguintes grupos étnicos: brancos (70,15%), pardos (24,60%), negros (4,47%), asiáticos (0,55%) e indígenas (0,07%). Das pessoas entrevistadas, 0,16% não se declarou pertencente a nenhum desses grupos.[13]

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