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Desterro
7 de março de 2024, quinta-feira. Há 1 anos
 Fontes (13)
Em 1723 escreveu Agostinho de Santa Maria (1642-1728) escreveu sobre elas:

Da milagrosa Imagem de Nossa senhora do Desterro de Sorocaba, que havia no mesmo caminho da vila de Itú, para a vila de Sorocaba, depois do santuário de Nossa Senhora de Monserrate (...) se vê também, em outra grande fazenda a casa e santuário da Virgem Nossa Senhora do Desterro, fundada pelos senhores da mesma fazenda, em que hoje se venera, e os mesmos Padroeiros com os moradores são os que a servem, e veneram. Esta Santíssima Imagem da Nossa Senhora do Desterro colocada no altar mór daquele seu santuário, e é de escultura de madeira, e tem pela mão ao Santíssimo Filho, e da outra parte o seu esposo São José, que também foram formados da mesma matéria.

O escrito, em 1958, na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP, vol. LVIII, revela a impressão dos especialistas:

Frei Agostinho, depois de comparar o Salto de Itu às catapultas do Nilo - que exagero! - e contar que dai para baixo ainda há povoadores até cinco léguas, se refere que a Senhora do Monte Serrate é imagem de madeira com o Menino sobre o braço esquerdo, cultuado com amor pelos moradores.

A capela do mesmo orago adiante referida é localizada numa fazenda entre Itú e Sorocaba. Talvez seja a primitiva capela do povoado Cajuru, ou confusão dos frades escritores. Também não existiu jamais em Sorocaba uma capela do Desterro. Como ela está logo após à do Monte Serrate (no livro) e o caminho de Itú para Jundiaí passava pelo Salto, não é fora de compasso e medida levá-la para outra branda.

Todavia, os autores do manuscrito e do livro, insistem em que se trata de fazenda. Por outro lado, na página referente a Araçariguama não deixam de referir que o caminho à direita do de Itu levava a Jundiaí, onde não havia igreja de Nossa Senhora o que era um erro deles. Se a colocarem à esquerda de Itú o que era um erro deles. Se a colocarem à esquerda de Itu erradamente, tudo se explica.


É por demais conhecido o fato de que toda a empresa marítima portuguesa foi expressa pelos contemporâneos em linguagem religiosa e, mais ainda, missionária. Os contemporâneos (página 23) nos dão a impressão de que, para eles, o maior acontecimento depois da criação do mundo, excetuando-se a encarnação e morte de Jesus Cristo, foi a descoberta das índias. [24750]

1599 - A primeira invocação relacionada à Sorocaba, o culto à Virgem de Montserrat, foi introduzido na época do domínio espanhol, quando o então governador D. Francisco de Souza divulgou essa devoção mandando erguer capelas em honra à tal invocação em diferentes localidades da colônia. A devoção de Nossa Senhora de Montserrat é de origem catalã. O nome Montserrat está ligado a uma serra montanhosa, próxima a Barcelona, que apresenta o cume em formato semelhante ao corte de uma serra de madeira.

1645 - Santa Ana foi a invocação da primeira capela construída pelo fundador "oficial" de Sorocaba, Balthazar Fernandes. Sua mãe já havia construído uma em Santa Ana de Parnaíba. Sabe-se muito pouco sobre Santa Ana. Sabe-se que esta era mãe de Maria de Nazaré, esposa de São Joaquim e Avó de Jesus. O que sabemos não consta na Bíblia, mas sim no Proto-Evangelho de Tiago, também conhecido como Evangelho de Tiago e Evangelho da Infância de Tiago, é um evangelho apócrifo escrito provavelmente em 150.

O texto conta a história da vida de Maria, filha de um homem rico chamado Joaquim, casado há muitos anos com Ana. O casal era infeliz por não conseguir ter filhos - fato percebido pela cultura judaica como um castigo de Deus. Joaquim decidiu então jejuar no deserto por 40 dias e 40 noites, pedindo a intervenção divina. Pouco depois, um anjo apareceu a Ana e disse-lhe: "Conceberás e darás à luz, e de tua prole se falará em todo o mundo." [28891]

Vale a pena abrir um parênteses, nesta narrativa, a fim de registrar um episódio curioso na vida de Suzana, mãe de Balthazar, contado pelos historiadores Mons. Paulo Florêncio da Silveira Camargo (História de Santana de Parnaíba) e Padre Hélio Abranches Viotti (Anchieta, o Apóstolo do Brasil). E, este detalhe, que vou narrar, agora, ganhou grande notoriedade, neste ano de 2014, quando S. S. o Papa Francisco canonizou o Padre José de Anchieta.

Quando ainda menina, residindo com seus pais em São Vicente, Suzana Dias foi acometida de uma moléstia grave. Esgotados todos os recursos humanos para a sua cura, Suzana recorreu a Deus, prometendo consagrar-se à vida religiosa, caso ficasse livre da doença, que a atormentava.

Miraculosamente, livre do infortúnio, Suzana cumpria a sua promessa, vivendo uma vida de cristã exemplar, com plano de ingressar num convento. Certo dia, quando estava compenetrada em suas orações, acercou-se dela um irmão leigo jesuíta e sussurrou-lhe aos ouvidos: "Você está liberada da promessa que fez ao Senhor".

Suzana levou um susto e, ruborizada e confusa, dirigiu-se ao religioso: - Mas, que promessa, se eu nunca revelei a ninguém, nem a minha mãe, que fiz alguma promessa ou tinha alguma a cumprir?

O irmão leigo insistiu: - Sou apenas um mensageiro da ordem do Senhor. Você está liberada.

Suzana casou-se e teve 17 filhos.

Essa história da mãe de Balthazar Fernandes não é lenda. O irmão citado, na narração anterior é o venerável padre José de Anchieta e essas informações fazem parte do testemunho de Suzana Dias, no processo de santificação do Apóstolo do Brasil em 1621.

Outro livro: "A Causa da Beatificação do Venerável Padre José de Anchieta", de autoria do padre Viotti, traz mais detalhes sobre o depoimento de Suzana:

"Conhece muito bem o Padre Anchieta e o teve por diretor espiritual, abrindo-lhe toda a consciência".

Conhecia-o, deste antes do sacerdócio, e narra o seguinte fato, que deve referir-se ao ano de 1560, quando novamente se encontram, em Piratininga (São Paulo), os padres Luiz da Grã e Manuel da Nóbrega, superiores da Companhia de Jesus.

"Sendo eu menina de poucos anos e indo à igreja desta vila de São Paulo, ouvi muitas vezes das padres Luiz da Grã e Manuel da Nóbrega, outrora provinciais, que o irmão José era santo e, contando alguns sonhos do irmão, afirmavam que eram revelações e que ele os dissimulava, dizendo que eram sonhos".

E reforça mais ainda:

"Sendo eu de 12 anos e estando enferma, desejei morrer, consagrando a Deus a minha virgindade, mas o padre José, sendo que a ninguém eu dissesse, me falou nesse assunto, que só podia saber através de revelação. Não fiz voto!" [Páginas 23 e 24]

1661 - Nossa Senhora da Ponte pelo Apotribú, isto é, esgalhando-se da estrada de Itú, procurava a serra do Piragibú e daí a Parnaíba, vale do Tietê até São Paulo. Mas é de notar que em época tão remota já o fundador de Sorocaba tivesse construído a maior ponte que existiu em todo o sul do Brasil até o Senhor D. Pedro I. (Revista do Arquivo Municipal, Volumes 85-87, 1942. Página 204)

NOSSA SENHORA DO DESTERRO: "COMO AS CATARATAS DO NILO"



Em 1643, aproveitando uma capela erguida pelos patriarcas e bandeirantes, os sacerdotes beneditinos instalaram, em 1643, o Mosteiro de Nossa Senhora do Desterro de Santana de Parnaíba.

A virgem Maria ganhou o título de Nossa Senhora do Desterro por causa da sua fuga, de Belém para o Egito, para fugir da perseguição do rei Herodes. Maria, Jesus e José, ficaram desterrados por quatro anos. Por isso Nossa Senhora do Desterro se tornou a padroeira dos exilados, a mãe que protege os refugiados, que acolhe os que não tem para onde ir, e também aqueles que estão sem perspectiva de futuro.

Explica o sacerdote Padre Ademar Pereira:

Chegando em terra estranha, língua estranha, quatro anos passados. Eles tiverem que, realmente, fazer um esforço danado. Dificuldade de alimento, dificuldade de pousada, tudo o que tem vivido um imigrante hoje. Vivendo hoje, podemos entender também como é que eles viveram, e pelo que eles passaram. Mas havia fé, havia também o cuidado de Deus, a proteção, nós sabemos, do próprio José, que assumiu essa grande missão, a presença de Deus, juntamente a família de Nazaré, ao menino que crescia.

Você imagina então aquele que sai da sua própria pátria desterrado, expulso, por situações de guerras, perseguição política, perseguição também religiosa, ou a pobreza, que leva sair de um lugar para buscar um outro lugar para se viver, trabalhar, sobreviver. De tal forma que eles levam a esperança. Ela leva exatamente à busca lugares bons, pessoas acolhedoras.

Padre Ademar explica que devemos ver no outro a figura de Cristo.

Se chega um pobre, um necessitado, é Cristo que chega, para darmos atenção realmente num Cristo presente. O próprio Jesus anunciou, que "eu estava peregrino e vocês me acolheram". Então, a necessidade de ver Cristo no irmão que chega, não importando a sua origem, a sua realidade, a sua necessidade. E essa mensagem é uma mensagem de muita (...) caridade que hoje estamos vivendo. Uma realidade de pobreza, desemprego, muita gente indo para a rua, e sem comida, para comer também, né? O que necessita também dessa

Ignora esta Revista que que frei Agostinho é muito claro, quando refere-se a Salto de Itú:

Fora da vila de Itú, em distância de légua e meia, naquela parte, e sítio, a que dão o nome do Salto, por causa de um rio, que ali se despenha, se vê uma Igreja muito aceada, e curiosa dedicada á virgem Nossa Senhora com o título se Monserrate. Esta igreja fundou, e dedicou á mãe de Deus Antonio Vieira Tavares, homem muito sobre e daquela terra, e grande devoto de Nossa Senhora, o qual lhe faz todos os anos a sua festa.

Chama-se este sítio, e povoação o Salto; porquanto o Rio Teetè, que nasce muito acima de São Paulo na costas das serras do mar, e cordilheira da serra de Parànumpiacaba rodeando, ou correndo, e circumindo muitas léguas de terra com um grande mar de águas (...)


1 - MONTSERRAT NO ITAVUVU

Para Luiz Castanho de Almeida a primeira capela construída em Sorocaba localizava-se no bairro Itavuvu, sob a invocação da Nossa Senhora de Montserrat. Castanho escreveu esta opinião em 1967, na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo:

É um título notável e único no Brasil e em Portugal. Referindo-se a Nossa Senhora da Ponte. Por ser de cor evidentemente local, trata-se uma ponte do rio Sorocaba, onde se fez a igreja a que trouxeram uma imagem de Nossa Senhora. Esta imagem podia ser a Nossa Senhora de Montesserrate, orago do Ipanema, ou outra do próprio Balthazar e é provavel que já se chamasse Nossa Senhora da Ponte antes da mudança do pelourinho para o atual lugar, pois o Itavuvu é à beira-rio e tinha provavelmente a primeira ponte.

A opinião de Castanho de Almeida está de acordo com o Site da Catedral Metropolitana de Sorocaba, no trecho em que aborda sua História:

Este não foi o primeiro templo católico da cidade de Sorocaba. Já existiam outros quando de sua construção, a saber: a capela de Santo Antônio que se situava no Largo homônimo – junto ao Mercado Municipal - e hoje demolida; igreja de Sant’Ana junto ao Mosteiro de São Bento e no bairro do Itavuvú também. Dom Manuel da Ressurreição (Bispo da Diocese de São Paulo) autorizou a transferência da Matriz para esta nova construção em 1782. [24901]

De fato, a vila primeiramente era fundada no lugar denominado Itarireoú [20892], e entre 1611 e 1654 "tudo é silêncio" na História de Sorocaba, até que Balthazar Fernandes se estabelece no atual local onde está Sorocaba, para onde transferiu o pelourinho do Itavuvú.

Os documentos indicam uma cronologia Balthazar teria se estabelecido em Sorocaba em 1634, reunira gente, a partir de 1634, num total que, ao chegar no ano de 1660, correspondia ao de uma boa povoação. [24918]

Luiz Castanho de Almeida, na Revista do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo: “Nossos Bandeirantes - Baltazar Fernandes” (1967) Data: 1967, ver ano (82 registros)

Sozinho, Baltazar Fernandes resolveu abandonar de vez a sua grande casa de Parnaiba e residir definitivamente nas terras já suas e onde se afazendara pelos menos desde 1634. [24432] Balthazar teria voltado para Santa Ana de Parnaíba e ao final de 1654, teria se estabelecido em Sorocaba.

NOVA INDICAÇÃO

Recentemente notei um recenseamento dos bens dos conventos da Capitania de São Paulo, existente no arquivo da secretaria do governo, organizado em 1798, e assinado pelo secretário Luiz Antonio Neves de Carvalho, consta que este convento possuía naquela época entre os bens, possuía:

A fazenda e engenho de açúcar, situada na capela do Desterro, com 8 braças de terras doadas para patrimônio pelo capitão Manoel Fernandes de Abreu, filho do capitão Balthazar Fernandes, fundador de Sorocaba; a fazenda Socorro, doada por Miguel Soares, com 300 braças ou 633,3 metros de terras; as terras de Pirajibú, compradas em 1750 por 30$;

Importa saber que o Convento do Carmo em Itú, foi fundado a pedido das câmaras de Itú e Sorocaba, em 1719 pelo padre comissário Fr. João Baptista de Jesus, por autorização de D. João V.

1- Engenho de açúcar - No mapa municipal de Sorocaba (03/1950) a Cruz de Malta marca o local no Engenho do Caaguaçu e as iniciais EV assinalam o famoso Engenho Velho da época imperial.



terras em Itu

2 - PIRAGIBU

Consta na justificativa da Lei Ordinária Nº 10162, promulgada em 27 de junho de 2012:

CONSIDERANDO que Aparecidinha é um bairro residencial e industrial da cidade de Sorocaba;CONSIDERANDO o bairro surgiu da formação de um arraial ao longo do córrego Piragibú. A atual Aparecidinha, na época era Piragibú do meio. O bairro era passagem de tropeiros que viajavam para o sul do país. A imagem da Santa foi trazida e deixada em 1782 por esses tropeiros que iam para o sul comercializar seus muares. [24820]

A palavra Piragibu deriva-se de Apoteroby, assim como Poteribu, Putribu, se dividem "mirim", "do meio", "de baixo" e "guassú", tornando mais difícil interpretar os documentos que as registram. A identificação e localização de cada um, varia no decorrer da História.

Comissão Geográfica e Geológica. São Paulo, Brésil
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Créditos/Fonte: Reprodução / Internet

Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)

Dava-se aos mananciais, às fontes, ou nascentes, o nome de ypú, que, no Norte do Brasil, tão parcamente irrigado, se conhece por olho-d´água, e representa, ali, importantíssimo papel na distribuição dos povos.

O mesmo vocábulo aparece, algumas vezes, como a forma "ybu", entrando na composição de outro, como se verífica no nome "Putribú", da povoação antiga, situada entre Itu e Sorocaba, e que, decerto, provém da corruptela de "Potyraybu", que se traduz "fonte das flores".

Se a grafia "Apoteroby", usada em velhos documentos já nos chega viciada, como é bem possível, o nome "Putribú" passou primeiro pela corruptela "Apotera-obú", aliás procedente de ainda de "Potyra-ybú".

duvidas 24471

Mapa da capitania de S. Paulo
01/01/1700
Créditos/Fonte: Francisco Tosi Colombina



Documentos asseguram que, de 1763 a 1791, Sorocaba contava com os seguintes bairros: Indaiatuba, Vussorocaba, Gorasoiava, Rio Acima, Pirajubu-Mirim, Boa Vista, Nhuaiba, Morro, Ipero, Utinga, Jundiaquara, Nhundiacanga, Pirapora, Campo Largo Bocaitabá, Peretuba, Itapéba, Resaca, Barra, Piragibu-Mirim, Passa Três, Penha e Tabubú.

No Dicionário Brasiliano de Frei Onofre, a pedra-pômes, a pedra leve, é designada itábubúi e butuitába é o equivalente tupí de boia, flutuador, do mólhe flutuante a que acostam ou amarram canôas.

Entre as muitas hipóteses para o significado de Itavuvu, essa, faz considerar que as terras obtidas por Balthazar Fernandes, em 23 de setembro de 1619, no Porto de Canoas, localizavam-se em Tabubú.

A 3 de abril de 1609, Henrique da Costa, filho de Domingos Rodrigues, já falecido, e o moço Baltazar, solteiro, filho de Baltazar Gonçalves, pessoa da governança de São Paulo, foram denunciados na Câmara de serem os portugueses que apresavam índios carijós nômades no Atuahi, ação não permitida pelas leis e que poderia resultar em pena de 500 cruzados (200$000) e degredo de dois anos para seus infratores. Notificado Baltazar Gonçalves do ocorrido, recebeu a intimação de reunir os índios apresados por seu filho e vizinho e deles fazer entrega ao alcaide Francisco Leão (ACCSP, II, 240).

Conta a história que um escravo devoto encontrou uma imagem de Nossa Senhora Aparecida no tronco de uma árvore, que havia sido deixado ali por um tropeiro. Documentos datados de 1791 já revelavam a existência da capela, que passou por várias reformas ao longo desses dois séculos. [k-855]

1 - MANOEL FERNANDES DE ABREU

Entre os 10 filhos (que cataloguei até o momento), destaca-se Manoel Fernandes de Abreu "Cayacanga" (1620-1721): Manoel e seu filho faleceram em Itú. Manoel em 1721, e Antônio Fernandes de Abreu, assassinado na anos antes, em 1717, na mesma cidade.

Existem dúvida se Balthazar Fernandes era espanhol ou português (...) A nossa história, oficial e acadêmica, trabalha com probabilidades, quando se trata de Balthazar Fernandes. Aliás, nem se sabe ao certo a grafia do seu nome, se é Baltasar ou Baltesar, se é Balthazar ou Balthezar, tal é a diversidade das informações contidas nos documentos.

Não se sabe, com certeza, quando ele se casou, nem a primeira e nem a segunda vez. Sempre as datas são acompanhadas do clássico "por volta de". Também, não se sabe se a sua primeira filha, única do

O que me surpreende é a falta de informações documentadas sobre o local e a data de nascimento e morte de Baltazar Fernandes, sendo ele um personagem de importância social, política e, economicamente ativo, da história de São Paulo. Contudo, as informações divergem de autor para autor e são sempre imprecisas. Baltazar Fernandes nasceu por volta de 1580, em São Paulo, nas proximidades do atual Ibirapuera, onde seu pai tinha fazenda. Ou pode ter nascido em Santa Ana de Parnaíba, onde viveu a família dos Fernandes por muitos anos. Outra suposição: era setuagenário, cerca de 74 anos, quando se transferiu para a paragem de Sorocaba, em 1654.

Até o nome do ilustre sertanista é discutível. Tão diversas são as formas que aparecem nos documentos do século XVII: Balthazar, Balthezar, Baltasar e Baltazar.

Balthazar Fernandes continua sendo um mito! Sua lápide, fria e muda, não fala em morte. Nem se sabe quando ele nasceu. E se nasceu... quando morreu. Sua memória, espírito do bem, eternizou-se na sua obra: uma velha capela, um mosteiro. Paredes velhas, tortas, fundidas no barro, que se expandem. Semente de povoado, que desabrochou, virando cidade. E QUE CIDADE!!!
[21228]

Apesar do "fundador" de Sorocaba ter sido um cidadão ilustre, na sua época, nem se sabe quando ele nasceu, nem o dia nem o ano, como também não se sabe quando ele morreu - entre 1662 e 1667. Morreu antes de 1667; mas, seguramente, depois do ano de 1662, após ter conseguido o documento de elevação de Sorocaba a Vila.

São centenas e centenas de inventários, testamentos e escrituras, guardados pelos cartórios, cúrias, paróquias e Câmaras, formando um fantástico acervo capaz de reconstruir e esclarecer importantes aspectos da história de São Paulo nos tempos coloniais.Apesar disso, um documento-petição, elaborado por Manoel Fernandes de Abreu, e dirigido à Câmara em 4 de junho de 1667, é somente o que nos restou. Esse documento também é o primeiro e, até agora, o único que faz referência à morte de Balthazar Fernandes (Que Deus o tenha...):

"Diz Manoel Fernandes de Abreu, morador nesta dita vila de Nossa Senhora da Ponte, que ele haverá doze anos, pouco mais ou menos em companhia de seu pai (QUE DEUS O TENHA EM SUA GLÓRIA), o capitão-mór Balthazar Fernandes começaram a fundar e povoar esta vila com suas pessoas e fazendas e fizeram as suas custas duas igrejas e casas do Conselho nesta vila..."

É uma informação valiosíssima! 1 entre os 10 filhos, Ana de Proença, Benta Dias de Proença (n.1614), Cecília de Abreu (f.1698), Isabel de Proença Miranda (1605-1648), Luiz Fernando de Abreu, Maria de Torales y Zunega Fernandes (1607-1686), Mariana de Proença, Potência de Abreu (f.1705), Verônica de Proença.

São 2 esposas, 6 cunhados, 22 tios, 6 primos, 11 irmãos, 16 sobrinhos, 10 filhos, 10 genros, 10 netos, 8 bisnetos, para listar o mínimo. Os primeiros registros afirmam que Sorocaba foi fundada em 1670 pelo paulista Baltazar Fernandes, irmão dos povoadores das vilas de Parnaíba e Itu [20852], em 1674 Balthazar Fernandes, "fundador de Sorocaba, doa uma légua de terras no rocio da Vila, onde esta fundado o Hospício doada pelo mesmo [22307], em 10 de janeiro de 1681 a Câmara de Parnaíba decide demarcar o rocio da vila: “um ribeiro que fica por cima do moinho da vila e subindo por a capoeira deu em um têso que fica por baixo da casa de sobrado que foi de Balthazar Fernandes” [21292].

Brasil Açucareiro
01/03/1950
Créditos/Fonte: Reprodução / Internet
a 1979 p.82: No mapa municipal de Sorocaba (03/1950) a Cruz de Malta marca o local no Engenho do Caaguaçu e as iniciais EV assinalam o famoso Engenho Velho da época imperial

LOURENÇO CASTANHO TAQUES

Outro trecho do mesmo documento menciona a capela do Desterro:

100 braças ou 222,2 metros de terras juntas á capela do Desterro, que foram de Lourenço Castanho Taques; 66 braças, ou 138,6 metros de terras que vendeu João de Góes a João de Castro. Todas as terras que foram de Agapito Amaral, doadas ao convento em 1752. [p. 106

Lourenço Castanho Taques (o capitão... (1609-1671)

Luiz Castanho de Almeida foi morador da vila de Sorocaba, onde possuiu uma grande fazenda de cultura no sitio chamado Tavorú do termo da dita vila. Nela faleceu com testamento a 7 de fevereiro de 1735; nele declarou sua naturalidade, e os nomes de seus pais,

e que fôra casado com Isabel de Paes (*) que ainda existe em 1771 na vila de Sorocaba na sua fazenda de Tavorú, filha do Capitão Jerônimo Ferraz de Araújo (f.1737) e de Maria de Zunega Rachel de Gusman a qual foi filha de Gabriel Ponce de Leon e Maria de Torales y Zunega (1607-1686), que foi filha do Balthazar Fernandes.Luiz Castanho de Almeida, foi sargento-mor do regimento de auxiliares das minas do Cuiabá por patente de Rodrigo César de Menezes, governador e capitã-general da capital de São Paulo.

Governador pede que dois assassinos e estupradores sejam honrados com a mercê do Hábito de Cristo12 de setembro de 1721, sexta-feira. Há 304 anos

19 DE DEZEMBRO DE 1665 - A primeira Câmara Municipal de Sorocaba: “Os oficiciais da Câmara da vila de Nossa Senhora da Ponte fazem saber a todos os moradores da vila de Nossa Senhora da Candelária de Itú que tiverem cartas de datas de terras na dita vila ou no têrmo dela que dentro de seis meses vão cultivá-las e medi-las, porque estão chegando muitos moradores para lhes darem terras que estão devolutas”.

A 3 de abril de 1609, Henrique da Costa, filho de Domingos Rodrigues, já falecido, e o moço Baltazar, solteiro, filho de Baltazar Gonçalves, pessoa da governança de São Paulo, foram denunciados na Câmara de serem os portugueses que apresavam índios carijós nômades no Atuahi, ação não permitida pelas leis e que poderia resultar em pena de 500 cruzados (200$000) e degredo de dois anos para seus infratores. Notificado Baltazar Gonçalves do ocorrido, recebeu a intimação de reunir os índios apresados por seu filho e vizinho e deles fazer entrega ao alcaide Francisco Leão (ACCSP, II, 240



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Destaques


1° de 13 fonte(s) [19190]
André Fernandes obteve para si uma sesmaria onde havia encontrado...
Data: 23 de setembro de 1619



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2° de 13 fonte(s) [27556]
“Santuário Mariano, e história das imagens milagrosas de Nossa Se...
Data: 1723



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3° de 13 fonte(s) [27811]
Testamento de Luiz Castanho de Almeida
Data: 7 de fevereiro de 1735



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4° de 13 fonte(s) [27298]
“Dicionario Portuguez-Brasiliano e Brasiliano-Portuguez”, Frei Onofre
Data: 1751



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5° de 13 fonte(s) [k-4396]
Apontamentos Históricos, Geográficos, Biográficos, Estatísticos e...
Data: 1876



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6° de 13 fonte(s) [26741]
Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
Data: 1882



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7° de 13 fonte(s) [21917]
“O Tupi na Geographia Nacional”. Teodoro Fernandes Sampaio (1855-1937)
Data: 1901



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8° de 13 fonte(s) [25405]
Sorocaba J. David Jorge (Aimoré), Jornal Correio Paulistano
Data: 14 de dezembro de 1941



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9° de 13 fonte(s) [24954]
Brasil açúcar*
Data: 1 de março de 1950



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10° de 13 fonte(s) [25752]
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de SP, vol. LVIII, 19...
Data: 1958



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11° de 13 fonte(s) [24432]
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo: “Nossos ...
Data: 1967



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12° de 13 fonte(s) [k-855]
Revista A Cidade
Data: 15 de agosto de 2012



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13° de 13 fonte(s) [24901]
Site da Catedral Metropolitana de Sorocaba
Data: 16 de março de 2022



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