Rodovia Anhanguera rodovia do estado de São Paulo (SP-330)
28 de agosto de 2023, segunda-feira. Há 1 anos
A Rodovia Anhanguera ou anteriormente denominada Via Anhanguera (SP-330) é uma rodovia brasileira do estado de São Paulo, considerada uma das mais bem conservadas rodovias do país, classificando-se na segunda posição do ranking elaborado através de pesquisa rodoviária de 2013, realizada pela Confederação Nacional do Transporte.[1] Faz parte do sistema BR-050, que liga Brasília a Santos.A Rodovia Anhanguera liga São Paulo com a região nordeste do estado, passando por importantes cidades industriais e a uma das mais produtivas áreas agrícolas. É uma das mais importantes rodovias do Brasil e uma das mais movimentadas, com o trecho de maior tráfego entre São Paulo e Campinas, o primeiro a ser construído. É duplicada, contendo trechos com faixas adicionais e pistas marginais. Têm um tráfego pesado, especialmente de caminhões. É considerada, juntamente com a Rodovia dos Bandeirantes e Rodovia Washington Luís, o maior corredor financeiro do país, pois interliga algumas das regiões metropolitanas do estado como São Paulo, Jundiaí, Campinas e Ribeirão Preto, assim como o Aglomerado Urbano de Franca e a Região Administrativa Central.
História
A primeira menção da estrada que se tornaria a Rodovia Anhanguera foi uma carta de 1720 do alferes José Peixoto da Silva Braga, enviada ao padre Diogo Soares, na qual está indicado o roteiro que aquele oficial havia seguido com a bandeira do Anhanguera, o moço. Registra que o famoso Bartolomeu Bueno da Silva saíra de São Paulo com uma tropa de 152 homens armados, acompanhados de dois religiosos bentos e providos de 39 cavalos. Entre São Paulo e Campinas, a travessia foi feita em cinco dias, quatro deles em romper matas, até ser atingido o Rio Mojiguaçu.
Em 1774, o caminho percorrido por Anhanguera era uma estrada de terra entre São Paulo, Jundiaí e Campinas, servindo os tropeiros e viajantes que exploravam o interior em busca de ouro, pedras preciosas e escravos.
A primeira versão da estrada moderna, conhecida como Estrada Velha de Campinas (SP-332), foi iniciada em 1916 com a mão de obra de 84 sentenciados, que construíram 32 Km. A São Paulo–Campinas, antecessora da Anhanguera, foi concluída em 1921, quando existiam, em todo estado de São Paulo, pouco mais de três mil carros de passageiros e 100 caminhões.
Em 1920, Washington Luís, presidente do estado, determinou a aceleração dos trabalhos da São Paulo-Jundiaí e seu prolongamento até Campinas. Autorizou a contratação de trabalhadores assalariados, que substituíram os presidiários. Foi a primeira estrada planejada e executada em função dos veículos motorizados. No ano de 1920, era iniciada a construção do trecho de Campinas até Ribeirão Preto.
Em 1940, no dia 25 de janeiro, tinham início, pelo interventor federal Adhemar Pereira de Barros, as obras de construção da nova rodovia São Paulo-Campinas, com traçado diferente, que passou a chamar-se, oficialmente, Via Anhanguera.
Oito anos depois, em 22 de abril de 1948, no segundo governo de Adhemar de Barros, surgia a primeira pista pavimentada da rodovia ligando a capital a Jundiaí e, depois, a Campinas. Em 1953, a segunda pista, tornando-se a primeira rodovia pavimentada e duplicada do país. Nove anos depois, começavam as obras de construção e pavimentação do novo acesso da Anhanguera a Campinas. Em março de 1976, a DERSA assumia o controle do km 10 ao 110.
Em 19 de agosto de 1996, o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) inaugurou, às margens da rodovia, o seu complexo de centro de televisão, conhecido como CDT da Anhanguera, para substituir os antigos estúdios da Central de Produções da Vila Guilherme, Teatro Silvio Santos (Av. Gal. Ataliba Leonel 1772 com Rua Azir Antônio Salton, 232), Fábrica de Cenários da Rua dos Camarés do Carandiru e Estúdios do Sumaré, sendo considerado um dos maiores centros televisivos da América Latina. O trevo de acesso da Rodovia Anhanguera para o Rodoanel recebeu o nome de Complexo Viário Silvio Santos, em homenagem ao fundador do SBT.[2]
Origem do nome O nome da rodovia, Anhanguera, homenageia os famosos bandeirantes dos séculos XVII e XVIII Bartolomeu Bueno da Silva, pai e filho, que compartilhavam tanto o nome "Bartolomeu Bueno da Silva" quanto o apelido "Anhanguera": este último, termo tupi que significa "diabo velho" (anhanga, diabo + ûera, velho).