Estive quarta feira passada, no antigo sitio da Tapera, local onde existiu esse monumento da educação em tempos de tropeirismo. Apenas uma placa de alumínio, mal cuidada no meio do mato, assinala que naquele terreno, um dia houve a construção de um sonho de um professor e de uma mulher, que acreditaram, ainda jovens, dar a luz do conhecimento para crianças, meninos e meninas da região de Sorocaba e de outras províncias. No primeiro ato, uma guerra interrompe bruscamente a o trabalho desse casal de grande valor; Aceitam sem estarem preparados para uma aventura pesada de beneficiarem o algodão que nascia espontaneamente nos campos do Itinga e cercânias, associaram-se ingenuamente a um estrangeiro, não deu certo. Havia necessidade de colocar comida nos pratos da família numerosa e a coragem da mulher, D. Delphina Mascarenhas incentiva o cansado professor a retomar o ensino e reabrem então novamente o educandario que vai funcionar até os anos de 1886, quando corre a noticia de que havia um aluno acometido de "mophea". Houve uma debanda geral, o enorme prédio construído com empréstimos obtidos tanto da maçonaria como da Igreja, tinham que ser pagos e para isso, máquinas e mobílias, trens de cozinha e objetos pessoais foram entregues aos credores. O Professor Francisco de Paula Xavier de Toledo e sua esposa D. Delphina Mascarenhas Toledo eram íntegros. Cumpriram com suas obrigações até o fim. D. Delphina faleceu em 1902 e o insigne Mestre Professr Toledo em 1903. A destruição do prédio vai ocorrer lentamente até os anos de 1935, quando então é definitivemt, desaparece um dos mais importantes marcos da força e do amor à causa da educação no século XIX, o "Colégio de São João do Lageado". Tomemos como lição de que, se nada disso significar, para quem sentido tem, resta o sibilar da brisa suave que nos leva sonhar, com o que ali aconteceu. Então, nesse momento, construiremos nós o monumento a essas memórias... em nossa própria memória.