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3 de janeiro de 2024, quarta-feira.
ADHEMAR GARCIAPopulação 14.167 (IBGE 2000)Atividade Econômica 12 indústrias 42 pontos comerciais 89 prestadores de serviçosEducação 3 escolas municipais - 1 Centro de Educação Infantil - 1 CAICParque/Praça 1 parque público ( Parque Caieiras )HistóriaSe você conhece bem a história deste bairro. Escreva ela para a gente.AMÉRICAPopulação 9.875 (IBGE 2000)Atividade Econômica 51 indústrias - 600 pontos comerciaisEducação 0 Escolas Municipais - 0 CEIs - 0 Jd. InfânciaHabitação 3.825 domicílios - 0 conjuntos habitacional popularSaúde 1 hospital particular (Unimed)HistóriaA ORIGEM DO NOMEO bairro passou a ser conhecido por sua atual denominação há pouco mais de 10 anos, em função do América Futebol Clube, fundado em 14.07.1914, com o nome do Foot Ball Club Teutonia, sendo sua sede, nesta época, localizada na Avenida Coronel Procópio Comes. A região que compreende o Bairro América era denominada Centro, e mudou somente quando as novas instalações do clube foram concluídas.VIZINHO DO CENTROO Bairro América é facilmente confundido com o próprio centro da cidade. Isto torna se compreensível ao observarmos o grande número de estabelecimentos comerciais e industriais que, além de prósperos e dinâmicos, contêm uma história rica e obrigatória para qualquer análise sobre o processo de urbanização da cidade de Joinville. As duas principais vias de acesso as quais recorriam viajantes, comerciantes e aventureiros e que, sem dúvida, desempenharam papel importantíssimo no crescimento do município são as atuais ruas Dr. João Colin e Blumenau. A atual Rua Blumenau recebeu inicialmente a denominação de Logenstrasse (Rua da Loja), pois neste local foi instalada a primeira Loja Maçônica em Joinville, sob o nome de Loja da Amizade sob o Cruzeiro do Sul, que em 29 de dezembro de 1864 foi transferida para um prédio na atual Rua do Príncipe, demolido em 1949. (História de Joinville, p. 168, Carlos Ficker).É quase inacreditável que, há 40 ou 50 anos, neste local, os moradores plantavam verduras, aipim, cará, taiá, japão, batata doce e cana de açúcar. Criavam também cavalos, galinhas, porcos e vacas. A maioria desempenhava estas atividades para sua subsistência, porém alguns moradores, como o Sr. Ernesto Brach e a Sra. Irma Hardt, vendiam leite e derivados para os moradores da própria comunidade ou no centro da cidade. Dolores e Ronaldo Daberkow relatam que as plantações eram feitas desde as laterais da atual Rua Dr. João Colin até às margens do Rio Cachoeira. A região, logo no início de seu povoamento, era um brejo e muitos moradores faziam o uso da carroça, conforme declara o Sr. Raul Augusto Schramm. A Rua Max Colin (antiga Rua Camboriú) era estreita, de barro e quando chovia ficava com muita lama e, como ocorria com as demais ruas da cidade, era ladeada por enormes valetas segundo informa o Sr. Heinz Goecks.ENERGIA ELÉTRICA CHEGOU EM 1918Os moradores deste bairro foram os primeiros beneficiados com a instalação da energia elétrica. A Sra. Irma Hardt: informa que quando seus pais vieram residir no bairro, em 1918, já utilizavam energia elétrica. 0 Sr. Ronaldo C. Daberkow, nascido em 1929, nos declara que desde a sua infância era comum a utilização da energia elétrica entre a vizinhança.A água encanada só foi instalada mais tarde, há mais ou menos 45 anos. Porém a água faltava com freqüência, trazendo aos moradores vários transtornos. Para resolver o problema, construíram um reservatório, que duas vezes por semana era abastecido. Este reservatório estava localizado na esquina da Rua Tubarão com a Rua Dr. João Colin. Mesmo depois da instalação da água encanada muitos moradores continuaram utilizando água de poço devido a este problema. Antes disso, porém, a Prefeitura Municipal encarregava se do abastecimento com um carro pipa que passava uma vez por semana. Cada morador possuía uma caixa dágua e pagava por metro cúbico de água.A Rua Dr. João Colin foi calçada em 1952, quando ainda era denominada Duque de Caxias. A Rua Benjamin Constant (antiga Rua Guilherme ou Wilhelmstrasse) e a Rua Visconde de Mauá só foram pavimentadas em 1980. A Rua Lages foi calçada aproximadamente em 1950. 0 Sr. Augusto Erzinger ia até a cidade fazer entrega de mercadorias de bicicleta e nos conta que quando vinham pessoas de outras cidades, ficavam espantadas com a quantidade de bicicletas que circulava pela cidade.ANITA GARIBALDIPopulação 7.671 (IBGE 2000)Atividade Econômica 35 indústrias - 371 pontos comerciais - 598 prestadores de serviçosEducação 1 escola municipalHistóriaORIGEM DO NOMEA Rua Anita Garibaldi era denominada anteriormente de Kaiserstrasse (Estrada do Imperador) até as proximidades do antigo Salão Russo, passando a adotar o primeiro nome em aproximadamente 1930. Pela importância que desempenhava no acesso ao centro da cidade, o bairro adotou esse nome.ACESSO PARA ARAQUARIParte das terras onde hoje se localiza o Bairro Anita Garibaldi pertenciam Carlos Schroeder que, quando veio da Alemanha, comprou as na Diretoria da Colônia, onde atualmente está instalado o Museu Nacional de Imigração e Colonização. Foi ele quem cedeu parte das terras para que fossem abertas as ruas Anita Garibaldi e Copacabana, época em que esta última denominava se Taratistrasse pois servia de acesso ao Distrito de Parati, atual município de Araquari. Mesmo sendo um bairro relativamente próximo ao centro da cidade, os primeiros moradores tinham grandes dificuldades para se deslocar. Vinham ao centro geralmente a pé gastando cerca de uma hora, pois, além da rua Anita Garibaldi, só havia um acesso ao bairro, pela rua Independência.A COMUNIDADEA maioria das pessoas que habitava a região na década de 20/30 dedicava-se, à criação de gado, à venda de leite e derivados e também à agricultura de subsistência. Para as festividades de Páscoa, Espírito Santo, Natal e Ano Novo, o local de encontro mais conhecido era o salão Boa Esperança, depois conhecido por salão Russo. Por volta de 1929 os bairros de Joinville passaram a ser beneficiados pela instalação da energia elétrica, e o Bairro Anita Garibaldi foi um dos primeiros a ser favorecido com esta benfeitoria. No entanto, vários moradores continuaram a usar lampião a querosene por muito tempo. A instalação da água encanada só ocorreu na década de 50. 0 meio de transporte mais utilizado era a carroça, que desempenhava papel importantíssimo na comunidade pois, além de facilitar o acesso dos moradores ao centro da cidade e a outros bairros, permitia a circulação de mercadorias. Mesmo com o fim da Segunda Guerra Mundial, a população continuou a utilizar a carroça como principal meio de transporte, pois a importação de combustível para o país estava praticamente paralisada. ATIRADORESPopulação 5.891 (IBGE 2000)Atividade Econômica 31 indústrias - 212 pontos comerciais - 485 prestadores de serviçosEducação Não há escolas municipaisHabitação Não há conjunto popular no bairroSaúde Não há posto de saúde no bairroAbastecimento 1 hipermercadoHistóriaA ORIGEM DO NOME0 Bairro Atiradores foi delimitado através da Lei n° 2376 de 12 de janeiro de 1990, artigo 12. Na década de 50, a região tinha somente um caminho de roça e um sítio com pouquíssimas residências. Existem controvérsias em torno da origem do nome do bairro. Alguns dizem que chama-se Atiradores pela relação com o atual 62º Batalhão de Infantaria. Outros defendem que o bairro recebeu este nome em função da Sociedade Atiradores, única sede com prática de tiros à balas em Joinville.A COMUNIDADEAlém de trabalhar na roça plantando aipim, batata doce, cana de açúcar e criando gado, os moradores tinham que se locomover até a cidade para vender leite e seus derivados, fato dificultado pelo estado das ruas e também devido aos poucos meios de locomoção existentes na época: troles, carroças e raras vezes, bicicletas. Somente com a implantação do transporte coletivo, mais ou menos em 1956, estas dificuldades foram superadas. Como recursos de lazer existiam os salões Reiss, Cruzeiro, Joinvilense (hoje Cruzeiro Joinvilense), sachoten (assim conhecido popularmente), Baumer e Peri.As escolas mais freqüentadas pelos moradores era a Escola dos Santos Anjos e a Escola Básica Conselheiro Mafra. A Rua Ottokar Doerffel chamou se primeiramente Estrada Alemã, depois Visconde de Taunay. A energia elétrica foi instalada na década de 40, mas poucos moradores puderam desfrutá la, pois, para tal, precisavam dispor de recursos financeiros. A água encanada foi instalada no bairro mais ou menos em 1955.AVENTUREIROPopulação 30.316 (IBGE 2000)Atividade Econômica 110 indústrias - 416 pontos comerciais - 823 prestadores de serviçosEducação 4 escolas municipais - 2 Centros de Educ. InfantilAção Social 4 clubes de mães - 1 grupo de 3ª idadeHistóriaA ORIGEM DO NOMEO bairro recebeu esta denominação por intermédio de Antonio Cidral. Conta nos o Sr. Antonio a respeito: eu era sargento no batalhão e nós tínhamos um time de vôlei com o nome de Aventureiro. Como estávamos procurando um nome para o nosso time de futebol, dei a sugestão pois havia gostado da denominação.Aceito pelos moradores, a região pouco tempo depois, também assim foi chamada, pois grande parte das pessoas dizia vamos ao campo do Aventureiro. 0 Aventureiro Esporte Clube funciona desde 1 de dezembro de 1951, a princípio só como time de futebol , depois como salão de bailes. Dona Wally dos Passos complementa dizendo: antes, o bairro era conhecido como lririú até a igreja católica da localidade de Cubatão, mudando de nome na década de 80 anos.A COMUNIDADENo princípio, as famílias estabelecidas obtinham o sustento através da lavoura. Cultivavam banana, aipim, arroz, cana de açúcar, milho, entre outras. Quando havia excedente de colheita, comercializavam com alguns armazéns e engenhos da região e do centro da cidade. Toda a produção era transportada por carroças, mas o mesmo não ocorria quando eram levadas ou trazidas do Município de São Francisco do Sul, onde o principal meio de transporte era a canoa.O rio Cubatão era muito visitado nos fins de semana, onde pescava se peixes como bagres, tainhota, robalo, cará, traíra etc. No mar a pesca era praticada com mais frequência, as canoas saíam do Portinho, hoje no lugar situa se a Tupiniquim Termotécnica S.A. A floresta era densa e farta de bichos. Pegavam jacupemba, veado, paca, tatu, capivara, cotia, tamanduá, entre outros.Eram muito apreciadas as corridas de cavalos, realizadas em um terreno próximo de onde hoje encontra se o Aeroporto de Joinville. Outra forma de lazer eram os bailes, realizados em salões do Bairro Iririú como o Salão do Sr. Carlos Lütke, na Sociedade Cometa Esporte Clube e em um salão particular existente na Rua Guaíra. Mais tarde surgiu o Aventureiro Esporte Clube. O desenvolvimento do bairro deve se à instalação da Metalúrgica Duque S/ A, produzindo peças para bicicletas e artefatos de alumínio e ferro para eletrodoméstico, trazendo consigo mão de obra para a produção.COHAB AVENTUREIROA ocupação populacional aconteceu em 1981, quando quase toda a infra estrutura do conjunto habitacional estava concluída. Popularmente conhecido como Cohab Aventureiro, a denominação oficial é Conjunto Habitacional Castelo Branco, que fica dentro da delimitação do Bairro Aventureiro. Com intuito de integrar a população e facilitar o intercâmbio com os órgãos públicos, foi criada a Associação dos Amigos e Moradores do Conjunto Habitacional. Suas atividades iniciaram em 1984, porém somente em 1988 é que suas instalações físicas foram finalizadas.BOA VISTAPopulação 16.588 (IBGE 2000)Atividade Econômica 146 indústrias - 709 pontos comerciais - 1.088 prestadores de serviçosEducação 3 escolas municipais - 1 Centro de Educação Infantil - 1 Jardim de Infância municipalSaúde 5 postos de saúdeAção Social 11 Clubes de mães - 5 grupos da 3ª idadeHistóriaORIGEM DO NOMEQuando Eduardo Schroeder, filho do Senador Mathias Schroeder, veio a Joinville, em 1851, com a finalidade de verificar as condições da Colônia Dona Francisca, encontrou algumas fazendas instaladas no Boa Vista. Com efeito, Carlos Ficker em História de Joinville, pág. 32, relata: No Boa Vista, encontramos o nome de Antonio Budal, do lado oposto do Rio Cachoeira. Mas adiante acrescenta: No morro da Boa Vista, havia moradores. No primeiro mapa de demarcação de Joinville, elaborado pelo Engº Jerônimo Coelho, em 1846, já existia a denominação de Boa Vista para a região e o morro da Boa Vista era conhecido por Morro da Caxoeira.COMUNIDADEEstes dados confirmam que o Boa Vista, juntamente com o Itaum e o Bucarein, constituem os mais antigos núcleos populacionais da cidade, dando uma pré configuração aos atuais bairros. Conta nos Wenceslau de Oliveira Borges que o Rio Cachoeira foi a primeira estrada natural do Boa Vista. Desempenhou grande importância para a região. A água era muito limpa. Este fato fez com que muitos moradores possuíssem canoas. Ainda sobre o Rio Cachoeira conta D. Maria Lúcia de Carvalho Anversa: 0 Rio Cachoeira era silvado nas margens, sua água era muito limpa e dava para ver a areia lá no fundo. Nele havia muitos peixes, principalmente a tainha, que pulava para dentro das canoas.0 Bairro Boa Vista era também ligado ao Iririú, conforme relata o Sr. juvenal Pereira: Em frente de onde hoje é a Granalha de Aço existia uma picada que ligava o bairro ao Guaxanduva (atual lririú) e que terminava nas proximidades da Sociedade Alvorada, e era denominado de Caminho Velho.Embora tenha havido consenso entre os moradores que o bairro se denomina Boa Vista em função do morro homônimo, temos que discordar, pois em 1846 a região já era assim conhecida. 0 Morro da Caxoeira é que teve seu nome alterado para Morro da Boa Vista devido à denominação da região. 0 bairro antigamente possuía uma densa floresta. A rua principal era um caminho, sem laterais, e as casas eram construídas na beira deste caminho, pois não havia calçadas. Essa rua principal é a atual Rua Albano Schmidt, que em seus primórdios era conhecida por Estrada da Boa Vista, passando a ser chamada de Rua Aubé, denominação esta que perdurou até algumas décadas atrás, quando foi homenageado o fundador da Indústria de Fundição Tupy Lida. A Rua Aubé antigamente iniciava na Rua Conselheiro Mafra (atual Rua Abdon Baptista) e terminava na Rua do Porto (atual Rua Nove de Março). Após a construção da ponte sobre o Rio Cachoeira, com a ligação do centro com o Bairro Boa Vista, a picada que foi aberta continuou recebendo a denominação de Rua Aubé.BOEHMERWALDPopulação 8.788 (IBGE 2000)Atividade Econômica 13 industrias - 89 postos comerciais - 44 prestadores de serviçosEducação 1 Escola municipal - 1 CEIHabitação 2 conjuntos habitacionaisSaúde 2 postos de saúde BOM RETIROPopulação 9.472 (IBGE 2000)Atividade Econômica 81 industrias - 293 pontos comerciais - 379 prestadores de serviçosEducação 1 Escola municipal - 2 CEIsSaúde 1 posto de saúdeHistóriaORIGEM DO NOMEEste bairro era conhecido como Dona Francisca ou Serrastrasse. A atual denominação surgiu em decorrência da existência de um time de futebol conhecido pelo nome de Bom Retiro, cujos jogos eram realizados no local onde hoje está estabelecido o Colégio Estadual Plácido Olímpio de Oliveira. Havia na região uma produtiva agricultura de subsistência (aipim, batata doce, verduras, cará, feijão, milho, frutas), além da criação de porcos, galinhas e gado. Os meios de transporte mais utilizados eram a carroça ou a bicicleta. O trole era usado para passeio.Uma das formas de diversão preferida pelos moradores eram as pescarias. Um morador conta que muitos utilizavam a água do Rio Cachoeira, onde havia muito peixe, que eram pegos no pasto quando o rio transbordava. Também era hábito da comunidade dançar nos salões da região.SERRASTRASSEA história deste bairro é facilmente confundida com a do Bairro Santo Antônio, pois ambos eram conhecidos como Dona Francisca ou Serrastrasse (Estrada da Serra), nome da principal via de acesso à região. A atual Rua Tenente Antônio João era denominada Estrada do Braço e era apenas uma picada. A atual Rua Dr. João Colin não servia de acesso ao bairro, pois o trecho mais próximo ao local era mata virgem. As demais ruas do bairro só começaram a ser abertas na década de 50, a exemplo da Avenida Santos Dumont cujo primeiro trecho só foi pavimentado em 1975.Um fato muito curioso foi a proliferação de grande número de boates neste bairro. Conforme nos relata o Sr. Manoel Budal Arins, Somente na Rua Sombrio, havia 7 boates e era conhecida como ferro velho. Este fato fez da região um ponto de encontro dos carroceiros vindos de Campo Alegre, São Bento do Sul e demais cidades da serra. Vinham normalmente 20 a 30 carroças com 6 cavalos que levavam 3 dias para subir a serra e 3 dias para descer. Paravam no comércio do Sr. Polzin (onde hoje está instalado o Posto João Corrêa Filho & Cia.Ltda.) e vendiam mate, feijão, batata, milho, açúcar, frutas e verduras nos principais estabelecimentos comerciais da cidade.BUCAREINPopulação 5.218 (IBGE 2000)Atividade Econômica 48 indústrias - 474 postos comerciais - 478 prestadores de serviçosEducação 1 CEISaúde 1 posto de saúdeHistóriaORIGEM DO NOMEEtimologicamente, a palavra Bucarein se origina da mboi, que quer dizer cobra - acará (escamosa) e i (rio), ou seja, rio da cobra escamosa. Também parece provável que provenha de bu íbí (terra) e caré (tortuoso, curvo), ou seja, terra que se encurva, o que corresponderia à topografia do porto. Existe ainda uma terceira hipótese que venha de bú ibú (nascente de água) e caré (torta) pois aí as águas do Cachoeira fazem uma curva brusca.O PORTODe importância fundamental para o desenvolvimento do município, o porto do Rio Bucarein representou, até a inauguração da via férrea, o único meio de embarque e desembarque de mercadorias, que em terra firme, eram transportadas em carroças, puxadas por cavalos e bois. Carlos Ficker, em História de Joinville pág. 56, acrescenta: O Porto do Bucarein, ponto estratégico no lugar da confluência do Rio Bucarein com o Rio Cachoeira, ficou dentro da medição das terras dotais do Príncipe de Joinville, e ao mesmo tempo servia de porto de embarque aos moradores do Sítio do Coronel Antonio João Vieira... que ofereceu os seus serviços e escravos, quando em 22 de maio de 1850, chegaram ... membros da expedição pioneira. A partir destas afirmações, percebe-se que a região que forma o atual Bairro Bucarein guarda em seu seio grande parte da história da colonização de Joinville.Faz parte do relato de uma moradora que as águas dos rios Cachoeira, Bucarein e Jaguarão eram transparentes, limpas e que nelas pescavam muitos tipos de peixes. Conta-se que no Rio Jaguarão passavam as canoas que vinham do Linguado, transportando peixes até o Mercado Municipal.O América Futebol Clube, que surgiu no centro, posteriormente se transferiu para o atual Bairro América; o Santos Futebol Clube (entre as ruas Afonso Pena e Padre KoIb); e o Caxias Futebol Clube. O Joinville Esporte Clube foi resultante da fusão do América Futebol Clube e do Caxias Futebol Clube.BICLICLETAS E CARROÇASO meio de locomoção mais usado na região era a bicicleta. Carroças eram usadas mais no transporte de mercadorias. Com o calçamento Avenida Coronel Procópio Comes e da Rua São Paulo começaram a circular as primeiras linhas regulares de ônibus. Como opções de lazer no bairro, os moradores freqüentavam, além do Círculo Operário, o Salão Afonso Pena, a Sociedade Cruzeiro Joinvilense e o Salão Flamengo. Freqüentavam ainda os bailes da Liga de Sociedades. Outros locais muito freqüentados pelos moradores do Bairro Bucarein eram o Palace Theatro, Club Joinville, Sociedade Harmonia Lyra e Sociedade Ginástica de Joinville. Promoviam bailes familiares e realizavam também piqueniques nas praias próximas, indo de barcos pelo Rio Cachoeira para a Freguesia da Glória, Capri e Paulas.CENTROPopulação 4.431 (IBGE 2000)Atividade Econômica 43 indústrias - 2.115 postos comerciais - 3.558 prestadores de serviçosHistóriaDESENVOLVIMENTO E RIQUEZANo início da colonização de Joinville, a cidade abrigava muitos forasteiros, pois estava sendo construída a Estrada de Ferro. O crescimento populacional incrementava a indústria, comércio e a agricultura. Era no centro da cidade que se tomavam as mais importantes decisões com relação à Joinville. A cidade era iluminada por lampiões a querosene. Eram como faróis a indicar as ruas e os leitos das valetas que as drenavam.BONDES E MUITAS CARROÇASNas ruas de chão batido, emolduradas pelas casas com jardins e cercas de madeira, trafegavam somente pedestres, carroças e os bondes puxados a burro. Um luxo na época. Esse serviço foi extinto em 1918, aproximadamente. Nesta mesma época surgiram os primeiros ônibus, talvez em substituição aos já tradicionais bondes. Andava se muito a pé, e a maioria das pessoas possuía carroças e troles, muito comuns na época.COMASAPopulação 19.036 (IBGE 2000)Atividade Econômica 3 indústrias - 89 pontos comerciais - 106 prestadores de serviçosEducação 1 CAIC e 1 escola municipalSaúde 2 postos de saúdeHistóriaHá 20 anos aproximadamente, foi inaugurado um conjunto habitacional, dentro do Boa Vista, conhecido popularmente por Comasa do Boa Vista. Nesta época, a região era menos urbanizada, existindo, porém, energia elétrica e água encanada. Palco de muitas enchentes, com ruas n calçadas, a região foi sofrendo melhorias aos poucos, com os moradores por iniciativa própria, abrindo ruas e reivindicando a tubulação e calçamento das mesmas. A comunidade escolar é atendida nas diversas escolas do conjunto habitacional e nas demais do próprio bairro. A Paróquia São Paulo Apóstolo, existe como tal desde 1983, mas desde a década de 70 vem congregando os fiéis católica da região.COSTA E SILVAPopulação 22.271 (IBGE 2000)Atividade Econômica 106 indústrias - 503 pontos comerciais - 922 prestadores de serviçosEducação 3 jardins de infância, 2 escolas municipais e 1 CEIHabitação 1 conjunto habitacional popularSaúde 2 postos de saúdeHistóriaORIGEM DO NOME0 Bairro Costa e Silva foi delimitado através da Lei 1526 de julho de 1977. O bairro inicialmente era conhecido por Vila Comasa, nome da empresa responsável pela infra estrutura do primeiro loteamento da região, inaugurado em 1969. Somente após a visita do Presidente Marechal Arthur da Costa e Silva, em 28 de março de 1969 é que passou a denominar se Vila Costa e Silva, para posteriormente, em 1977, chamar Costa e Silva. É neste bairro que se encontra a nascente do Rio Cachoeira.A COMUNIDADEQuando os primeiros moradores chegaram ao bairro não havia infraestrutura adequada. A energia elétrica e a água encanada só foram instaladas muitos anos depois. A água utilizada era de poço e também proveniente de uma lagoa situada à Rua Senador Nilo Coelho. O primeiro poço, aberto em 1968, tinha 25 metros de profundidade. A principal via de acesso ao bairro era a Estrada Guilherme, que começava na atual Rua Dr.João Colin e terminava na Estrada Jacob. A Rua Oito Pfuetzenreuter era pequena, de barro e de difícil acesso quando chovia. Nestas ocasiões era necessário fazer uso de pedaços de madeira para a atravessar. A Rua Elsa Meinert foi calçada em 1974. Antes dos ônibus começarem a circular, os moradores precisavam se deslocar até a Rua Benjamin Constant, Rua Dr. João Colin ou à Rua Dona Francisca (ao lado da DöhIer S.A. Comércio e Indústria), para tomar o ônibus.Como forma de lazer, os moradores geralmente freqüentavam os salões locais. Havia ainda muita diversão ao ar livre, tais como passeios para o Rio ou para o Salto Piraí, a pé, aos domingos à tarde. Realizavam festas caseiras denominadas Standchen (surpresa).Um fato curioso para os moradores foi o sobrevôo do Zeppelin Hinderiburg, em julho de 1934. O evento causou grande pânico entre a população, que imaginou estar sendo atacada por uma bomba. Este acontecimento se repetiu em 1938, porém com outro dirigível: o Zeppelin Graf.DISTRITO DE PIRABEIRABAPopulação 17.044 (IBGE 2000)Atividade Econômica 141 indústrias - 429 pontos comerciais - 488 prestadores de serviçosEducação 1 jardim de infância, 1 escola agrícola e 19 escolas municipaisSaúde 8 postos de saúdeHistóriaORIGEM DO NOMEO ano de 1858 foi de máxima importância, não apenas para o desenvolvimento da Colônia Dona Francisca, mas também de toda uma vasta região do nordeste catarinense: iniciou se, em março daquele ano, a construção da grande Estrada da Serra, mais tarde denominada Estrada Dona Francisca... em março de 1859, chegou a Joinville,... o conselheiro Luiz Pedreira de Couto Ferraz, a fim de inspecionar o andamento das obras... A 15 de abril daquele ano de 1859 Léonce Aubé, na qualidade de diretor da Colônia, doou ao conselheiro um lote de 500 braças quadradas na fértil área, que, em sua homenagem, recebeu então o nome de Pedreira e que hoje se chama Pirabeiraba, sendo assim o dia 15 de abril de 1859 a data de fundação daquele distrito de Joinville. Trecho extraído do texto Reminiscências históricas do passado de Pirabeiraba, de Elly Herkenhoff.PEIXE BRILHANTEO distrito de Pirabeiraba antes de assim denominar se, era conhecido por Pedreira, fato confirmado por alguns moradores entrevistados, tais como o Sr. Alvin Benemann, que relata: O Sr. Pedreira era proprietário das terras que hoje compreendem o centro de Pirabeiraba. Devido a este fato, a região chamava se Pedreira. A partir da Segunda Guerra Mundial passou a ser chamada de Pirabeiraba, para não ser confundida com uma vila do Estado de São Paulo, que tinha o nome de Pedreira. Confirmam tal relato os Srs. Marcos Amandus Scholz e Eugênio Gilgen. Conclui o Sr. Arthur Eberhardt, que a denominação Pirabeiraba originou se no rio que corta a região e que quer dizer peixe brilhante. Segundo Elly Herkenhoff, a região foi rapidamente ocupada, tanto em função da construção da grande estrada, como pela instalação à beira da mesma da serraria que pertencia ao Príncipe de Joinville, no auge de sua produção na época. Residem ainda na região descendentes destes pioneiros, entre os quais podemos citar Schramm, Scholz, Budal, Nass, Benemann, Duvoisin, Schwabe, Schroeder, Dörlitz, Kohn, Hattenhauer, Elling, Strelow, Birckholz, Hanke, Kunde, Ohde, Haverroth, Gilgen, Eberhardt, Hoffmann, Kortmann, Castella, May, Erzinger, Parucker, Klaas, Bühnemann, Schneider, entre outros. Conta a historiadora Elly, que já em 1864 foi fundada, por iniciativa dos próprios colonos, a Schulgemeinde Pedreira (Comunidade Escolar Pedreira), a princípio com 27 membros apenas, que pagavam determinada quantia para a remuneração do professor e a formação de um pecúlio destinado à construção de um prédio escolar.Nas primeiras décadas deste século, conta o Sr. Alvin Benemann havia uma escola num barracão em frente ao atual Colégio Estadual Olavo Bilac, cujo professor era o Sr. Gustavo Ohde. As aulas eram ministradas em português e havia uma hora de aula em alemão. Como a maioria da população professava a confissão evangélica, desde sua fundação instalou se a Comunidade Evangélica de Pedreira. Com relação aos católicos, só mais tarde tiveram construída uma igreja na qual puderam realizar suas práticas religiosas, relata Afonso Eberhardt, morador há mais de 80 anos na região: Quando vim morar em Pirabeiraba já havia uma igreja denominada Luterana de Pedreira, que atualmente se denomina Igreja Evangélica Luterana de Pirabeiraba.ENERGIA ELÉTRICA CHEGOU NA DÉCADA DE 20Os moradores do Distrito de Pirabeiraba dedicavam se quase que exclusivamente à agricultura e criação de animais. A cana de açúcar era cultivada em larga escala e absorvida pelos engenhos de açúcar e alambiques espalhados pela região. O excedente dos produtos plantados, bem como leite e seus derivados eram vendidos em Pirabeiraba e no comércio de Joínville, quando não trocados por outros produtos dos quais necessitavam. Para o transporte das mercadorias usava se muito a carroça, embora para vencer as distâncias os moradores andassem, na maioria das vezes, a pé ou a cavalo.Moradores afirmam que a energia elétrica foi instalada no Distrito de Pirabeiraba a partir da década de 20, embora outros tenham informado que efetivamente a energia só fez parte do cotidiano a partir de meados da década de 50. Não conseguimos precisar a data de instalação da água encanada, mas a maioria dos entrevistados afirma que já existe há mais de 30 anos. Na década de 30 a região passou a ser atendida por linha de ônibus, que pertencia ao Sr. Kortmann. Conta o Sr. Alvin Benemann que havia outra linha de ônibus que saía do Quiriri e fazia ponto final em frente a Empadaria Jerke, em Joinville. 0 proprietário era o Sr. Carlos Papendick e o ônibus não tinha portas, somente uma entrada protegida com cortina, para evitar entrada de pó e chuva.ESPINHEIROSPopulação 6.140 (IBGE 2000)Atividade Econômica 1 indústria - 52 pontos comerciais - 55 prestadores de serviçosEducação 1 jardim de infância - 1 CEI e 2 escolas municipaisSaúde 2 postos de saúdeHistóriaESPINHEIROSA localidade de Espinheiros, que hoje inicia se na confluência da ruas Albano Schmidt com Prefeito Baltasar BuschIe, antigamente se restringia à uma ilha, na Baía de São Francisco. Pedro Monteiro explica que o nome Espinheiros deriva de um mato, que nem cachorro entrava por haver muito espinho. Também em função da Tarjuva, que é grossa e cor muitos espinhos e que proliferava na região. O acesso ao Boa Vista era feito só por canoas, aliás, único meio de transporte da época.A região já foi muito rica em peixes como tainha, bagre, tainhota, parati, pescada, miraguaia etc., já se conseguiu pegar em uma tarrafada de 20 a 30 pescadas ou badejões. Um badejo de 200 quilos foi o maio peixe pescado na região. 0 Sr. Mário Ângelo de Souza lembra que vá rios homens foram necessários para retirá lo do mar. 0 camarão, pesca do em abundância, era cozido com sal e depois colocado ao sol parí secar em esteiras de piri. Estas esteiras eram estendidas de onde hoje s situa o Restaurante Lagoa até o final da Rua Antonio Luiz Gonçalves costeando o mar. Necessário se fazia esse processo de secagem e salga pois não havia geladeiras para conservação. Esse crustáceo era vendido tanto em São Francisco do Sul, como no Mercado Municipal de Joinville.A canoa era o único meio de transporte, pois não havia ponte ligando a Ilha de Espinheiros ao continente, o que ocorreu somente no final de década de 50. Mas a estrada aberta (atual Rua Pref. Baltasar BuschIe) apresentava se em péssimas condições, e para a sua travessia era necessário fazer estivados, fato que contribuiu para que os moradores continuassem usando as canoas. Estas eram utilizadas para os moradores dirigirem se ao centro, ao médico, para as compras, enfim todas as vezes que necessitassem deslocar se da localidade. Quando uma pessoa falecia, seu corpo era trasladado até o Mercado Municipal, local onde o Carro das Almas, puxado por cavalos, se dirigia ao Cemitério Municipal, acompanhado de parentes e amigos, que seguiam a pé.As famílias que há mais tempo estão radicadas na região são: Livramento, Budal, Silva, Ferreira, Cidral, Souza, Monteiro, Maciel, Ribeiro. Plantavam para subsistência e para o mesmo fim criavam aves e suínos. 0 café, produto muito cultivado, era vendido para o extinto Café Amélia. Conta D. Maria Monteiro do Livramento: Nossa roupa era feita de saco de farinha. Vendíamos folhas de mangue para as Indústrias Reunidas C. Kuehne S.A. Curtume e para o Sr. Ricardo Karmann, que delas tiravam uma resina. A folha de mangue era transportada de canoa. Às vezes os compradores vinham buscar. 0 Sr. Mário Angelo de Souza acrescenta que pagavam por arroba 200 réis na época. Esta atividade já acabou há mais de 40 anos. Outro produto que vendíamos era a lenha, pois tinha muita na região, e era comercializada no Mercado Municipal. No Mercado Municipal os moradores também faziam suas compras, pois na localidade quase não existia comércio. Na região existia uma pequena escola, para onde se dirigiam as crianças. Nesta escola lecionaram, pela ordem, o Sr. João Leandro, a Sra. Laurinda Machado dos Passos e o Prof. Reinaldo de França, somente até a 4ª série. Hoje a localidade conta com a Escola Municipal Prof° Aluizius Sehnen.A Catedral do Bispado era a igreja mais procurada para as práticas religiosas, sempre de canoa. O Sr. Augusto Domingos do Livramento improvisou uma capela em suas terras, mas nem sempre o padre vinha realizar os cultos. Há somente 5 anos, a localidade conta com a Capela Nossa Senhora dos Navegantes, concluída por meio de mutirão. Na festa da padroeira, Nossa Senhora dos Navegantes, realizavam procissões no mar. Igualmente para Stela Maris. O padre vinha e oficiava missa campal. Há pouco mais de 15 anos os moradores passaram a contar com energia elétrica, o que veio mudar substancialmente suas vidas. Utilizaram a água de poço, que era ótima, limpa e gostosa até princípios da década de 70, quando passaram a receber água da rede. Em época de seca, se deslocavam até a localidade de Morro do Amaral para buscar água, com quem os moradores possuíam grande entrosamento. Dessa localidade, bem como da Ilha do Mel, vinham as parteiras, sempre de canoa, para realizar os partos.FÁTIMAPopulação 13.463 (IBGE 2000)Atividade Econômica 40 indústrias - 399 pontos comerciais - 406 prestadores de serviçosEducação 2 jardins de infância, 2 CEIs e 2 escolas municipaisSaúde 1 posto de saúdeHistóriaA ORIGEM DO NOMECom relação ao nome do bairro, houve unanimidade entre as pessoas de que se origina da atual Paróquia Nossa Senhora de Fátima. A razão do nome tomou consistência com o parecer de duas pessoas, a Sra.Paula do Rosário e o Sr. Aristides Vieira, que afirmaram: o Sr. Líbio Gonçalves, morador do bairro e devoto da Nossa Senhora de Fátima, em pagamento de uma promessa doou a imagem da santa para a formação da capela, que seria no bairro, mas a família Costa cedeu o terreno e a mesma foi construída no Bairro Jarivatuba. Antigamente, as terras que hoje fazem parte do Bairro Fátima, pertenciam à região denominada Bupeva. A mudança ocorreu há aproximadamente 40 anos. A Rua Fátima, segundo alguns moradores, era chamada de Itaum Guaçu e por conseguinte a localidade assim era conhecida.PLANTAÇÕES DE TODOS OS TIPOSNo bairro havia muito mato, não existiam ruas, somente carreiros e os próprios moradores em sistema de mutirão as abriam. As estradas eram de difícil acesso, para dar prosseguimento à passagem de carroças era preciso fazer estivados, em lugares onde havia mangue ou muita lama. Cultivavam plantações de milho, aipim, feijão, arroz, batata, taiá, cana de açúcar, mandioca, frutas, verduras, café, cará e ainda possuíam cavalos (estes eram utilizados para puxar carroças, pois cada uma delas chegava a ter até três parelhas), vacas, aves e suínos. Quase tudo era plantado para a subsistência, e o excedente era vendido, além do café que tinha como valor comercial 1 vintém por quilo.MUITOS BAILESA zona sul da cidade foi atendida por linha de ônibus inicialmente até a Estação Ferroviária. Depois o Bairro Itaum obteve o mesmo com última parada no CIS, e assim sucessivamente até que há mais ou menos 10 anos praticamente o Bairro Fátima por inteiro está sendo atendida com mais opção de horários. Os moradores participavam muito de bailes em casas particulares, realizados uma vez por mês e à luz de lampiões. Os instrumentos musicais típicos da região eram sanfona, cavaquinho, violão, rabeca, pandeiro que quando reunidos animavam os bailes e domingueiras. A Dança de São Gonçalo deixou de ser realizada porque um missionário a considerou como uma dança pagã, acabando com a tradição. Praticavam muitas as danças folclóricas como Boi de Mamão e Pau de Fita. O Salão do Pau do Meio, localizado antigamente próximo ao extinto Moto Clube, no Bairro Jarivatuba, era um dos salões da época e que realizava famosas domingueiras.FLORESTAPopulação 16.990 (IBGE 2000)Atividade Econômica 133 indústrias - 621 pontos comerciais - 872 prestadores de serviçosEducação 2 CEIs e 1 escola municipalSaúde 2 postos de saúdeHistóriaA ORIGEM DO NOMEInegavelmente, o bairro recebeu a denominação Floresta em decorrência do time de futebol do mesmo nome. Em 1943, por iniciativa de alguns moradores, foi fundado o Floresta Futebol Clube, cujo campo foi instalado onde atualmente encontra se a Praça Tiradentes e adotou esse nome em homenagem à densa mata que cobria a região, utilizando inclusive cores verde e branca, como forma de homenageá la.Mudaram se, posteriormente, as cores, para preta e branca, uma vez que o Glória Futebol Clube já usava as primeiras. Relata nos, ainda a respeito do nome do bairro, o Sr. Bruno Volique em aproximadamente 1955, iniciou se um loteamento em frente a local onde estava instalado o campo do Floresta Futebol Clube, adotando a denominação Floresta, o que possivelmente se estendeu ao bairro. O Floresta Futebol Clube nasceu como resultado do empenho de German May e pela união dos moradores,que deram todo apoio à iniciativa.ÁGUA ENCANADA CHEGOU NOS ANOS 50Além de se locomoverem a pé, o morador do Bairro Floresta utilizava muita a bicicleta. (Dona Alcione Maria Paul Probst nos conta que ia da Rua Santa Catarina até a Estrada Anaburgo, onde lecionava, de bicicleta. Levava duas horas para chegar na escola, saía de casa às 5h da manhã para lá chegar às 7h. Muitas manadas de boi encontrei na Estrada Anaburgo, indo para o Matadouro Municipal (hoje Expoville). O Germano May era carroceiro e Dona Ana Soares Paul, mãe de Dona Alcione, utilizava carroça para lecionar. O Sr. Neuton Bechtoff lembra a época em que existia o bonde puxado a burro, que fazia o trajeto do centro até a Estação, que foi oficialmente inaugurada em 29/07/1906 e é conhecida como Estação de Joinville ou Estação da Estrada de Ferro.O time de futebol do Floresta ou Floresta Futebol Clube ia crescendo e se fortalecendo, canalizando as atenções dos moradores, que, unidos promoviam muitos torneios e festas, com a finalidade de arrecadar fundos para a construção da sede. Como não eram cobrados ingressos para as partidas de futebol, vendiam fitinhas com as cores do time e os torcedores iam prendendo às roupas. Somente em 1953 é que foi inaugurada a sede social da Sociedade Floresta.Os bailes eram muito animados, começando às 20 horas e terminando ao amanhecer. Como todos se conheciam, às vezes, diversificavam e as mulheres tiravam os homens para dançar. O bairro foi beneficiado com energia elétrica lentamente. Alguns moradores de determinadas regiões afirmam que já a possuía desde 1921 e outros, de regiões que foram habitadas mais recentemente por volta de 1948. A água encanada beneficiou alguns moradores a par de 1935, e foi se estendendo até a década de 50, época em que o bairro inteiro passou a ser atendido. O calçamento da Rua Santa Catarina foi realizado na segunda gestão do então prefeito João Colin, pelos anos 50 fato que trouxe ao bairro os governadores do Paraná, Bento Munhoz da Rocha e de Santa Catarina, Irineu Bornhausen.A COMUNIDADE CRESCEU JUNTO À ESTRADANo decorrer do processo colonizatório, a região que hoje compreende o Bairro Floresta era conhecida por Estrada Santa Catarina, e a partir da Estação Ferroviária era demarcada como km1, km 2... e desempenhou importante papel no desenvolvimento e expansão da então Colônia Dona Francisca. Ficker, na pág. 392, História de Joinville, assinala: a nossa antiga Estrada Santa Catarina, que numa extensão de 1 quilômetro e meio vai em linha reta desde o extremo da Rua São Pedro além do local em que ora se edifica a Estação da Via Férrea, sempre foi uma das nossas artérias de maior circulação de veículos. O seu movimento tem vindo em crescente aumento, correspondendo lhe a edificação que ano a ano cresce.Corta o bairro o Rio Bucarein, que nasce no km 4, próximo ao final da Rua Águas de Chapecó e até meados dos anos 60. Nele pescava se muito cascudo, segundo relata o Sr. Erich Steuernagel. Suas águas eram limpas em alguns trechos via se seu fundo. Conta nos Aracely Braz: Quando chovia muito, o Rio Bucarein transbordava e quando suas águas baixavam, voltando ao seu leito, nos pastos pegava-se peixes com as mãos, colocando em chapéus, bacias e aventais. Meu irmão pegava-os da janela da cozinha de sua casa. Infelizmente, hoje esse mesmo rio tornou-se depósito de lixo. O Sr. Carlos Walter Schulz conta que em frente ao local onde hoje está instalada a 2ª Delegada de Polícia existiam vertentes de água e quando chovia precisavam colocar madeiras nas ruas (estivados), para a possibilitar a passagem dos pedestres, uma vez que o percurso era feito a pé, obrigando os fazer a travessia do trechos descalços, para posteriormente lavarem os pés nas diversas bicas espalhadas pela cidade. 0 bairro, nessa época, era servido somente pelo Bonde do Vogelsanger, cujo ponto final ficava na Estação Ferroviária.GLÓRIAPopulação 8.205 (IBGE 2000)Atividade Econômica 56 indústrias - 318 pontos comerciais - 489 prestadores de serviçosHistóriaORIGEM DO NOMEO Bairro Glória recebeu esta denominação, segundo palavras de Baumer, em razão da fundação, em 9 de julho de 1928, do Glória Futebol Clube, ficando conhecido como o Bairro do Glória. Segundo palavras de Silvia Zimath, freqüenta primeira escola pública do bairro na casa do Sr. Bibow (hoje Paróquia Cristo Redentor), tendo aulas com a professora pioneira Sra. Arfisa Balsini. Outros, porém, estudaram na Lauer Schule, localizada nas proximidades do atual Hotel Tannenhof, e o percurso era feito a pé. Com o crescimento do bairro surgiram necessidades de melhor infraestrutura. No início do século (1909) chegava a energia elétrica, antiga reivindicação dos moradores que utilizavam lampiões a querosene e baterias.A água era tirada de poços ou de uma fonte de água em um morro, como afirma Silvia Zimath... pela existência de uma fonte no morro, a água era puxada através de uma rede para uma caixa dágua instalada na casa e retirada por uma bomba manual. Por volta de 1961 o bairro foi beneficiado com água encanada, porém nem todos os moradores se utilizaram da mesma imediatamente.Na região todos trabalhavam com a lavoura, mesmo que só como agricultura de subsistência, além de possuírem criações de vacas, porcos, galinhas. Por meados da década de 30/40, o bairro tinha um comércio bastante próspero por estar numa posição de entreposto entre o Bairro Vila Nova e o centro da cidade. Essa interligação que havia entre os mesmos possibilitou uma maior diversificação e desenvolvimento do comércio local. Nele estava instalado o açougue de Bruno Nessler, o alfaiate Otto Sperling (hoje é o Bar Barbante), o sapateiro Krüger, a olaria de Ricardo Bibow, o comércio de secos e molhados de Felipe Baumer, além do Matadouro Municipal (hoje, no local está a churrascaria do Ataliba, na Expoville). O matadouro foi inaugurado em 1928, na gestão do prefeito Ulysses Gerson Alves da Costa. O mesmo chegava a abater 40 cabeças de gado por dia, além de outros animais. Seu fechamento ocorreu na década de 50 e a demolição do prédio ocorreu em 1972.MUITOS BAILESNa década de 30 começou a circular ônibus no bairro. Fazia a linha do Município de Joinville ao de Jaraguá do Sul. Este ônibus, conta Renato Otacilio Seiler, era pequeno e conhecido como Andorinha, sendo que o bagageiro do mesmo ficava sobre o teto. Um dos divertimentos mais comum era os bailes, os quais aconteciam quatro vezes ao ano em datas comemorativas (Páscoa, Natal, Espírito Santo e Ano Novo). Começavam cedo e seguiam até o dia seguinte, às 6 horas. Nos salões, havia completo serviço de bar e cozinha. No Bairro Glória, os moradores freqüentavam o Salão Petruski, local em que ocorria, em período de eleições, os maiores comicios, que quase sempre acabavam em bailes; a antiga Sociedade XV de Novembro, conhecida também pelos campeonatos de tiro ao alvo, defronte ao Glória Futebol Clube. Além desses salões, os moradores do Glória participavam dos bailes no Salão Pensky e Baumer, no Bairro Vila Nova.PASSAGEM DE COLONOSA Rua 15 de Novembro, no início da colonização, recebeu o nome Mittelweg (Caminho do Meio), a partir da atual Rua Dr. João Colin a altura da atual Rua Marechal Hermes (hoje Posto Campos Ltda, Posto 15). Deste trecho para frente não fazia o mesmo trajeto atual, ia a então hoje Rua Marechal Hermes que era conhecida como Schzerstrasse (Rua dos Suíços), e esta por sua vez ligava o Bairro Glória ao Bairro Vila Nova através da Estrada Anaburgo. A Rua 15 de Novembro tornou se uma das principais vias de acesso Bairro Vila Nova, de onde os colonos traziam seus produtos para der na cidade. Atualmente serve como uma das vias de acesso à BR 101 como também abriga o Pórtico de Joinville. A Lei nº 1376 artigo 16, de 12 de janeiro de 1990 delimitou o bairro.GUANABARAPopulação 9.467 (IBGE 2000)Atividade Econômica 47 indústrias - 324 pontos comerciais - 453 prestadores de serviçosEducação 1 Escola municipal - 1 CEI - 1 Jardim de InfânciaSaúde 1 posto de saúdeHistóriaORIGEM DO NOMEDivergem muito as opiniões com relação à origem do nome do bairro, sendo que parte dos moradores acha que derivou do time de futebol e os demais, da Rua Guanabara. Acreditamos que tenha surgido inicialmente o Guanabara Futebol Clube e em decorrência a rua tenha recebido a mesma denominação. No Álbum Histórico do Centenário de Joinville, à pág. 296 lemos: Guanabara. Localidade perto do Itaum. De gua, a enseada, a bacia, Plana, semelhante e bará, Pará, mar. Portanto, enseada semelhante ao mar. A Lei nº 1.526 de 05/07/1977, dá a seguinte delimitação ao Bairro Guanabara: Inicia na ponte da linha férrea da Rede Ferrroviária Federal sobre o Rio Eduardo Leuschner, seguindo em direção Noroeste pela linha férrea até aponte sobre o Rio Bucarein; seguindo em ângulo para a direita em direção Nordeste pelo Rio Bucareín até o Rio Cachoeira; seguindo em direção Leste até a foz do Rio Eduardo Leuschner, seguindo em direção Sul pelo Rio Eduardo Leuschrier até a ponte da Rede Ferroviária, ponto inicial.BOI DE MAMÃOHá poucos anos, resultante da ausência de limites definidos, o Bairro Guanabara era chamado de Itaum. A concentração populacional nesta região deveu se principalmente ao forte movimento migratório, característico de joinville, a partir dos anos 60. Estes habitantes, em sua maioria, são oriundos de diversas regiões do estado. O bairro sempre sentiu a ausência de comércio e para efetuar a compra de produtos alimentícios os moradores dirigiam se aos bairros próximos nos empórios. A energia elétrica foi instalada no final da década de 40. Antes só usávamos lampiões a querosene. A água encanada começou a fazer parte do cotidiano dos moradores na década de 50, mas nas ruas já haviam sido instaladas bicas que os moradores faziam uso freqüente. Muitos moradores possuíam poços em suas casas. Há vinte anos praticava se muito o Boi de Mamão nas ruas do bairro. Como forma de lazer, em quase todos os domingos haviam corridas de cavalos, prestigiadas por grande parte dos moradores e por aficcionados de outros bairros. Acrescenta D. Olinda Alves Ramos: além das corridas de cavalos, na Rua Nacar, o Sr. João Marcos, dono de um comércio, possuía um rádio, o que atraía o povo para lá e todos ficavam escutando, pois era novidade na época. Os comícios realizados no bairro eram animados e conseguiram atrair grande parte dos moradores à Praça Graciosa, local onde os mesmos aconteciam com regularidade. Freqüentavam o Salão Sulista, que pertencia ao Sr. Vicente Sagaz, e que segundo informações obtidas de D. Leonora Maria Nascimento Ramos, funcionava no local onde hoje está a Capela da Bênção.IRIRIÚPopulação 21.340 (IBGE 2000)Atividade Econômica 127 indústrias - 872 pontos comerciais - 892 prestadores de serviçosEducação 1 jardim de infância, 3 escolas municipais e 2 CEIsParque/Praça 1 parque público ( Morro do Finder )Habitação 1 conjunto habitacional popularSaúde 1 posto de saúdeAtendimento a criança 2 Ceis (creches municipais)HistóriaORIGEM DO NOMEIririú provém de iriri, que quer dizer ostra e ú que é rio na língua indígena. O rio do bairro nasce do morro do Cubatão e deságua no costão do Iririú, na baía de São Francisco do Sul. Através de dados fornecidos pelos moradores não há uma conclusão exata sobre a origem da denominação. Sabe-se que o bairro antigamente levava o nome Guaxanduva. Isto vem a confirmar o depoimento de Ramiro Oliveira, que nasceu no bairro: o Iririú recebeu esta denominação há mais ou menos 30 anos, pois antes era chamado de Guaxanduva, que significa o lugar onde abunda a guaxuma (planta da família das malváceas que possui fibras têxteis).MUITAS CARROÇASA estrada que fez a primeira ligação entre os atuais bairros Iririú e Boa Vista chamava-se Caminho Velho. Começava na Sociedade Esportiva e Recreativa Alvorada e finalizava na Granalha de Aço Ltda. A região era constituída por mangues. As áreas mais baixas e mais altas eram cobertas pela densa mata atlântica. O Sr. José Brittes descreveu: as estradas eram ruins, havia muita lama e para facilitar a passagem das carroças eram feitos estivados. As ruas não possuíam iluminação, eram estreitas e com mato por todos os lados.Segundo o Sr. Ramiro de Oliveira a atual Rua Guaíra, no mandato do prefeito João Colin, já foi cogitada para ser o local de instalação do Aeroporto de Joinville, porém divergências políticas não deixaram que o projeto fosse concluído. Os meios de transporte mais usados eram as carroças. O ônibus chegou somente por volta de 1960. A Lei Nº 2.376, artigo 8, de 12 de janeiro de 1990 delimitou o bairro. Poucas casas faziam parte do cenário do bairro. No início, a região contava com uma escola localizada na esquina das ruas Iririú com Xaxim. A Escola Reunida Municipal Guaxanduva ocupava uma residência de madeira. As aulas eram ministradas em português e a professora pioneira foi a Sra. Ziza Miranda. Os moradores possuíam grande quantidade de terras. Nela, produziam tudo para o consumo da família. Plantavam cana-de-açúcar, mandioca, milho, feijão, café, frutas, arroz, batata, cará, amendoin, batata-doce, entre outros. Vacas, galinhas, perus, porcos e cavalos eram alguns dos animais e aves que criavam.O bairro foi bem servido de armazéns que vendiam secos e molhados.ITAUMPopulação 11.545 (IBGE 2000)Atividade Econômica 93 indústrias - 503 pontos comerciais - 473 prestadores de serviçosEducação 1 jardim de infância - 2 CEIsSaúde 2 postos de saúde - 1 PA 24 horasHistóriaA ORIGEM DO NOMEO Bairro Itaum recebeu a seguinte delimitação através da Lei nº 1.526 de 05 de julho de 1977. Os moradores do Itaum não conseguiram apurar a origem do nome do bairro, que provavelmente deriva do pequeno Rio Itaum, afluente da márgem direita do Rio Cachoeira. Como localidade, sua existência remonta à época da Colônia D. Francisca, pois nas cercanias das terras do Príncipe de Joinville já existiam famílias instaladas em sesmarias, sítios ou fazendas, fatos comprovados por Carlos Ficker, na página 32 de seu livro História de Joinville. Além do Coronel Antonio João Vieira, mencionado no termo de medição como proprietário do sítio de lavoura entre o Rio Bucarein e o Rio Itaí Guaçu (hoje Itaum), encontramos os nomes de todos os moradores e sitiantes estabelecidos na margem direita do Rio São Francisco... Itaum é corruptela de Itá una, que quer dizer pedra preta, ferro. Foi durante muito tempo conhecido por Bupeva, tal como o Bairro Jarivatuba, talvez pela confusão de limites que se fazia entre os bairros.A COMUNIDADERuas calçadas e asfaltadas não faziam parte do cotidiano dos moradores. Eram somente caminhos de roça, carroçáveis. A atual Rua Monsenhor Gercino, por exemplo, era caminho de roça. A Rua AIfredo Wagner era conhecida por Caminho do Inferninho, pela existência de muitos morros. A Rua Petrópolis foi aberta por iniciativa dos próprios moradores, que em regime de mutirão realizaram o trabalho e era também só um caminho de roça, bem como a atual Rua Guarujá que a princípio era brejo. A Rua Botafogo era conhecida por Avenida Geraldo e entre esta rua e a Rua Monsenhor Gercino existia uma grande plantação de arroz. A Rua São Paulo acabava onde hoje está instalada a Companhia Industrial de Plástico Cipla. A Rua Babitonga era estreita e não era calçada. Já a Rua Barra Velha originou se de um caminho particular aberto nas terras da família Cidral, dona de grande extensão de terras na região, e por isso denominado de Caminho do Cidral. Estas pessoas andavam muito a pé, fazendo uso com bastante freqüência, da carroça e posteriormente bicicletas.A carroça era muito usada no transporte da lenha que era comercializada no centro da cidade. Para consumo próprio plantavam cana de açúcar, mandioca, arroz, banana, chuchu, aipim, feijão, alface, cará, batata, tomate, árvores frutíferas, abóbora, cujo excedente era vendido. Da mesma forma, criavam vacas, porcos, galinhas, cabras, patos, marrecos, gansos, perus, vendendo ovos, leite e seus derivados. 0 bairro contava inicialmente com a Escola Isolada Bupeva, atualmente denominada Escola Municipal Prof Ada SantAnna da Silveira. Freqüentaram ainda a Escola Estadual do km 5 da Estrada Santa Catarina (hoje Escola Básica Plácido Xavier Vieira), a Escolinha do Boehmerwald.JARDIM IRIRIÚPopulação 21.340 (IBGE 2000)HistóriaORIGEM DO NOMEIririú provém de iriri, ostra u igual a i rio. Rio que nasce do morro do Cubatão e deságua no costão do Iririú, na Baía de São Francisco do Sul. Através de dados fornecidos pelos moradores não se a uma conclusão da origem da denominação. Porém, sabe se que por parte da delimitação atual do bairro antigamente levava o nome guaxanduva. O que vem a confirmar o depoimento de Ramiro Gode Oliveira que nasceu no bairro: o Iririú recebeu esta denominação ais ou menos 30 anos, pois antes era chamado de Guaxanduva, que significa o lugar onde abunda a guaxuma, que por sua vez a planta da família das malváceas que possui fibras têxteis.MUITAS CARROÇASA estrada que fez a primeira ligação entre os atuais bairros Iririú e Boa Vista denominava se Caminho Velho. Iniciava na Sociedade Esportiva e Recreativa Alvorada e finalizava na Granalha de Aço Ltda. A região era constituída por mangue, nas áreas mais baixas e nas mais altas por densa mata. O Sr. José Brittes descreveu: as estradas eram ruins, havia muita lama e para facilitar a passagem das carroças eram feitos estivados. As ruas não possuíam iluminação, eram estreitas e com mato por todos os lados.Segundo o Sr Ramiro Comes de Oliveira a atual Rua Guaira, no mandato do prefeito João Colin, foi cogitada para ser o local de instalação do Aeroporto de Joinville, porém divergências políticas não deixaram que o projeto fosse concluído. No bairro, a bicicleta popularizou se a partir da década de 40, mesmo assim poucos a possuíam. Os meios de transporte mais usados eram as carroças, pois o ônibus chegou só por volta de 1960.A Lei Nº 2.376, artigo 8, de 12 de janeiro de 1990 delimitou o bairro. Poucas casas faziam parte do cenário do bairro, e predominava uma densa vegetação. No início, a região contava com uma escola localizada no lugar onde fica a esquina das ruas Iririú com Xaxim. A Escola Reunida Municipal Guaxanduva ocupava uma residência de madeira, as aulas eram ministradas em português e a professora pioneira foi a Sra. Ziza Miranda. Os moradores possuíam grande quantidade de terras, nela produziam tudo para o consumo da família. Plantavam cana de açúcar, mandioca, milho, feijão, café, frutas, arroz, batata, cará, amendoin, batata doce etc, Vaca, galinha, peru, porco, cavalos, eram alguns dos animais e aves que criavam para o enriquecimento alimentar.O bairro foi bem servido em termos de armazéns. Todos vendiam secos e molhados.JARDIM PARAÍSOPopulação 12.683 (IBGE 2000)Atividade Econômica Comercial e IndustrialEducação E.M. HANS DIETER SCHMIDT / E.M. JOSÉ DO PATROCÍNIO / E.M. ROSA BEREZOSKI / E.M. RIBEIRÃO DO CUBATÃOSaúde Posto Saúde da Família Jd Paraiso 1, 2 e 3

HistóriaORIGEM DO NOME

A região do Bairro Jardim Paraíso sempre foi conhecida por Cuba em função do rio do mesmo nome. Lucas Boiteux entende que o termo batão provém do guarani ibi, terra, e antã, dura, terra montanhosa. Outros julgam que se compõe de caba, vespa e antã, rija resiste. Os caboclos da região chamam de terra de Cubatão à terra fértil. Conclui se então que Cubatão talvez se decomponha em cu, barro, que se faz e antã, duro, barro que se torna duro. Os tupi guaranis chamavam de cubatan a toda árvore de madeira dura e resistente. A povoação dessa região é relativamente antiga, e este fato é provado pelo depoimento de Manoel de Oliveira Cercal. Meu bisavô o primeiro morador da região, vindo para cá há mais ou menos 200 anos.

ANTIGO BAIRRO DE SÃO FRANCISCO DO SULO jardim Paraíso pertencia ao Município de São Francisco do Sul até 6/4/1992, quando o governador Vilson Kleinübing, através da Lei 8.563, o anexou ao Município de Joinville, atendendo resultado de plebiscito acontecido em março deste ano. (vide a nova limitação do município, também modificada por esta lei, inclusa no presente livro). A denominação jardim Paraíso foi dada pela imobiliária responsável pelo loteamento. O jardim Paraíso existe há aproximadamente 12 anos e as primeiras famílias que nele se fixaram foram Westrupp, Ribeiro, Rosa, Santos, Araújo, entre outras. Esses moradores enfrentaram e ainda enfrentam muitas dificuldades, inerentes à falta de infra estrutura do bairro.Apesar de existir há 12 anos, somente há oito é que foi instalada a energia elétrica. Não possuem água da rede de abastecimento, utilizando água de poço ou de ribeirão. Diz o Sr. Vanir Maus dos Santos que muitos moradores bebem água que não apresenta condições de higiene e que faz mal para a saúde. Para as práticas escolares, a população estudantil conta com poucas opções: a Escola Municipal Hans Dieter Schmidt e Escola Municipal José do Patrocínio, ambas pertencentes ao Município de São Francisco do Sul. Mais recentemente, alguns armazéns e pequenos supermercados passaram a atender às necessidades dos moradores. Antes os moradores se dirigiam a outros bairros para suas compras, como, por exemplo, ao Aventureiro, de onde voltavam a pé, visto que a linha de ônibus até meados de 1980 tinha seu ponto final neste bairro.Como lazer, os moradores praticavam a pesca, tanto no mar como no Rio Cubatão, no qual, segundo o Sr. Vanir Klaus dos Santos, antigarnente se pegava peixe até com as mãos. Sobre o Aeroporto de Joinville (também conhecido por Aeroporto do Cubatão), a respeito de sua implantação relata o Sr. Edmundo Luiz Schulze: A construção do atual aeroporto foi o fato que mais despertou a curiosidade da população local. Para fazer a base de sustentação, foram utilizados burros para puxar ripas e fazer estivados (era tudo mangue). Em cima das ripas eram jogados sambaquis (conchas), trazidos em carroças para completar a terraplenagem. Todo o pessoal que trabalhava na obra fazia as refeições em minha casa. Há aproximadamente 35 anos apareceu o primeiro teco-teco, e todo povo ficou curioso e assustado, correndo e se escondendo nas plantações. O primeiro aeroporto foi construído próximo de onde hoje se localiza a Usimix Serviços de Concretagem Ltda., na avenida Santos Dumont, mas desistiram do projeto em função da existência de muitos morros. Quando pousou pela primeira vez um avião 737 da Varig atraiu para a região um grande número de curiosos, que congestionou a avenida Santos Dumont. O avião chegou às 14 horas e só pelas 16 horas é que foi descongestionada a avenida, finalizou Schulze.JARDIM SOFIAPopulação 3.167 (IBGE 2000)HistóriaORIGEM DO NOMEO bairro denominado de jardim Sofia, obteve sua criação oficial através da Lei nº 2.376 artigo 19, de 12 de janeiro de 1990. Até então fazia parte da Zona Industrial. Sua denominação é originária de homenagem feita à Dona Sophia Nass, esposa do Sr. Affonso Nass, dono de grande parte das terras que formam o loteamento. Nass é uma das famílias tradicionais de Joinville. As aulas nas escolas eram ministradas em português e alemão. Hoje, no lugar próximo à antiga escola particular, encontra se a Escola Reunida Maria Madalena Mazzolli. 0 Sr. Alfredo Raich explica que a única escola da região localizava se na Estrada da Ilha, para lá as crianças se dirigiam a pé, num percurso de 3 km, onde tinham aulas até a 4ª série. Para efetuarem suas práticas religiosas iam à Comunidade Evangélica Luterana da Estrada da Ilha, os protestantes. Os católicos freqüentavam a Paróquia Santo Antônio (Bairro Bom Retiro) e a Capela Nossa Senhora das Dores (localidade de Cubatão). Era freqüente o uso de carroças. No entanto, muitos moradores, em dias de chuva arregaçavam as calças e vinham a pé até o centro da cidade. íamos descalços, com os sapatos nas mãos, só podendo calçá los na Rua Dr. João Colin, relata o Sr. Ernesto Pettersen.A região era bastante agricultável. Os moradores possuíam plantação de cana de açúcar (faziam melado e açúcar), milho, verduras, feijão, cará, japão, aipim; além de possuírem criação de porcos, galinhas, vacas, cavalos. Produziam para o consumo da família e o excedente vendia ao comércio, no centro da cidade. Para transportá los, usavam carroças. Assim que o bairro obteve seu primeiro loteamento, foram surgindo os primeiros comércios como o do Sr. Waldernar, passando depois para a Sra. Mara. Vendíamos de tudo, boa parte do que era vendido nós mesmos produzíamos, relata a Sra. Mara Rubia Constanti Nass.LINHA DE ÔNIBUS SÓ EM 1988A instalação de energia elétrica ocorreu quando o bairro ainda possuía densa vegetação, há aproximadamente 40 anos, alterando assim a rotina dos moradores, que até então utilizavam lampiões a querosene ou velas. A água utilizada era retirada de poços, rios e nascentes, pois só na década de 80 foi beneficiado com água encanada, apesar de alguns moradores ainda fazerem uso de poços. A linha de ônibus jardim Paraíso II, que atende a região há desde 1988 anos e com mais opções de horários.Corta a região o Rio do Braço, que outrora possuía água cristalina, e que podia ser bebida. Neste rio também se pescavam muitos peixes. Com entusiasmo, nos contou o Sr. Ernesto Pettersen: os peixes eram pegos até no pasto, com as mãos em época de enchentes, era lindo!. Pescavam traíra, jundiá, cascudo, tainhota, entre outros. Mas a realidade hoje é lamentável, o rio está poluído e nele não há mais vida. O Sr. Afonso Nass possuía em sua propriedade, alguns tanques de peixe com nascente de água própria.Freqüentavam, como lazer, o Salão Generoso (localidade de Cubatão) e Salão Estrela da Vila Baumer (Bairro Saguaçu), pois não havia salões de bailes no bairro. Desde março de 1979 o Centro de Tradições Gaúchas Unidos de Joinville iniciou suas atividades, tendo como patrão atual o Sr. Pedro Alvin Duarte. Os bailes eram realizados em casas particulares, para comemorar aniversário ou casamento. A animação ficava por conta de vio leiros e gaiteiros, e amanhecia se o dia dançando.JARIVATUBAPopulação 15.409 (IBGE 2000)HistóriaA ORIGEM DO NOMEOs moradores do Bairro Jarivatuba possuem versões diversas para justificar a denominação do mesmo, que antes era conhecido por Bupeva (em função do rio do mesmo nome), mais tarde por Itaum, que perdurou até 1977, quando recebeu a atual denominação. Segundo João Cidral da Costa Júnior, a região era coberta por uma árvore nativa chamada Jarivá, daí a origem do nome. Evandel de Carvalho acrescenta: Há duas plantas nativas na região, Indaiatuba e Jarivá, que possivelmente originaram a denominação Jarivatuba.A pág. 299 do Álbum do Centenário de Joinville, lemos: jarívatuba localidade junto ao Rio Cachoeira, não longe da cidade, no extremo da estrada homônima. De jarivá, palmeira e tuba, abundância, ou abunda a palmeira e seria ainda a corruptela de iaribá, o que tem fruto em cacho ou em penca, conforme Teodoro Sampaio... que a palavra deriva de iara ibá, a senhora árvore, a árvore da dona, a árvore senhoril, pois que esta palmeira sobressai nas florestas, dominando as com sua copa altaneira. Estas descrições viriam confirmar as versões dos moradores com relação a origem do nome Jarivatuba.MORADORES ANDAVAM MUITOPlantavam, como meio de subsistência, aipim, cana de açúcar, batata, arroz, mandioca, milho, feijão, banana, cará, taiá, japão, amendoim e criavam animais tais como galinha, peru, porco, gado, marreco, ganso. Algumas famílias vendiam produtos derivados do leite de vaca, mas a grande maioria criava os animais para consumo próprio. A farinha de mandioca era vendida na cidade, bem como lenha. 0 transporte era feito por meio de carroças, e para tanto, alguns moradores possuíam cavalos. A farinha era vendida ainda em São Francisco do Sul, cujo transporte era realizado em canoas. A maior parte dos moradores do Bairro Jarivatuba andava a pé. Raras exceções, de bicicleta. A Sra. Dinorá Jaci Régis nos diz que quem tinha bicicleta antigamente era rico.O pai do Sr. Dorvalino Zacarias Pereira transportava lenha para a Olaria de Emílio Stock e folhas do mangue para um curtume no Bairro Guanabara, das quais era extraída uma resina, muito usada na época. Como a carroça era o principal meio de transporte de mercadorias, os moradores enfrentavam freqüentemente um sério problema: a péssima conservação das ruas, que em tempos de chuva, precisavam ser calçadas com pés de palmito, possibilitando dessa maneira a travessia. O bairro era também cortado por trilhos, através dos quais circulavam os vagonetes, puxados por 4 cavalos e que transportavam o barro que era retirado do atual Conjunto Habitacional Ademar Garcia até a 0laria do Sr. Emílio StockSegundo informações da D. Eulália Ramos, em 27/02/1927, iniciaram se as obras da primeira escola, que se situava ao lado de onde hoje está localizada a Escola Municipal Profª Ada SantAnna da Silveira. Cerca de 30 anos depois, construíram mais duas salas de madeira, onde lecionaram os Profºs João Bernardino e Alfredo. Inicialmente a escola era denominada de Escola Bupeva, em seguida passou a denominar se Escola Isolada Paranaguá Mirim e agora Escola Municipal Profª Ada SantAnna da Silveira. O bairro contava ainda com a Escola Municipal João Costa.ÁGUA ENCANADA CHEGOU EM 1975Através dos depoimentos dos moradores, a energia elétrica foi instalada paulatinamente no bairro. Na Rua Monsenhor Gercino, por exemplo, está instalada há aproximadamente 50 anos. A partir daí, sucessivamente, este benefício passou a ser estendido a todo bairro, cujos moradores antes usavam lampiões a querosene e velas. A água de poço passou a ser substituída pela água encanada a partir de 1975, época em que o bairro começou efetivamente a crescer, promovendo a abertura de ruas laterais e conseqüentemente sobreveio o calçamento e asfaltamento das vias de acesso mais importantes. As melhores condições das ruas apressaram o atendimento de linhas de ônibus aos moradores do bairro, que em uma fase anterior possuíam somente o Bonde do Vogelsanger até a Estação Ferroviária.RIO VELHO ERA CHEIO DE PEIXESCorta o bairro o Rio Velho, onde os moradores pescavam muitos peixes, tais como bagre, robalo, pescada, camarão e siri e que representou fator preponderante no rápido desenvolvimento, uma vez que fazia a ligação com a Baía da Babitonga e com o centro da cidade. O trecho que inicia no Rio Velho, forma a localidade de Paranaguá Mirim, que quer dizer boca de rio pequeno e enseada do mar. A Lei nº 1.526 de 25 de julho de 1977 delimitou o Bairro Jarivatuba.JOÃO COSTA MORRO DO MEIOPopulação 7.413 (IBGE 2000)HistóriaA ORIGEM DO NOMEA planta de Joinville de 1958, comprova que o lugarejo com maior número de moradores era ainda desconhecido por parte da população de outras regiões e ainda não denominava se Morro do Meio, segundo Bellini Meurer. O Bairro Morro do Meio é assim denominado por estar situado numa região alta e plaina em relação ao nível dos rios Lagoinha e Piraí, que o cerca. Mas é denominado Morro do Meio, principalmente por seu núdeo populacional original localizar se em uma estrada, cujo fim se dá em um morro ladeado por outros dois. A abertura de um caminho de roça pelas famílias Goll e Vogelsanger através do Bairro Nova Brasília até as proximidades do lugarejo, resultou na substituição da denominação do mesmo. Alguns anos depois foi ligado às Estradas Morro do Meio e Lagoinha, terminando na Estrada do Sul. Desta forma os deslocamentos ao centro de Joinville passaram a ser feitos por esse novo caminho, hoje rua Minas Gerais.FLORESTA RICA EM CAÇA E PALMITOPor volta da segunda década do século XX, das várias ramificações existentes na Estrada do Sul, duas delas, denominadas Estrada Lagoinha e Estrada Morro do Meio, seguiam mata a dentro chegando às margens do Rio Piraizinho. A região, um tanto alta e plaina, com uma floresta rica em caça e palmitos, atraía sesmeiros de várias regiões de Joinville, dentre eles, a família de João Francisco Alves de Lima, oriunda da Estrada Arataca, que chegou no local por volta de 1916, fixando se nos anos seguintes ao longo da Estrada Lagoinha. Um dos supostos motivos que levaram a família a se deslocar da Estrada Arataca para a região de Morro do Meio foi a doação de terras por parte do Domínio Dona Francisca a colonizadores alemães, com o objetivo de fixá los no local. (dados retirados do trabalho de Bellini Meurer, Sertão do Piraí). A Lei nº 2.376 de 12/01/1990 delimitou o bairro.MORRO DO MEIOCom o desenvolvimento industrial da década de 50 em Joinville, iniciou se um processo de explosão demográfica. Seus estabelecimentos industriais evoluíram de tal forma que, atraídos por melhores empregos, aportaram no cruzamento das Estradas Lagoinha e Morro do Meio as principais famílias de agricultores vindas do interior catarinense, fixando se à margem direita do Rio Piraizinho. Plantavam na região a cana de açúcar (cerca de 30 mil pés) sendo o restante produção agrícola de subsistência. Motivada pela escassez de produtos de fora, Pedro Machado instalou o primeiro armazém na região.Um dos primeiros líderes da comunidade, Aristides Felício da Silva, na década de 50, através de várias solicitações junto ao então prefeito Rolf Colin, conseguiu a transferência da Escola Mista Municipal Pará, da Estrada Santa Catarina km 2, para a localidade do Morro do Meio, datando da mesma época a construção da ponte sobre o Rio Piraizinho, na Estrada do Morro do Meio.COMUNIDADE E PODER PÚBLICO UNIDOS NA DÉCADA DE 70De 1950 a 1970, com o crescimento populacional expressivo e grande especulação imobiliária, o vilarejo aumentou dia a dia. A comunidade apresentava dificuldades no que diz respeito à infraestrutura do local. No início da década de 60, ainda não havia iluminação pública, água encanada nem tubulação de esgoto. Porém, com o esforço de alguns moradores, o prefeito Helmuth Fallgatter transforma a Escola Desdobrada Municipal Pará em Escola Municipal Professora Elizabeth von Dreiffuss. As obras da nova escola foram concluídas no ano de 1973, iniciando com 89 alunos. Nos anos 70, cerca de 59 construções deram à nova localidade aspecto de vila, com novos caminhos de roça e becos. Houve acentuada vinda de paranaenses na altura da Estrada Lagoinha, formando ali uma verdadeira colônia de migrantes daquele Estado. Por volta de 1975, um ônibus passou a fazer a linha Morro do Meio três vezes por semana. Porém, com enchentes ocorridas neste período, o Rio Águas Vermelhas transbordava e interrompia sua passagem. Hoje, a estrada, um pouco mais alta, diminuiu o risco de enchentes, e quando isto ocorre, os veículos são obrigados a fazer o percurso pelo Bairro Vila Nova, como há 60 anos. Através da Associação dos Moradores do Morro do Meio, na década de 80, a comunidade foi beneficiada com a iluminação pública, mais ônibus, coleta de lixo, telefone público, água encanada e a inclusão da localidade no perímetro urbano de Joinville. NOVA BRASÍLIAPopulação 11.217 (IBGE 2000)Atividade Econômica 42 indústrias - 235 pontos comerciais - 227 prestadores de serviçosEducação 2 escolas municipais - 1 CEI (creche municipal)Habitação 1 conjunto habitacional popular (Nagib Zattar)Saúde 2 postos de saúdeHistóriaORIGEM DO NOMESegundo os entrevistados, surgiu na região, nos fins da década de 50, o primeiro loteamento do bairro com a denominação de Galho da Sorte de propriedade da família Welter. A partir daí a região começou a sofrer transformações e os novos loteamentos atraíram moradores de inúmeras regiões de Joinville e o importante acontecimento da década de 60 para o Brasil, a inauguração da Capital Federal, cedeu seu nome ao núcleo habitacional Nova Brasília. A Lei nº 1376 de 12/01/1990, delimitou o Bairro Nova Brasília.A COMUNIDADEA região que compreende o atual Bairro Nova Brasília, foi uma das primeiras a ser loteada em Joinville. Através desses loteamentos feitos principalmente nas terras dos Srs. Mathies, Tilp, Roos e Welter o bairro iniciou seu processo de urbanização, sendo as famílias residentes no local os Goll, Schneider, Rieper, MüIler, Albrecht, Fatt, Manske, DrehfalI, Kupas, Fisher, Pereira, Pahl, Beninca, SiedschIag, Vogelsanger, Souza, Tilp, Roos, Mathies, Welter, entre outras. Os produtos inexistentes na região eram adquiridos no centro da cidade e o trajeto que os moradores faziam era árduo devido a falta de condições das ruas e dos transportes, fazendo com que eles levantassem muito cedo para a realização do mesmo.Antigamente, grande era a dificuldade dos moradores para se locomoverem ao centro da cidade, pois a região só dispunha de uma única via de acesso, a Estrada Guiguer Nova formada atualmente pela Estrada Jativoca e parte da Rua Tupy. Em mais ou menos 1951 a abertura da Rua Minas Gerais facilitou este trajeto. Conforme nos relata o Sr. Egon Mathies a região era só brejo ... os pés afundavam..., proporcionando o plantio de arroz, atividade predominante no bairro, sendo que a criação de gado, aves, porcos, e a venda de leite e derivados serviam como meio de subsistência para os moradores.ESCOLAS E IGREJASA maioria dos colonizadores desse bairro era descendente de alemães e freqüentavam a Escola Particular Alemã da Estrada Guiguer Nova, cujas aulas eram lecionadas em alemão e português. Em meados da década de 70 a comunidade pôde optar por cursar nova escola A Escola Estadual Antônia Alpaídes dos Santos, que antes da sua nova construção servia à comunidade precariamente, pois era uma casa onde se ministrava o ensino aos estudantes e ainda celebrava se missa. Depois da construção da capela, as aulas passaram a ser ministradas no galpão da mesma. A igreja católica que hoje tem o nome de São José Operário, recebeu esta denominação por constituir se o bairro essencialmente de operários e com o objetivo de assistir à população carente, mudando suas instalações físicas para o Bairro Anita Garibaldi em 1965. já os luteranos freqüentavam a Paróquia da Paz. Após a construção da Paróquia São Marcos localizada no bairro do mesmo nome, tornou se mais fácil o acesso aos cultos.TRANSPORTE COLETIVO CHEGOU EM 1967No começo de 1906 tiveram início os trabalhos da instalação dos trilhos, os quais foram acelerados posteriormente com a notícia de que, em agosto ou setembro o próprio presidente do Brasil viria inaugurar a estrada como nos relata Apolinário Ternes em seu livro História Econômica de Joinville, transitando pelo Bairro Nova Brasília as primeiras locomotivas da cidade.O transporte coletivo segundo o Sr. Leopoldo Kupas, chegou mais ou menos em 1967, facilitando a locomoção dos moradores, os quais ficaram alarmados com o perigo que porventura a construção do viaduto poderia trazer: a construção do viaduto trouxe muita curiosidade aos moradores e em seguida a preocupação com o perigo. A energia elétrica foi instalada por volta de 1958, como nos relata o Sr. Egon Mathies que participou de vários mutirões realizados pela comunidade: a Empresul auxiliava com a mão de obra e os moradores compravam os postes. Em fins da década de 60, o Bairro Nova Brasília já contava com água encanada. Foi na gestão do Prefeito Luiz Henrique da Silveira (1977 1982) que parte do asfaltamento da Rua Minas Gerais, na ligação entre o Bairro Nova Brasília e Bairro Morro do Meio, foi concluída.PARANAGUAMIRIM PETRÓPOLIS RIO VELHOItinga SAGUAÇUPopulação 11.095 (IBGE 2000)HistóriaORIGEM DO NOMESaguaçu é o nome da lagoa que deságua no Rio Cachoeira e que continua na Baía da Babitonga. Saint Hilaire erroneamente a chamou de rio. Etimologicamente deriva de eça, que quer dizer olho e guaçu, grande, porque do alto a lagoa se parece com um olho grande. A região nem sempre foi assim denominada. Segundo vários moradores, já foi conhecida por Iririú, Serrinha, Morro do Koepp, Dona Francisca e Centro. Porém, muitos afirmam que recebeu esse nome em função da Lagoa do Saguaçu. De acordo com o depoimento do Sr. Adolfo Garcia, o bairro é assim chamado porque nele existe um riozinho do mesmo nome e que desemboca no Cachoeira. Nesse riozinho a população pescava e tomava banho. Em épocas de cheia, muitos peixes acabavam ficando no pasto.A COMUNIDADEA exemplo de quase todos os bairros de Joinville, os moradores do Saguaçu mantinham uma agricultura de subsistência e o Sr. João da Silva nos diz que a região há 50 anos era praticamente um sítio. Ele possuía um engenho de farinha movido a cavalo. Vários moradores, objetivando também a manutenção da família criavam porcos, vacas e aves.A troca de mercadorias era uma forma de intercâmbio comercial praticada por estes moradores. Nas proximidades da atual Rua Águas Marinhas residia um japonês que mantinha uma imensa plantação de tomates. Posteriormente vendeu suas terras ao então Bispo D. Pio de Freitas que havia planejado construir no local um convento dos capuchinhos, que para lá se mudaram e residiram por muitos anos. Por motivos desconhecidos dos moradores a construção do convento acabou não saindo, tendo porém este fato dado origem à denominação da Rua dos Capuchinhos.Relata João da Silva que no Morro da Boa Vista (parte que se localiza atrás da Rua Ágata - Cota 40) encontrávamos tatu, veado, ouriço, cotia, aracuã. A concentração populacional na região, deveu-se, em grande parte, à existência da Estrada Dona Francisca, que é uma das mais antigas artérias a cortar o município. Na década de 40, o bairro era pobre, com poucas ruas, estreitas e esburacadas. Algumas dessas ruas eram tão estreitas que só se podia transitar de bicicleta, meio de transporte muito usado pelos moradores, persistindo este hábito até hoje.TRAJETOS DIFÍCEISA conservação das ruas era péssima e que, quando chovia, era uma tristeza, pois os moradores tinham de levar a bicicleta nas costas para chegar a algum lugar. Este fato é comprovado pelas observações do Sr. Cândido Arruda Lemes: Andávamos muito a pé por causa do lodo íamos descalços até a Rua Saguaçu, perto do Morro do Mirante. Ali havia um chafariz onde lavávamos os pés e então calçávamos os sapatos. A Rua Dona Francisca constituía um dos poucos acessos ao centro da cidade. A carroça era muita usada para a compra e venda de mercadorias. Conta o Sr. João da Silva que na atual Rua Itaiópolis existia uma pinguela sobre o Rio Cachoeira, e uma das condições para atravessá la com a carroça era a obrigação de observar a maré, pois se esta subia, os carroceiros e as pessoas não conseguiam atravessá la e voltar pelo mesmo trajeto, sendo necessário vir por outro caminho, mais longo, pois teriam que ir pela Rua do Norte (atual Rua Dr. João Colin), dar a volta no local onde hoje está construída a Paróquia Santo Antônio e vir pela Estrada Dona Francisca.RIO CACHOEIRA ERA LIMPO COM AREIAS BRANCASNaquele tempo, por volta dos anos 50, o Rio Cachoeira era muito limpo e ali tomava se banho. Dele era extraída uma areia branquinha, muito usada nas construções. Relata Renato Martins Guedes Pinto, ainda com relação à conservação das ruas, que há aproximadamente 30 anos, a Rua Aubé era de terra batida e conhecida como Estrada do Boa Vista. A Rua Iririú era um caminho de roça.O bairro ressentia se da falta de casas de comércio. As poucas existentes pertenciam aos Srs. João Bernardo (em frente à Rua Capinzal); Ganzenmüller (em frente da Casa da Cultura). Açougue era do Cemin (atual Cemin Frigorífico Ltda.). Outro comércio muito freqüentado pelos moradores era o do Sr. Vicente Pereira, que ficava em frente da atual Paróquia Santo Antônio. No centro, freqüentavam a Casa Fernando Tilp & Cia.; João Bonito; Alfredo Boehrn & Cia.; Padaria Brunkow e Mercado Municipal. Conta o Sr. Adolfo Garcia: No Mercado Municipal íamos buscar sardinha, que não era comprada em quilo, mas a um mil réis o cento. Para chegarmos ao comércio íamos a pé ou de carroça. A energia elétrica, segundo depoimentos, na década de 40 já estava instalada nas casas até a Casa da Cultura.SANTA CATARINAPopulação 11.740 (IBGE 2000)HistóriaORIGEM DO NOMEA abertura da Estrada Santa Catarina ou Katharinenstrasse data do princípio da década de 60 do século passado, segundo o historiador Carlos Ficker. Era bastante estreita, com valetas laterais e a atual Avenida Getúlio Vargas em nada nos lembra do seu aspecto original. Mas essa estrada desempenhou fundamental importância tanto para o desenvolvimento do município como para o alargamento de seus limites territoriais.

Atualmente, a antiga Katharinenstrasse recebe a denominação de Avenida Getúlio Vargas até a Estação Ferroviária, e a partir daí Rua Santa Catarina, até os limites de nosso Município com o Município de Guaramirim. A ligação terrestre com município de São Francisco do Sul se fazia cada vez mais necessária. A partir de 1906, iniciou se a implantação da linha férrea. Neste mesmo ano uma locomotiva da Estrada de Ferro transpôs, pela primeira vez, a ponte provisória do canal do linguado. Em 29 de julho de 1906 chegou o primeiro comboio na Estação de Joinville, recepcionado com a banda musical Guarany e por uma platéia de curiosos, marcando este fato o início de uma época de grande desenvolvimento para o município. Inegavelmente o Bairro Santa Catarina recebeu este nome em função de sua importante estrada. Esta, por sua vez, segundo os moradores entrevistados, foi assim chamada porque em determinada época constituiu a única via de ligação entre Joinville e Florianópolis, então denominada de ilha de Santa Catarina. Outras denominações foram dadas ao bairro, tais como Santa Terezinha e João Comes de Oliveira, mas persistiu a denominação anterior e através da Lei 2.376 de 12/01/1990.

CLUBES E SALÕESConforme relato de alguns moradores, tais como os Srs. Edgar Dunzer e Emílio Boettcher, estes já possuíam energia elétrica em suas residências desde a década de 40, embora os demais moradores afirmem que ela date do final da década de 50 e que dessa época em diante foi se expandindo, atendendo as necessidades e reivindicações dos mesmos. Muitos moradores utilizam ainda água de poço, embora este benefício o já tenha sido estendido à maior parte da região desde a década de 70.Os clubes e salões do bairro realizavam periodicamente bailes, principalmente em datas comemorativas, tais como Natal, Ano Novo, Espírito Santo e Páscoa. Esses bailes eram animados por conjuntos e bandas, e entre eles podemos citar: Krüger e seu Conjunto, Bandinha Weiss. No Bairro Santa Catarina grandes bailes aconteceram na Sociedade Esportiva e Recreativa Vera Cruz, que segundo D. Carmelina Maria Batista Borges em seu inicio era um galpão coberto de palha. O Sr. João Boettcher nos conta que antigamente era festejado o dia de Reis, cujos ternos saiam cantando no dia 6 de janeiro. 0 Boi de Mamão foi outra tradição mantida até poucos anos atrás.SANTO ANTÔNIOPopulação 4.734 (IBGE 2000)HistóriaORIGEM DO NOMEO bairro recebeu essa denominação em função da Igreja Santo Antônio, construída na década de 60, embora de acordo com a planta da cidade, esta não se localize no bairro. Esta região, porém, já recebeu outras denominações, ligadas diretamente ao desenvolvimento da Colônia Dona Francisca. Sua principal artéria, também em homenagem à Princesa, se denominava Dona Francisca e era conhecida ainda por Serrastrasse ou Estrada da Serra, por ligar a então colônia a outras localidades.O Bairro Santo Antônio recebeu a delimitação através da Lei nº 1526 de 05/07/1977.Apolinário Ternes, em História Econômica de Joinville, pág. 64, esclarece: A decisão de iniciar a estrada, logo no terceiro e quarto ano de instalação dos primeiros imigrantes, constituiu, sem dúvida, iniciativa de arrojada visão, pois a Estrada Dona Francisca exerceria notável influência no ritmo de desenvolvimento da colônia.A construção da Estrada Dona Francisca serviu de elo de ligação entre a Colônia e Curitiba contribuiu também para a instalação de outros núcleos populacionais ao longo do seu trajeto. Por volta da década de 30, a região não dispunha ainda de ruas laterais. Pelo volume de tráfego, principalmente de carroças, naquela época, a Dona Francisca já era uma rua larga, ensaibrada; a atual Rua Rui Barbosa (antiga Kreutzstrasse) já existia e fazia a ligação com o Bairro Vila Nova; a Estrada do Braço (Brassenstrasse) também já existia e ligava a Colônia à Estrada da Ilha. A Rua Prudente de Morais era conhecida por Stockstrasse, em função do comércio do Sr. Emílio Stock.O Rio Cachoeira, conta Osvaldo Edmundo Scholz, tinha águas de cristal, sua nascente é próxima (no bairro Costa e Silva) e dele tiravam areia branca, bonita, que era vendida nas obras. 0 leito era estreito e nesse trecho não era navegável. Era como uma cachoeira mesmo e tinha muito peixe.A COMUNIDADEA energia elétrica foi implantada no bairro, aos poucos, entre os anos 30 e 50. A água encanada veio fazer parte do cotidiano da população a partir da década de 40. Antes usávamos as águas da nascente do Rio Cachoeira, que nos atendia tanto com água potável como para lavar roupa. Depois passamos a utilizar água que vinha com os carros pipas (fato ocorrido entre as décadas de 20 e 30) informa D. Irma Polzin Pereira. Os banhos, antes dos chuveiros elétricos, eram tornados em banheira de madeira.A pavimentação da Estrada Dona Francisca foi um dos acontecimentos mais marcantes da região, merecendo uma festa em comemoração. Até a década de 70, a gente transitava em ruas alagadas e quando a rua foi calçada fizemos uma festa no Grêmio Esportivo 25 de Agosto para comemorar, relata o Sr. Detroz. Segundo as pessoas entrevistadas, as horas de trabalho sobrevinham as de lazer, que eram muito bem aproveitadas: havia muitos bailes nos salões Estrela Esporte Clube, Mala, Schramm, Affonso Voss (onde atualmente localiza se a Döhler S.A. Comércio e Indústria), Grêmio Esportivo 25 de Agosto, Ertzinger e Catarinense, sendo que transcorriam extremamente alegres e sempre contando com a maior parte dos moradores.LOCALIZAÇÃO PRIVILEGIADAUma curiosidade a ser citada é a presença da Orquestra da Fiação joinvilense nos bailes que eram realizados no Salão Catarinense. Essa mesma orquestra acompanhava o prefeito Dr. João Colin em seus comícios. O Bairro Santo Antônio ocupa uma posição geográfica muito privilegiada em Joinville, próximo à Zona Industrial. O bairro cresceu rapidamente tornando se uma região predominantemente residencial. O Grêmio Esportivo 25 de Agosto antes era conhecido por Arsenal Futebol Clube, e por desavenças entre seus participantes, foi desativado, sendo substituído a partir de 25/08/1961 pelo Grêmio Esportivo 25 de Agosto, local muito freqüentado pelos moradores de toda cidade.SÃO MARCOSPopulação 3.876 (IBGE 2000)Atividade Econômica 14 indústrias - 78 pontos comerciais - 119 prestadores de serviçosEducação 1 Jardim de Infância, 1 escola, 1 CeiSaúde 1 posto de saúdeHistóriaA ORIGEM DO NOMEO Bairro São Marcos não tinha esta denominação. A princípio, esse bairro foi conhecido apenas como Salão Reiss, devido a proximidade do salão do mesmo nome, e que era ponto de encontro dos moradores, passando à atual denominação com a fundação da Paróquia São Marcos, no início da década de 70.A COMUNIDADEAs comunidades do Bairro São Marcos é constituída em sua maioria por católicos e evangélicos luteranos, os quais enfrentaram grandes dificuldades, em virtude da distância entre suas residências e os locais onde realizavam suas práticas religiosas. Ao analisarmos as condições das ruas e dos meios de transporte, limitadas a carroças e bicicletas, perceberemos que se locomover para o centro da cidade onde estavam as igrejas e a paróquia era, na grande maioria das vezes, um problema para a população. Vivendo quase que exclusivamente da agricultura e pecuária, o bairro beneficiou se com a construção do Matadouro Municipal onde localiza se atualmente o Restaurante e Churrascaria do Ataliba Ltda. A história do Bairro São Marcos está intimamente ligada com a do Bairro Nova Brasília.DESCENDENTES DE ALEMÃESO Bairro São Marcos foi criado segundo a Lei 1.526 de 05/07/1977. Como relatam alguns de seus moradores, sempre foi um lugar próspero e vem crescendo muito, acompanhando o desenvolvimento de Joinville. As primeiras famílias eram descendentes dos alemães que vieram para o Brasil no século XIX, com o intuito de explorar e colonizar novas terras.Segundo depoimentos, a princípio, as estradas do bairro não passavam de picadas, ou seja, pequenas entradas na mata, que dificultavam o acesso dos moradores ao centro da cidade. Havia a completa falta de infraestrutura da região e as adversidades da natureza que ressaltam a luta dos moradores que lá se estabeleceram. Era muito difícil transportar mercadorias. Íamos até a cidade, mas tínhamos de parar no meio do caminho para arrumar a carroça, porque só tinha buraco na rua, contam os mais velhos.VILA CUBATÃO VILA NOVAPopulação 15.682 (IBGE 2000)Atividade Econômica 69 indústrias - 314 pontos comerciais - 339 prestadores de serviçosEducação 12 escolas municipais - 1 Cei - 1 Jd. de InfânciaSaúde 4 postos de saúdeHistóriaA ORIGEM DO NOMEA atual Rua XV de Novembro situada no Bairro Vila Nova, no início da colonização recebeu a denominação de Estrada do Sul e há pouco tempo é conhecida pelo atual nome. Existem controvérsias a respeito da origem do nome do bairro. Segundo Norma Baumer a localidade era conhecida por Neudorf (Vila Nova), mas por volta de 1940 passou a denominar se Vila Nova, talvez em função da proibição de se falar alemão durante a guerra. Com efeito, lemos em Ficker, página 247: Nesse mesmo mês (fevereiro de 1866), fundou se o novo núcleo colonial no final da Estrada Blumenau. Já Gerhard Dietrich Barkerneyer e outros moradores afirmam que, na década de 40, houve a necessidade de transferência da Escola e da Igreja de Anaburgo para o bairro e, por este motivo, veio a denominar se Vila Nova.A COMUNIDADEA comunidade era composta, em sua maior parte, de protestantes e católicos. A Igreja da Estrada Anaburgo acolheu a maioria dos moradores em seus cultos e preparações para a Confirmação, embora boa parte destes freqüentasse também a Paróquia da Paz e chegavam até ela, a pé ou de carroça. Os católicos da região se dirigiam à Igreja Cristo Rei (na Estrada do Sul) e à Catedral (quando ainda apresentava o templo antigo, no morro, no mesmo local onde hoje está construída).A escola mais freqüentada pelas crianças da região nas décadas de 30/40 era a escola situada na Estrada Anaburgo, onde aprendiam inicialmente o alemão e que se estendia somente até a 3ª série do primário. Para as séries posteriores tinham que se deslocar à cidade ou a outros bairros.VILA NOVAO Bairro Vila Nova foi legalmente criado pela Lei nº 1553/77, datada de 10 de novembro de 1977, quando era prefeito de Joinville o Dr. Violantino Afonso Rodrigues. O Bairro Vila Nova tem raízes nos primórdios da colonização de Joinville, em razão da necessidade de se estender os limites da antiga colônia através de uma picada que a ligasse à serra, fato que traria importantes resultados à Colônia, pois a ligaria à cidade de Curitiba. Outro fator que levou a Colônia a expandir se está ligado à procura dos terrenos por seus respectivos proprietários, utilizando se de algumas picadas já existentes, em geral no sentido Rio Cachoeira Serra do Mar, através de riachos que apresentavam determinada profundidade navegável.Carlos Fücker, em A História de Joinville, página 130, diz: antes de chegar ao pé da serra, porém, os pioneiros atravessaram um vasto pantanal e baixada formada pelos rios: Águas Vermelhas e das Botucas (Motucas), antes de sua confluência com o Rio Piraí Piranga. Este vasto pantanal seria exatamente onde hoje se localiza o Bairro Vila Nova, situação que perdurou até mais ou menos 1936/37, segundo afirmações de Gerhard Dietrich Barkemeyer, quando foi aberta a estrada lateral para a circulação de veículos e pedestres e para o aterro do trecho onde hoje está situada a Rua XV de Novembro.TODOS PLANTAVAM E CRIAVAM ANIMAISFoi nessa região que se fixaram os imigrantes que deram início à zona rural do município. Com uma vida bastante difícil, estas pessoas se dedicaram à criação de animais, uma agricultura de subsistência e às atividades que viriam suprir as necessidades da recém nascida vila tais como ferreiro, pedreiro, oleiro, donos de engenho etc. A região era uma verdadeira colônia segundo relato de Norma Baumer, todos plantavam e criavam animais, e estes produtos quase não tinham valor no local, pois todos os tinham, fazendo com que fossem vendê los na cidade.As estradas eram de péssima conservação e seu estado piorava muito em dias de chuva, quando o condutor da carroça precisava, muitas vezes, retirar a carga do seu interior para colocar paus na estrada, calçar a carroça e fazer a travessia do trecho, para posteriormente recarregá la e seguir seu caminho. O comércio mais próximo da vila pertencia ao Sr. Francisco Boehm (secos e molhados), sendo que mais tarde, por volta de 1937, surgiram os comércios do Sr. Baumer e do Sr. Pensky. As primeiras arrozeiras da vila, pertencentes a Francisco Silva e Gerhard Barkermeyer, foram feitas em 1.936 e 1940, respectivamente.

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