' Interpretação da Campanha do Contestado - 01/01/1960 de ( registros) Wildcard SSL Certificates
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Interpretação da Campanha do Contestado
1960. Há 64 anos
Um ano depois da sua chegada, estando já em São Paulo, sede do seu govêrno, mandou D. Luís Antônio de Sousa passar Carta Patente de Capitão-Mór do sertão de Curitiba a Antônio Corrêa Pinto, a fim de "fazer povoar o certam de Coritiba e tôda aquela campanha que vai para o sul até as fronteiras desta Capitania". Tendo noticias de que na paragem chamada "as Lages, sita no sertão de Curitiba", havia terras "suficientes para estabelecer hua bôa povoaçam", ordenou, a 9 de agôsto de 1766, fôsse o dito Correa Pinto fundá-la, dirigi-la e administrá-la, escrevendo na ocasião ao Governador do Rio Grande, José Custódio de Faria, para que prestasse o auxilio de que aquêle necessitasse. [Página 38]

Enquanto as cartas iam e as cartas vinham, o tempo foi passando e, em novembro do mesmo ano, retirou-se o Conde da Cunha para Lisboa, nomeado Presidente do Conselho Ultramarino, passando o Vice-Reinado ao Conde de Azambuja, sem que o assunto dos limites tivesse sido resolvido definitivamente. Já então a querela penetrara o terreno eclesiástico e se defrontavam com impugnações a´i respectivas autoridades - questão na qual, com a parcialidade que vinha apresentando, se meteu o Morgado.

Tão capciosamente o fêz que, informando ao Conde de Azambuja sôbre a questão de limites levantada pelo Vigário da Vara do Rio Grande, apresen tou os Provimentos de Rafael Pardinho, baixados em Curitiba, datados de 1721, nos quais se estabeleciam os limites dessa Vila com os de Sorocaba (pelo Itararé), ficando aquela com os sertões ao sul, mas não apresentou os Provimentos do mesmo Ouvidor em São Francisco, nos quais estabelecera que os limites meridionais do Paranaguá, confrontando com o norte do Têrmo da Vila catarinense,·eram pela barra do Rio Guaratuba, deixando claro e preciso que a [Página 42]

No POENTE, entretanto, a história foi outra. A Serra do Mar continuou a ser, por longo tempo, o limite do homem litorâneo. Limite dos seus horizontes e das suas conquistas, barreira, sem dúvida, vencida pelos caminhos abertos pelo seu arrôjo, mas não subjugado pela fôrça conquistadora da sua audácia.

Os homens que habitavam além da barreira natural eram diferentes. Tinham outra origem, outros costumes, outra índole, outra cultura, outra história.

Os primeiros que atravessaram o planalto, de sul a norte, os tropeiros que subiram pelo morro dos Conventos, vencendo a Serra do Mar rumo a Sorocaba, foram os homens do sul. Mas apenas o atravessaram, marcando com os pousos de emergência as etapas da travessia. Não se fixaram ali.

Depois, quando o litoral já se encontrava povoado de açorianos, a penetração se processou de norte para o sul e foram os sertanistas de São Paulo !ue abalaram para as fundações instáveis de Correia Pinto, até encontrarem o local apropriado para a fundação de Lajes. Aí se estabilizaram. A natureza favorecia não a agricultura, como na faixa costeira, mas a pecuária, com os seus campos extensos e os seus capões apropriados para as invernias. O aventureiro paulista, acostumado aos arrojados cometimentos contra o sertão, aos perigos da caça ao bugre, às incertezas da busca dos tesouros da terra, nem se fixou, nem continuou errante: - escolheu o meio têrmo, estabelecendo-se, levantando uma espécie de pôuso duradouro, dividindo suas horas entre êle e as fainas do pastoreio, que o mantinham seminômade, errante, pela extensão dos campos. Não havia a transumância a exigir o abalo de tôda a organização social empós o gado - mas havia o cuidado permanente a exigir a fiscalização das pastagens, através dos rodeios, a transferência do gado de uns para outros, de acôrdo com as estações, para a recuperação dos pastos, a marcação, o cuidado às crias - a faina dura mas alegre e livre do pastoreio. Era um seminomadismo que convinha à sua índole aventureira, pois não o prendia senão escassamente à ~ terra, deixando-lhe a ilusão de uma liberdade absoluta. Descobriu, assim, nestas excursões, os CampÕs Novos, mas tudo faz crer que não tivesse atravessado o Rio elo Peixe. Atravessou, entretanto, inúmeras vêzes, o Negro, tocando as boiadas para as feiras de Sorocaba. [Páginas 85 e 86]

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