'A esquadrilha de André Gonçalves entra no Rio de São Francisco 0 28/08/1501 Wildcard SSL Certificates
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   28 de agosto de 1501, quarta-feira
A esquadrilha de André Gonçalves entra no Rio de São Francisco
      Atualizado em 25/02/2025 04:41:06

•  Fontes (3)
  
  


1501 — A esquadrilha de André Gonçalves e Américo Vespúciochega ao cabo a que deram o nome de Santo Agostinho. Gonçalves eVespúcio faziam a exploração da costa brasileira do cabo de São Roquepara o Sul. Cumpre notar que o cabo de Santo Agostinho parece ser ode Santa Maria de la Consolación, descoberto no dia 26 de janeiro de1500 por Vicente Pinzón.[1]

Na mesma occasião, Alonso de Hojeda e Américo Ves- pucio apparécem em excursão ás novas terras, em compa- nhia do piloto e roteirista Juan de La Cosa, de cuja via- gem resultou o primeiro e mais antigo mappa do Brasil, de autoria deste La Cosa. Desceram elles ao que se sábe até 6 grãos de latitude Norte e a 8 gráos de latitude Sul. (1) Lógo em seguida, vem Diego de Lepe, cm nóva expe- dição castelhana, apezar de saberem os hespanhóes, que aquella terra, pelo Tratado de 1494, não lhes pertencia. A única cousa que justificaria as arribadas castelhanas ao Nórte do Brasil, seria a declaração por parte delles, de es- tarem verificando onde ficava o ponto exacto de interferên- cia entre a cósta e o meridiano de Tordesilhas. Parece que, de facto essa foi a intenção dos primeiros expedicionários hespanhóes, visto que não desceram alem dos referidos oito gráos de latitude sul. [2]

Surgiram assim: O cabo São Roque, baptisado a 16-8- 1501, o cabo de Santo Agostinho a 28 do mesmo mez, o Rio de São Francisco a 4 de Outubro, a Bahia de Todos os San- tos a L° de Novembro (?), o Cabo de São Thomé a 21 de Dezembro, e o Rio de Janeiro a 1.° de Janeiro de 1502; a Angra dos Reis a 6 de Janeiro desse anno. São Sebastião a 20 do mesmo, São Vicente a 22 (actual estuário de Santos) e por fim Cananôr. que é a mesma Cananéa, ultimo ponto da cósta bem estabelecido e descripto por Vespucio, (1) e (2), apezar de saber-se pela primeira carta do florentino, que a Armada desceu até á altura de 32 gráus, visinhanças do Rio da Prata, correndo como se vê, territórios colloca- dos fóra dos direitos de Portugal pelo Tratado de Tordesi- lhas. O eminente Dr. Sophus Ruge, Cathedr atiço do Ins- tituto Polytechnico Real de Dresde, em sua preciosa u HIS- TORIA DA ÉPOCA DOS DESCOBRIMENTOS", prefaciada e annotada pelo Lente de Historia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Manoel de O1iveira Ramos — á pagina 298, apresenta a mesma relação de baptismos ves- pucianos, citando também o Rio de São Miguel, o de Santa Lúcia (hoje Rio Doce) conforme o mappa de Vaz Doura- do, de 1571. [3]



 Fontes (3)

 1° fonte/1587   

Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil
Data: 1587

CAPÍTULO XX - Que trata da grandeza do rio de São Francisco e seu nascimento

Muito havia que dizer do rio de São Francisco, se lhe coubera fazê-lo neste lugar, do qual se não pode escrever aqui o que se deve dizer dele, porque será escurecer tudo o que temos dito, e não se pode cumprir com o que está dito e prometido, que é tratar toda a costa em geral, e em particular da Bahia de Todos os Santos, a quem é necessário satisfazer com o devido. E este rio contente-se por ora de se dizer dele em suma o que fôr possível neste capítulo, para com brevidade chegarmos a quem está esperando por toda a costa.

Está o rio de São Francisco em altura de dez graus e um quarto, o qual tem na boca da barra duas léguas de largo, por onde entra a maré com o salgado para cima duas léguas somente, e daqui para cima é água doce, que a maré faz recuar outras duas léguas, não havendo água do monte. A este rio chama o gentio o Pará, o qual é mui nomeado entre todas as nações, das quais foi sempre muito povoado, e tiveram uns com outras sobre os sítios grandes guerras, por ser a terra muito fértil pelas suas ribeiras, e por acharem nele grandes pescarias.

Ao longo deste rio vivem agora alguns caetes, de uma banda, e da outra vivem tupinambás; mais acima vivem os tapuias de diferentes castas, tupinaés, amoipiras, ubirajaras e amazonas; e além delas vive outro gentio (não tratando dos que comunicam com os portugueses), que se atavia com jóias de ouro, de que há certas informações. Este gentio se afirma viver à vista da Alagoa Grande, tão afamada e desejada de descobrir, da qual este rio nasce. E é tão requestado este rio de todo o gentio, por ser muito farto de pescado e caça, e por a terra dele ser muito fértil como já fica dito; onde se dão mui bem toda a sorte de mantimentos naturais da terra.

Quem navega por esta costa conhece este rio quatro e cinco léguas ao mar pelas aguagens que dele saem furiosas e barrentas. Navega-se este rio com caravelões até a cachoeira, que estará da barra vinte léguas, pouco mais ou menos, até onde tem muitas ilhas, que o fazem espraiar muito mais que na barra, por onde entram navios de cinquenta tonéis pelo canal do sudoeste, que é mais fundo que o do nordeste. Da barra deste rio até a primeira cachoeira há mais de 300 ilhas; no inverno não traz este rio água do monte, como os outros, nem corre muito; e no verão cresce de dez até quinze palmos. E começa a vir esta água do monte, de outubro por diante até janeiro, que é a força do verão nestas partes; e neste tempo se alagam a maior parte destas ilhas, pelo que não criam nenhum arvoredo, nem mais que canas bravas de que se fazem flechas.

Por cima desta cachoeira, que é de pedra viva, também se pode navegar este rio em barcos, se se lá fizerem, até o sumidouro, que pode estar da cachoeira oitenta ou noventa léguas, por onde também tem muitas ilhas. Este sumidouro se entende no lugar onde este rio sai de debaixo da terra, por onde vem escondido, dez ou doze léguas, no cabo das quais arrebenta até onde se pode navegar, e faz seu caminho até o mar. Por cima deste sumidouro está a terra cheia de mato, sem se sentir que vai o rio por baixo, e deste sumidouro para cima se pode também navegar em barcos, se os fizerem lá; os índios se servem por èle em canoas, que para isso fazem. Está capaz este rio para se perto da barra dele fazer nina povoação valente de uma banda, e da outra para segurança dos navios da costa, e dos que o tempo ali faz chegar, onde se perdem muitas vezes, e podem os moradores que nele vivem, lazer grandes fazendas e engenhos até a cachoeira, em derredor da qual há muito pau-brasil, que com pouco trabalho se pode carregar.

Depois que êste Estado se descobriu por ordem dos reis passados, se trabalhou muito por se acabar de descobrir êste rio por todo o gentio que nele viveu, e por êle andou afirmar que pelo seu sertão havia serras de ouro e prata, à conta da qual informação se fizeram muitas entradas de todas as capitanias sem poder ninguém chegar ao cabo; com êste desengano e sobre esta pretensão veio Duarte Coelho a Portugal da sua capitania de Pernambuco a primeira vez, e da segunda também teve desenho; mas desconcertou-se com S. A. pelo não fartar das honras que pedia.

E sendo governador deste Estado Luís de Brito de Almeida, mandou entrar por este rio acima a um Bastião Álvares, que se dizia do Porto Seguro, o qual trabalhou por descobrir quanto pôde, no que gastou quatro anos e um grande pedaço da Fazenda d’el Rei, sem poder chegar ao sumidouro, e por derradeiro veio acabar com quinze ou vinte homens entre o gentio tupinambá, a cujas mãos foram mortos, o que lhe aconteceu por não ter cabedal da gente para se fazer temer, e por querer fazer esta jornada contra água, o que não aconteceu a João Coelho de Sousa, por que chegou acima do sumidouro mais de cem léguas, como se verá do roteiro que se fêz da sua jornada. À boca da barra deste rio corta o salgado a terra da banda do sudoeste, e faz ficar aquela ponta de areia e mato em ilha, que será de três léguas de comprido. E quando este rio enche com água do monte… não entra o salgado com a maré por êle acima, mas até à barri é água doce, e traz neste tempo grande correnteza.


 2° fonte/1937   

“História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
Data: 1937

Surgiram assim: O cabo São Roque, baptisado a 16-8-1501, o cabo de Santo Agostinho a 28 do mesmo mez, o Rio de São Francisco a 4 de Outubro, a Bahia de Todos os Santos a L° de Novembro (?), o Cabo de São Thomé a 21 de Dezembro, e o Rio de Janeiro a 1.° de Janeiro de 1502; a Angra dos Reis a 6 de Janeiro desse anno. São Sebastião a 20 do mesmo, São Vicente a 22 (actual estuário de Santos) e por fim Cananôr. que é a mesma Cananéa, ultimo ponto da cósta bem estabelecido e descripto por Vespucio, (1) e (2), apezar de saber-se pela primeira carta do florentino, que a Armada desceu até á altura de 32 gráus, visinhanças do Rio da Prata, correndo como se vê, territórios collocados fóra dos direitos de Portugal pelo Tratado de Tordesilhas.

O eminente Dr. Sophus Ruge, Cathedratiço do Instituto Polytechnico Real de Dresde, em sua preciosa u HISTORIA DA ÉPOCA DOS DESCOBRIMENTOS", prefaciada e annotada pelo Lente de Historia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Manoel de O1iveira Ramos — á pagina 298, apresenta a mesma relação de baptismos vespucianos, citando também o Rio de São Miguel, o de Santa Lúcia (hoje Rio Doce) conforme o mappa de Vaz Dourado, de 1571.


 3° fonte/1938   

Efemérides Brasileiras, José Maria da Silva Paranhos Jr. (1845-1912)
Data: 1938

A esquadrilha de André Gonçalves e Américo Vespúcio chega ao cabo a que deram o nome de Santo Agostinho. Gonçalves e Vespúcio faziam a exploração da costa brasileira do cabo de São Roque para o Sul. Cumpre notar que o cabo de Santo Agostinho parece ser o de Santa Maria de la Consolación, descoberto no dia 26 de janeiro de 1500 por Vicente Pinzón.



[15938] Gabriel está em Madrid. Notícia do Brasil, também conhecido como Tratado Descritivo do Brasil
01/03/1587

[24418] “História de Santos”. Francisco Martins dos Santos
01/01/1937

[28106] Efemérides Brasileiras, José Maria da Silva Paranhos Jr. (1845-1912)
01/01/1938

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A não ser que eu esteja convencido pelo testemunho das Escrituras ou pela razão clara pois não confio nem no papa ou em concílios por si sós, pois é bem sabido que eles frequentemente erraram e se contradisseram) sou obrigado pelas Escrituras que citei e minha consciência é prisioneira da palavra de Deus. Não posso e não irei renegar nada, pois não é nem seguro e nem correto agir contra a consciência. Que Deus me ajude. Amém.



Data: 18/04/1521
Fonte: Lutero



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