Carta de Américo Vespúcio a Soderini, em que descrevia as suas viagens e, entre elas, as duas que fizera ao Brasil
Atualizado em 25/02/2025 04:41:06
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1504 — Carta de Américo Vespúcio a Soderini, em que descreviaas suas viagens e, entre elas, as duas que fizera ao Brasil. Foi publicadaem abril de 1507. Antes desta, houve outra, dirigida a Lourenço deMedicis e publicada sem data no ano de 1504.
24 de Agosto de 1501 - diante do cabo de São Roque, os oficiais e marinheiros da esquadrilha de André Gonçalves, o qual vinha fazer a exploração do litoral brasileiro (ver 16 de agosto), ficaram instruídos da antropofagia dos nossos indígenas. Um marinheiro, atraído para longe da praia, foi morto traiçoeiramente, cortado em pedaços e comido depois de passado no fogo. Américo Vespúcio refere por miúdo essa cena de canibalismo em sua carta de 4 de setembro de 1504 a Soderini. Dois outros portugueses, que desde o dia 17 não voltavam, tiveram sem dúvida a mesma sorte.[1]
a demarcação das terras do hrazil; e, com eflfeito, depois de attíngir a costa do novo continente, a amiada sondou baixos e rios, poz padrões das armas portuguezas, ao longo da mesma costa, por onde ia passando, até que Américo Ves- pucio, já separado da náo capitánea, chegou a uma bahia, que então foi denominada de Todos os Santos. (*) Esta segunda expedição perdeu a náo capitánea, em ura cachopo; e a de Américo Vespucio, depois de demorar- sc na bahia de Todos os Santos, segulo para um porto, onde foi levantada uma fortaleza (Caravelas talvez), e onde deixou vinte e quatro homens, mantimentos para seis mezes, doze bombardas e muitas outras armas, com as necessárias munições, retirando-se para Portugal com carregamento de pau hrazil^ após feito o mappa da altura das terras percorridas. A Lisboa chegou em 1504, pois que desse anno, aos 4 de Setembro, ó datada a sua carta sobre essa segunda viagem. (**) Nesse mesmo anno de 1504 o fidalgo da casa real Fernando de Noronha obtivera de El-Rei D. Manoel a ftívm audito, haud contentnA,,, Gonsalvem Coelivm,,. misit^ attribvta classe *fjt navium. Mas, da cirta de Américo Vespucio a Pedro Soderini, escripta de Lisboa em 4 de Setembro de 1504, resulta que elle fora também o piloto desta expedição. () Cumpre não confundir esta bahia com a também assim (lenominada na ilha do Maranhão, por Alexandre de Moura, quando ahi entrou em 1.» de Novembro de 1615, para expulsar os francezes, segundo refere Berredo, Annaes históricos do Maranhão^ 389. O nome não prevaleceu. A bahia mencionada no texto é a que ainda hoje traz esse nome ; — dando-o egualmente á cidade da Bahia. Também não logrou conservar esse nome o estreito, no extremo sul da America, descoberto por Fernando de Magalhães em l.
de Novembro de 1520. (*•) Mello Moraes, na citada Corographia^ transcreve essa e a primeira carta de Américo Vespucio, sobre as duas viagens — 1501 e 1502. Mas, não declarando os nomes dos capitães-móres, de uma e de outra, tem trazido em controvérsia os chronistas ; mesmo porque também é mencionada por alguns uma
Carta de Américo Vespúcio a Soderini, em que descrevia as suas viagens e, entre elas, as duas que fizera ao Brasil. Foi publicada em abril de 1507. Antes desta, houve outra, dirigida a Lourenço de Medicis e publicada sem data no ano de 1504.
O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.
Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?
Quantos ou quais eventos são necessários para uma História? Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.
Mary Del Priori, historiadora:
Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.
Lia Calabre, historiadora:
A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]
Quantos registros?
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.
Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.
Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.
Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.