1816 — Combate de São Borja em que o tenente-coronel José deAbreu (depois marechal de campo e barão de Cerro Largo) derrotaa divisão do coronel Andrés Artigas.
Abreu tinha sido destacadodo Ibirapuitã pelo general Curado, para socorrer o general ChagasSantos, comandante do distrito das Missões Brasileiras.
Desde o dia21, Andrés Artigas sitiava este último general em São Borja, com doismil correntinos e guaranis; no dia 28, havia sofrido grande perda emum assalto que dera às nossas trincheiras. No dia 21, Abreu repeliu,na foz do Ibicuí, a divisão de Pantaleón Sotelo; no dia 27, derrotou umtroço de inimigos em Ituparaí; na manhã de 3 de outubro, apresentou-sediante de São Borja com 693 homens das três Armas rio-grandenses epaulistas, e duas peças. Andrés Artigas foi completamente desbaratado,perdendo 470 mortos e prisioneiros, as duas peças que tinha, toda abagagem e dois mil cavalos. Os inimigos fugiram, uns pelo Passo deSão Borja, outros na direção de Botuí. Em perseguição destes, marchouuma coluna de cavalaria, comandada pelo capitão Paula Prestes (ver 4 OBRAS DO BARÃO DO RIO BRANCO564de outubro); contra os outros, o general Chagas expediu a artilharia, ainfantaria de São Paulo que viera com Abreu, e a de Santa Catarina queestava na vila. A artilharia, assestada na margem e dirigida pelo tenenteLuz, de São Paulo, afugentou a canhoneira de Justo Yedros e meteu apique outra carregada de fugitivos. Em menos de um mês, foram assimexpulsos os invasores do distrito das Missões.
Nós temos a pretensão que temos artistas, porque temos Portinari, porque temos Vila- Lobos, ou temos Beethoven. Então isso nos da aparência, o orgulho de que nós temos arte. Nós não temos arte porra nenhuma. Porque tanto Picasso quanto Beethoven pertencem a grupos muito pequenos. Bom, até que agora 1977) os instrumentos de massa estão permitindo que mais outras pessoas se comuniquem com isso. Mas é tudo um código complicado para que um popular chegue a entender isso. Na maior parte das vezes não chega. Ninguém chega a entender.
Data: 01/11/1977 Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*