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   17 de março de 1994, quinta-feira
Justiça indeniza perda de virgindade
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


A perda da virgindade da comerciante paulista Araci Sampaulesi, 42, e sua gravidez não-assumida pelo namorado, Vagner José Marins, morto em um acidente de carro em 1986, vai render uma indenização de CR$ 1 milhão (valor de dezembro de 93), que corrigido pelo dólar comercial representa hoje CR$ 2,8 milhões.

Por uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça), José Marins e Maria Dolores, pais de Vagner, serão responsabilizados pelas "promessas de casamento" feitas pelo filho há 24 anos.

O ministro-relator do processo no STJ, Barros Monteiro, tomou a decisão com base no artigo 1.548 do Código Civil, que responsabiliza os pais pelas infrações dos filhos menores de idade.

A decisão levou em consideração, segundo o processo, o fato de os pais de Vagner terem se oposto ao casamento com Araci –na época com 17 anos– e não terem reconhecido a filha do casal, Andreia Sampaulesi. Vagner era filho de uma família do interior paulista e quando morreu, aos 33 anos, possuia 18 prédios em Sorocaba, um apartamento em Santos (SP), ações do Banco do Brasil e Bradesco e um lote de 20 mil ações da Petrobrás.

Araci entrou na Justiça requerendo 30% do espólio três meses depois da morte do ex-namorado. "Seu José, o pai do Vagner, me ofereceu dinheiro para que retirasse o processo, mas não aceitei", disse Araci. A indenização estipulada pelo STJ não chega a 1% do valor dos bens do ex-namorado.

Os dois se encontraram pela primeira vez no início de 1970, em Sorocaba e, segundo consta no processo, Araci perdeu a virgindade aos 17 anos depois de Vagner ter lhe prometido casamento.

Em agosto de 70, Araci engravidou. De acordo com seu depoimento, até então só havia mantido relações sexuais com Vagner por cinco vezes. A filha, Andreia, nasceu em abril de 71.

O processo no STJ revela que os avós maternos registraram a menina como filha. Araci tinha vergonha de ser mãe solteira. Araci pretente, nas próximas semanas, entrar com um processo de reconhecimento de paternidade, o que tornará a filha herdeira dos bens da família Marins.

Anexadas ao processo estão as notas de depósitos bancários feitos pelos pais de Vagner em favor de Araci durante sua estada em São Paulo –solução arrumada para que ela saísse de Sorocaba. O parto também teria sido pago pela família de Vagner. (Daniela Pinheiro e Aureliano Biancarelli).


Relacionamentos

Curiosidades
  Registros (530)
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O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros?

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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