17 de abril de 1956, terça-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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O CÃO QUE ENCONTROU MENINO DESAPARECIDO E SE TORNOU O 1º CACHORRO NOMEADO CABO DA PMTrabalho de pastor alemão salvou canil da polícia de fechamento em 1956Vinícius Lemos02/01/2020 - 12:42Pintura que homenageia o policial Muniz, o cão Dick e o menino Eduardinho, resgatado pela dupla nos anos 1950 Foto: PMSPPintura que homenageia o policial Muniz, o cão Dick e o menino Eduardinho, resgatado pela dupla nos anos 1950 Foto: PMSPBBC topo (Foto: BBC)PUBLICIDADEEm 1953, um filhote de pastor alemão foi abandonado na porta do canil da Polícia Militar de São Paulo. O cachorro foi adotado pelos policiais, recebeu o nome de Dick e foi treinado para que pudesse integrar a equipe da PM. Ninguém imaginaria que ele fosse se tornar, dali a alguns anos, um dos maiores símbolos da instituição.Os cães que integram equipes de polícia recebem treinamento para que possam atuar em atividades como busca por explosivos ou drogas e resgate de pessoas desaparecidas em diferentes situações.Os militares da época perceberam a aptidão de Dick para os trabalhos policiais logo nos primeiros treinamentos do cão. Ele passou a integrar as equipes que participavam das ocorrências. O desempenho do animal era considerado excelente durante as atividades, como buscas por objetos desaparecidos ou procura por explosivos.Cada cachorro era parceiro de um membro da polícia, que era responsável por cuidar do animal e acompanhá-lo nas ações. O companheiro de Dick era o soldado José Muniz de Souza.Em 1956, um aviso do então governador de São Paulo, Jânio Quadros, causou temor entre os policiais que atuavam no canil, que havia sido fundado seis anos antes. Em um bilhete, Quadros foi direto: façam os cães trabalharem ou dissolvam a matilha. O aviso ocorreu em razão da contenção de gastos da época.O canil foi posto em xeque porque era considerado por muitos como algo supérfluo. Havia quem defendesse que os gastos com alimentação e cuidados com os cachorros que integravam a equipe da PM não traziam o retorno esperado.No mesmo período, o desaparecimento de uma criança ganhou as manchetes de noticiários do país. O pequeno Eduardo Benevides, o Eduardinho, de pouco mais de três anos, foi raptado enquanto estava na porta de sua casa, em São Paulo.PUBLICIDADEO governador determinou a criação de uma força-tarefa para procurar pelo garoto. Ele não queria que fossem poupados esforços na busca pelo desaparecido.Pastor alemão foi abandonado na porta do canil da Polícia Militar; acabou se tornando um símbolo da corporação Foto: PMSPPastor alemão foi abandonado na porta do canil da Polícia Militar; acabou se tornando um símbolo da corporação Foto: PMSPCRIANÇA DESAPARECIDAEm dois dias de buscas intensas por Eduardinho, nada parecia trazer respostas sobre o paradeiro da criança. O então governador de São Paulo decidiu estimular a procura e disse que promoveria os responsáveis por localizar a criança.Para que pudessem buscar pelo garoto, os cães sentiram o cheiro de um travesseiro que pertencia à criança. No terceiro dia, enquanto procurava em uma área de mata na Água Funda, nas proximidades de onde hoje está localizado o Zoológico de São Paulo, Dick ficou agitado e latiu intensamente.O local apontado pelo cachorro era em uma área afastada na qual havia uma parte coberta por uma telha. O soldado Muniz ficou atento ao aviso do animal e levantou o objeto que cobria o lugar. Embaixo havia um poço vazio, e, dentro dele, estava Eduardinho, aflito e desesperado. Conforme relatos da época, o garoto tinha se perdido e foi encontrado abatido e fraco. Ele foi resgatado e encaminhado para receber os atendimentos médicos necessários.Os policiais acreditam que Eduardinho entrou no buraco para se abrigar, após ser deixado na região. Conforme publicações da época, suspeitava-se que os responsáveis pelo rapto do garoto eram membros de uma quadrilha que também teria sequestrado uma outra criança anteriormente — segundo a PM, a suspeita não chegou a ser confirmada e ninguém foi preso pelo rapto do garoto.Dick foi homenageado com um busto que hoje decora a entrada do canil da PM paulista... Foto: PMSPDick foi homenageado com um busto que hoje decora a entrada do canil da PM paulista... Foto: PMSPPUBLICIDADEAS CONDECORAÇÕESO resgate de Eduardinho causou comoção. Diversas autoridades elogiaram o fato. O soldado Muniz foi convocado pelo governador para que fosse parabenizado. Filha de Muniz, a aposentada Maria do Carmo de Souza relembra que o pai fez questão de frisar para Jânio Quadros que Dick fora o responsável por localizar a criança."O meu pai logo falou que não foi ele quem salvou a criança, porque quem deu o comando foi o Dick", conta à BBC News Brasil. O principal pedido do cabo ao governador foi que o canil não fosse extinto. "Meu pai pediu para que dessem continuidade ao trabalho com os cachorros. Por causa do Dick, o canil nunca foi fechado", revela a aposentada.Diante do reconhecimento do soldado sobre a importância de Dick no resgate, as homenagens também se estenderam ao cachorro. Ele foi promovido a cabo, junto com Muniz — na época, foi o único cachorro a conquistar tal promoção.O capitão Herick Lemos, que integra o canil da Polícia Militar de São Paulo, avalia que o caso de Dick foi fundamental para que as autoridades da época entendessem a importância do canil e do uso de cães em ações policiais. "O Dick se tornou um herói. Ele foi um cão muito vitorioso e ajudou o canil", relata Lemos.PUBLICIDADEDick e Muniz receberam inúmeras homenagens, até na Câmara Municipal de São Paulo, e ganharam status de heróis.Depois do resgate de Eduardinho, outra ação da dupla também ganhou os noticiários: quando o animal identificou o local em que se encontrava o corpo de uma garota desaparecida, em Novo Horizonte (SP).Fátima, a menina, tinha sido violentada, morta e jogada em uma profunda fossa.Em uma entrevista a um jornal local da época, o assassino confesso, identificado como "Cascudo", diz ao repórter que achava que escaparia da Justiça, não fosse o "maldito do Dick": "O cachorro acabou estragando minha vida"....e que o chama de "campeão das buscas policiais" Foto: PMSP...e que o chama de "campeão das buscas policiais" Foto: PMSPA DESPEDIDADick e Muniz eram parceiros também fora do cotidiano policial. Com frequência, o policial levava o cachorro para a casa de sua família. "Eles tinham uma relação maravilhosa. Era muito lindo vê-los juntos", relembra Maria do Carmo.Em junho de 1959, Dick não resistiu a uma grave hepatite e morreu. A morte do animal causou comoção e repercutiu nos noticiários. Muniz ficou emocionado com a partida do companheiro de buscas e decidiu trocar de posto."O meu pai ficou muito abalado e pediu para ser transferido para a Polícia Rodoviária, porque não aguentaria ficar no canil", diz Maria do Carmo. Segundo ela, a história que teve com o pastor alemão era uma das que Muniz mais se orgulhou durante a carreira na Polícia Militar. "Ele sempre contava sobre o Dick para as pessoas, mesmo décadas depois."PUBLICIDADEEm 2016, Muniz morreu após ter um acidente vascular cerebral (AVC), aos 88 anos. Ele foi homenageado por membros do canil. "O enterro do meu pai foi muito bonito. Muitos cães da PM acompanharam a cerimônia, junto com policiais responsáveis por eles, para homenageá-lo. Os animais uivaram muito no momento em que enterraram o caixão. Foi emocionante", diz Maria do Carmo.Canil, que esteve a ponto de ser fechado, se tornou um batalhão da PM Foto: PMSPCanil, que esteve a ponto de ser fechado, se tornou um batalhão da PM Foto: PMSPO CANILAtualmente, o canil se tornou um batalhão da Polícia Militar de São Paulo — ou seja, no local também são feitas atividades policiais, além dos cuidados com os animais. Segundo a PM, atualmente há 320 cães — pastores alemães, pastores holandeses, labradores e rottweilers, entre outras raças — que atuam em diferentes atividades policiais no Estado."Os cães são empregados no patrulhamento ostensivo, ocorrências de controle de multidões, ocorrências no interior de estabelecimentos prisionais, faro de drogas, faro de explosivos, busca de pessoas perdidas, busca em mata, resgate de pessoas em estruturas colapsadas, resgate em catástrofes, entre outras atividades", explica o capitão Lemos.Para Maria do Carmo, o canil não recebe, atualmente, seu devido valor. "É preciso haver mais atenção com o local e com os animais que estão lá", diz a mulher.Ela afirma que é necessário dar melhores condições de trabalho para os policiais do local e mais atenção aos animais. A PM de São Paulo, porém, afirma que os cães e os policiais que lidam com os animais recebem tratamento adequado e, por isso, trazem "grandes resultados para a segurança pública".PUBLICIDADEUm dos mais conhecidos cães que já passaram por ali, Dick é lembrado até hoje no canil. Na entrada do local há um busto em homenagem ao pastor alemão. "Ao cabo Dick, campeão das buscas policiais", diz a placa colocada logo abaixo do rosto do animal. Os dizeres estendem a homenagem a todos os outros cães e os define como "exemplo de fidelidade, coragem e afeição."
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.