Persona non grataSexta-feira, fui para Sorocaba assistir uma audiência pública da CPI de Magno Malta. Tinha sido anunciado que viriam sete senadores; depois dois, o presidente mais o senador paulista Romeu Tuma; e finalmente no dia, somente senador Magno Malta.Ato encolhido no FórumO local da audiência, o dia, e também a duração mudaram. Tinha sido anunciado para a Câmera Municipal dias 9 e 10. Mudou para o Fórum, e nem para uma sala ampla, mas para uma sala de audiência comum, do Colégio Recursal, onde durou não dois dias, mas uma hora e vinte minutos. Um jornal falou que a Câmara tinha outros eventos agendados, e um vereador que encontrei fora da sala me falou a mesma coisa, mas com um piscar de olho.O senador aproximou pelo corredor ampla e iluminada do Fórum - o prédio foi inaugurado quando Geraldo Alkimin era governador - andando lentamente, enquanto falava com jornalistas e várias câmeras de televisão. Deu uma parada exatamente onde, se eu ficava, ficaria de "papagaio de pirata", mas achei melhor sair do enquadramento. Afinal, não sou notícia. O senador estava acompanhado pelo secretário da comissão, Augusto Panissete, e outras assessores, inclusive uma promotora jovem e loira. A Dra. Catarina Gazele, ex-procurador-geral de Espirito Santo, com quem Cristiano Fedrigo e eu conversamos em Brasília, e que acompanhou o CPI para Porto Alegre, não estava.O acusado, Januário Renna, foi trazido pela escada de incêndio, saindo da porta de metal com a blusa por cima da cabeça. Foi levado logo para a sala de arquivo da vara, e somente depois os 20 jornalistas que estavam aguardando desde a hora anunciado foram permitidos a entrar. Juntaram-se mais uma ou duas dúzias de curiosos.Secretário preso no motelJanuário Renna era Secretário de Administração de Sorocaba quando foi preso em agosto numa motel da cidade vizinho de Itú, com três adolescentes, duas de 14 anos e outra de 15. A polícia tinha seguido o carro dele desde Salto, onde pegou as três. Depois vasta publicidade, outras supostas vitimas aparecerem, incluindo uma menina de 12 anos.Eu tinha almoçado no restaurante do Fórum, lendo os três jornais da cidade. Uma matéria chamou minha atenção: Garoto fazia michê e tinha agenciador primeiro pelo vocabulário - eu entendo que a palavra é "cafetão" - e depois pelo conteúdo. Tanto o adolescente quanto seu homem de negócios, este de maior, foram levados a delegacia - e liberados.Inocência corrompida?Entendo que o lei mudou uma semana antes que sr. Renna foi preso. Não conheço as mudanças, e não sou advogado. Mas com certeza, promover prostituição, rufianismo, não ficou menos sério do que antes. E o tratamento de Renna foi desproporcional.Sempre na lei brasileira, a promover prostituição foi delito mais sério do que ser ou freguês ou prostituta. Antes da mudança recente da lei, muitos na situação de Renna foram inocentados de acusação de corromper menores, comprovando que já tinham sido corrompidas muito antes.Sobre estas menores, o Jornal Cruzeiro do Sul informou já três meses de queObscenidadeSegundo informações extra-oficiais, uma das meninas teria tentado fugir do CIM Mulher. Coincidência ou não, uma viatura da Guarda Municipal (GM) passou a ficar 24 horas em frente à entidade, localizada no Jardim Embaixador. Neste mesmo período houve um outro incidente, agora oficial. Outra menina - assim como num jogo - teria praticado “atos que beiraram a obscenidade” defronte a um dos GMs, fato este relatado, em documento, pela funcionária Fernanda Monti, e encaminhado às conselheiras tutelares de Salto.De praxeA audiência, anunciado para 14:30, começou às 16:00. Enquanto o advogado de Renna, Dr. Márcio del Cístia Filho, consultou com seu cliente no arquivo, Senador Magno Malta começou a audiência com as frases "de praxe". Declarou aberto a sessão, e enfatizou que estava tratando de um "caso emblemático, ate pedagógico" por envolver autoridade público.O senador passou a falar da natureza da CPI. "Não é uma uma usina de denúncias", ele diz, "investigamos". As viagens da comissão tem o intuito de evitar deslocamentos a Brasília.Explicou que, durante a audiência pública, a sala de sessão era um extensão do Senado. Ele convidou o delegado e o promotor de Gaeco a participar. Esclareceu que a CPI não é um tribunal de exceção - algo com que já discordamos aqui.ExpulsãoA aí termina minha notas da sessão da CPI em Sorocaba, leitores, porque o senador Magno Malta pediu que o senhor de camisa verde, que estava bem ao meu frente, ficasse um pouco de lado. E ai, a minha grande surpresa, o senador me expulsou da audiência pública.A matéria abaixo do Jornal Cruzeiro do Sul é geralmente correto. O termo "jornalista de araque" ele já usou antes, e eu perdi uns minutos procurando "Araque" no atlas antes de consultar o Aurélio. Porém, cortaram o segundo frase. Preferi a frase completa da sua excelência, "anjo guardião de pedófilos".Discordo também da afirmação do jornal de que o senador "gritou"; não achei que saiu tanto do seu tom normal de discurso.Holofotes e GaecoConversei com os outros jornalistas enquanto aguardamos o começo da sessão. Saiu no Jornal Cruzeiro do Sol que disse que senador Magno Malta procura holofotes. Pode ser que disse isso, ainda que seria chover no molhado.Mas o que enfatizei foi a atuação de Gaeco. Em três recentes casos de crimes sexuais, a caça às bruxas de Catanduva, o Dr. Roger Abdelmassih, e este de Januário Renno, apareceu o sempre mediática Gaeco.Em Catanduva, há a atuação de uma pessoa agindo isoladamente, se for isso - eu comecei desconfiar da confissão de Zé da Pipa quando li cartas de 300 anos atrás sobre os processos de Salem, aconselhando cuidado até com confissões nestes casos.O caso contra Dr. Roger também é peculiar. Pelo alegado, suas vítimas eram somente entre aquelas que pagaram suas honorário, bem altas, e não conseguiram engravidar, nunca entre aquelas que conseguiram ter filhos. Também, o livro "No Crueler Tyranny" da Dorothy Rabinowitz, sobre a histeria de abuso em escolas infantis nos EUA, tem um capítulo sobre um médico que sofreu acusações semelhantes aos de Dr. Roger, ainda que de somente uma paciente. E ainda se fomos acreditar as acusações, nada leva a crer que houve alguém envolvido além de Dr. Roger.Januário Renna foi preso por policias que seguiram seu carro, depois do que ele mesmo pegou as adolescentes em Salto, e levou para o motel para, usando uma frase infeliz, consumo próprio. De novo, nada leva a crer que houve mais alguém envolvido. Muito ao contrário.Porque, então, a intervenção de um grupo dedicado ao repressão de crime organizado? De crime organizado não há nem cheiro.Em Catanduva, Gaeco apreendeu evidências com 40 policias e 20 delegados, e mídia pre-avisada. Em junho, em um "reconhecimento", o promotor de Gaeco João Santa Terra admitiu - respondendo uma pergunta de um jornalista de araque - que só tinha um único perito analisando as evidências.Há investigação, e há gente se exibindo na luzes de ribalta. Se for somente os promotores posando de herói, pouco me importaria. O que incomoda, é a conscrição de pessoas para preencher os papeis de vilão.Peso indevidoNa matéria de Agência Estado, de três parágrafos, um focalizou na minha expulsão da sala.E o Jornal Cruzeiro do Sul dedicou uma matéria ao assunto.TocaiaO que não saiu nos jornais, foi que enquanto aguardei fora da sala, não entrei antes da saída do senador, para evitar provocar-lo. Falei um pouco com o advogado do Januário, e desci com ele.Na porta do Fórum, tinha um tocaia armado, com o delegado, o promotor de Gaeco, e muita mídia. Fui interpelado pelo delegado, que perguntou se eu tivesse dito que fui convocado pelo CPI aquele dia, e mostrado um papel.Dei de prontidão o papel, cujo autenticidade foi confirmado pelo Panissete, que diz que era um requerimento, e não uma convocação. Eu diz que nunca falou para a imprensa de que a convocação era para hoje.O delegado informou que pelo artigo 355 do Código Criminal, apresentar papel falso é crime. Dr. Márcio fez uma defesa de mim, breve mais cheio de brio, que reforçou minha confiança de que Januário Renna é bem defendido.Passei brevemente pela minha cabeça de que eu estava prestes de ser, pela terceira vez, preso na televisão. Pensei que estava desenvolvendo maus hábitos, e que tinha esquecido de levar minha escova de dentes.ConvocaçãoFora da questão da diferença entre um requerimento e um convocação, o que é este papel? Eu estava lendo no site do Senado depoimentos perante o CPI, e encontrei meu nome, e fui ler os convocações.Requeiro, nos termos do disposto no 3º do Art. 58 da Constituição Federal e do Art. 148 do Regimento Interno do Senado Federal, seja convocado para prestar esclarecimentos a esta CPI, o sr. RICHARD PEDICINI.Reveste-se de significativa importância a investigação do caso pela relevância e por convergir com o objeto de investigação desta Comissão Parlamentar de Inquérito.Sala de Sessões,(assinado)Senador MAGNO MALTALi que o senador Magno Malta achava que seria "de significativa importância a investigação" eu "prestar esclarecimentos". A CPI vindo para perto de São Paulo, permitindo que eu evitar deslocamentos a Brasília - exatamente como o senador apontou sexta-feira - é claro que vou. Como que poderia não vir, se meus esclarecimentos sejam "de significativa importância"?FotografiasO que aconteceu de substância na reunião, foi que o senador mostrou umas fotografias de pedofilia supostamente achados no computador de Januário Renna no Paço Municipal. Conforme os jornais, supostamente 2100 fotos, incluindo uma de uma menina de quatro anos amarrada.EsclarecimentosCuriosamente, eu tinha esclarecimentos de prestar, de significativa importância, relacionado a fotografias e documentos falsos.Fui convocado para depor no CPI em Porto Alegre, em junho do ano passado, no caso Colina do Sol. Lá, dos quase 20 volumes do inquérito na época, foi me mostrado uma dúzia de folhas, recheados de fotos pornográficos, semelhantes ao que aconteceu com sr. Renna.Mas o que foi me mostrado em Porto Alegre foi documento falso. Estas fotos foram anexados ao processo Colina do Sol, com um "certidão" de um investigador, afirmando que foram achados em CDs apreendidos no caso.Mas o laudo da Instituto Criminalistica de Rio Grande do Sol, comprove que não há nada nos CDs relevantes ao processo.As fotografias do case Colina do Sol, então, foram "frias". O que garante que as mostradas para sr. Renna são autênticas?Crianças e adolescentesNa época de nossos bisavós, uma moça de 18 anos ainda não casada era solteirona. Quatorze anos de idade era uma idade comum para noivada ou casamento. Foi a idade da Julieta quando fugiu com Romeu. É ainda uma idade apropriado entre os índios, e durante quase a totalidade da história humana, uma moça em idade de engravidar, era uma mulher em idade de casar.Sr. Januário Renna foi pego num motel com três adolescentes, duas de 14 anos e uma de 15. A lei brasileira trata de forma diferente quem tem mais de 14 anos e quem tem menos, e quem é inocente sendo corrompido, e quem é profissional de sexo já experiente. A soltura do garotinho de programa na noite anterior ao audiência sugere que em Sorocaba prostitutas de 14 anos não são raridade, nem visto como necessitando medidas extremas.Sr. Januário será julgado não pelos padrões de nossos avôs, ou pelo lei que acabou de mudar dias antes da sua prisão. Pelo menos pelo que ele fez, se fez, depois da mudança de lei: qualquer conduto anterior será julgado baseado no lei vigente na época.Fotos rarasUm paixão para mulheres jovens e férteis é normal da ponta de vista de biologia e história humana. Porém, as alegadas fotos de meninas de quatro anos sendo amarradas foge da padrões.Foge da normalidade da humanidade, e foge do que conhecemos da comportamento de sr. Renna.Muito pouca gente, na realidade, fica exitada com crianças impúberes.Mas quem gosta muito de foto pornográfica de criancinha, é policial e promotor querendo apimentar uma acusação sexual.Fotos assim, a CPI nós assegura, são amplamente disponíveis pelo Internet - as fotos frias do caso Colina do Sol tinham até inscrições em russo. E a lei contra pornografia proposto pela CPI franquia a guarda desta matéria para quem investiga.A matéria é disponível, então, aos acusadores de sr. Renna. Não afirmo que evidência foi plantada no processo contra Renna. Mas fui para Sorocaba munido com provas que assim foi feito no caso Colina do Sol.E teria apresentado as provas, se tivesse sido chamado para falar, na maneira que a Comissão votou, em vez de ter sido proibido de ouvir uma audiência pública.http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia.phl?editoria=39&id=244809 CPI da Pedofilia - [ 05/12 ]Aparição de suposto jornalista intriga MaltaGustavo FerrariNotícia publicada na edição de 05/12/2009 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 7 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.Bruno CecimRichard acompanha depoimentosde pedófilosA aparição do suposto jornalista americano, Richard Pedicini, durante a sabatina da CPI da Pedofilia a Januário Renna, na tarde de ontem, intrigou o senador Magno Malta (PR-ES), que chegou a expulsá-lo da sala do Colégio Recursal no Fórum de Sorocaba. O senhor é um jornalista de araque e guardião dos pedófilos. Suma daqui, gritou o presidente da comissão. Imediatamente, o intruso deixou o local.Fora da sala, Pedicini conversou com a imprensa. Disse que havia sido convocado por Malta a comparecer a uma sessão da CPI, que não precisava ser necessariamente a de ontem. Ele não vai com minha cara e incomodá-lo seria um prazer, disse.Malta pediu que a Polícia Federal (PF) investigue o americano, que teria comparecido, também, em oitivas do pedófilo Zé da Pipa, em Catanduva, e em Colina do Sol, no Rio Grande do Sul. Pedicini deixou o fórum dentro do carro de uma das filhas do criminalista Mário Del Cístia Filho.Postado por Richard às 18:53 Marcadores: caso Colina do Sol, CPI, falsa acusação, fraude processural, laudo de perito, Magno Malta, políciaNenhum comentário:Postar um comentário
O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.
Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?
Quantos ou quais eventos são necessários para uma História? Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.
Mary Del Priori, historiadora:
Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.
Lia Calabre, historiadora:
A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]
Quantos registros?
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.
Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.
Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.
Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.