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   12 de junho de 1948, sábado
João Agripino da Costa Doria Neto
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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Nascido em 1919, o baiano de Salvador João Agripino da Costa Doria era deputado federal do Partido Democrata Cristão (PDC) quando o regime militar assumiu o controle sobre o Brasil, em 1º de abril de 1964. Ele foi cassado nove dias depois, perdeu os direitos políticos por dez anos e optou por deixar o país.

Com a ajuda de Ulysses Guimarães, o deputado entrou na embaixada da Tchecoslováquia em Brasília com a esposa Maria Sylvia Vieira de Moraes Dias e os dois filhos, João Doria Junior, de seis anos, e Raul, de um ano. Dali todos seguiram para o Rio de Janeiro, onde pegaram um voo para a França. A família viveu em Paris entre 1964 e 1966. Enquanto o pai estudava psicologia na Universidade Sorbonne, sustentava a todos vendendo, um a um, os quadros de sua coleção de pinturas de Di Cavalcanti, que Maria Sylvia havia arrancado das molduras e levado consigo para a Europa. “Estudei numa escola pública que era ao lado da minha casa”, lembra o atual prefeito de São Paulo.

“Eu me lembro de toda vez que ia com a minha mãe para a praça da Sé renovar o empréstimo na Caixa para pagar a conta de luz e comprar a pouca comida que tínhamos em casa.”Quando o dinheiro acabou, o pai ficou na Europa – temia ser preso se voltasse. Acabou cursando mestrado, também em psicologia, na Universidade de Sussex, na Inglaterra. Mas a mãe retornou com os meninos. Instalada em São Paulo, ela empenhou suas joias e abriu uma pequena fábrica de fraldas de pano numa garagem em Pinheiros. “Minha mãe sofreu muito, porque não teve apoio da família dela, ao contrário. A família se afastou”, lembra João Doria Júnior. “Várias vezes nós ficamos sem luz em nossa casa”.

Joias no pregoMaria Sylvia se viu presa a um círculo vicioso: empenhava as joias que lhe haviam sobrado (uma aliança, um anel, dois pares de brinco e duas gargantilhas) no setor de custódia da Caixa Econômica Federal na praça da Sé, no centro de São Paulo. Usava o dinheiro para pagar as contas e fazer compras. Depois buscava dinheiro com agiotas e resgatava as joias. Até que precisasse empenhá-las de novo. “Eu me lembro de toda vez que ia com a minha mãe para a praça da Sé renovar o empréstimo na Caixa para pagar a conta de luz e comprar a pouca comida que tínhamos em casa”, lembra Doria filho.

O atual prefeito de São Paulo trocou o Colégio Rio Branco, onde estudava antes do golpe militar, por uma escola pública, a Escola Estadual Professora Marina Cintra. Aos 13 anos, o garoto começou a trabalhar organizando negativos fotográficos numa agência de publicidade de que seu pai havia sido diretor, a Standard. A família vivia numa casa simples em Pinheiros. Antes do exílio, todos moravam numa mansão no Pacaembu.O pai só retornou ao Brasil em julho de 1974, depois que a pena de dez anos de cassação de seus direitos políticos havia expirado. Logo em agosto, Maria Sylvia morreu vítima de pneumonia. “Ganhei de volta meu pai e perdi a minha mãe”, diz o prefeito.A volta do patriarca deu início a um período de estabilidade financeira para a família. João pai abriu um uma editora e inaugurou no Brasil o Instituto Mind Power, que ainda hoje divulga uma série de técnicas de meditação e combate ao estresse. Morreu em São Paulo, em 2000, aos 81 anos. Nesta época, seu filho homônimo havia enriquecido com suas empresas de eventos do Grupo Doria. Já Raul abriu uma produtora de publicidade e cinema em 1994 – a companhia é responsável por anúncios da Cacau Show, das Havaianas, da Volkswagen e da cerveja Bohemia e pelo documentário Coração Vagabundo, sobre Caetano Veloso.Dia dos namoradosJoão pai tem origens nobres. Os Costa Doria chegaram ao Brasil em 1549, na esquadra que trouxe a Salvador o primeiro governador geral, Tomé de Souza. Seu avô chegou a ser vereador e prefeito de Salvador entre outubro e novembro de 1895. Sua mãe pertencia ao tradicional clã dos Barbosa de Oliveira; era descendente do padre jesuíta Antonio Vieira e prima do jurista baiano Rui Barbosa.


Relacionamentos

João Agripino da Costa Doria Neto (29 anos)
São Paulo/SP
  Registros (3931)

O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros?

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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