Tremor de terra em Sorocaba foi sentido em Itu e Sarapuí
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Encontramos em 3 jornais diferentes a notícia de um violento tremor de terra ocorrido em Sorocaba em 1874. Segue o conteúdo de duas delas:
Houve um tremor de terra em Sorocaba. Amanheceu o dia um tanto nubloso e ás 9:30 da manhça sentiu-se um surdo, fragor subterrâneo quase como um trovão, e durante ele a terra tremeu violentamente por um espaço talvez de um minuto e meio.
Blançou os trastes, quadros e espelhos nas paredes, vidros, garrafas, etc., nas prateleiras, fazendo cair alguns objetos delas e telhas de algumas casas, trincando algumas paredes.
Escureceu mais a atmosfera durante o fragor e tremor e clareou quando ele findou-se. Algumas senhoras tiveramsincopes, soprava nessa hora o vendo S. E. Ao escurecer fez frio que durou toda a noite."
Tem chovido bastante nestes ultimos dias. Nenhum fato ou desastre chegou ainda ao meu conhecimento. O tremor e fragor foram sentidos em toda a cidade e ao seu redor.
Sei que foram eles também sentidos para o lado de Itu, no arraial de Piragibú e duas légras distante desta cidade e para o lado de Sarapuí.¹
Pela manhã o céu ficou nublado. Ás 9 horas ocorreu um violento tremor de terra, que durou talvez um minuto e meio. Nas casas os objetos se deslocaram. Passado o fenômeno, o dia clareou.
A noite fez frio e choveu. Toda a cidade sentiu o choque, assim como as árvores. O fenômeno estendeu-se até o arrail de Piragebú, termo de Itu.²
Nós temos a pretensão que temos artistas, porque temos Portinari, porque temos Vila- Lobos, ou temos Beethoven. Então isso nos da aparência, o orgulho de que nós temos arte. Nós não temos arte porra nenhuma. Porque tanto Picasso quanto Beethoven pertencem a grupos muito pequenos. Bom, até que agora 1977) os instrumentos de massa estão permitindo que mais outras pessoas se comuniquem com isso. Mas é tudo um código complicado para que um popular chegue a entender isso. Na maior parte das vezes não chega. Ninguém chega a entender.
Data: 01/11/1977 Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*