Desse modo, a combinação entre poder inconstante na província e poucos indivíduos aptos a assumirem cargos públicos no grupo de Tobias de Aguiar pode ter levado um número significativo de não-paulistas ligados ao Partido da Ordem às administrações locais e provincial, lembrando que cargos importantes na hierarquia político-administrativa eram de nomeação do Poder Central, mas outros postos não menos significativos eram preenchidos sob ordem do Presidente da Província. Um exemplo significativo dessa “inconstância” é a presidência de Rafael Tobias de Aguiar entre 1840 e 1841. Como dito acima, em 1840 a Assembléia Provincial sofreu uma polarização em conseqüência das eleições de 1839, enquanto a presidência da província estava a cargo de Manuel Machado Nunes que, apesar de não estar intimamente ligado ao Partido da Ordem, conforme faz supor A Phenix, de modo algum compactuava com o Partido Paulista. No ano seguinte esta divisão de forças se desfez com a nomeação de Tobias de Aguiar para Presidente da Província em 6 de agosto de 1840. [p. 83]
Nós temos a pretensão que temos artistas, porque temos Portinari, porque temos Vila- Lobos, ou temos Beethoven. Então isso nos da aparência, o orgulho de que nós temos arte. Nós não temos arte porra nenhuma. Porque tanto Picasso quanto Beethoven pertencem a grupos muito pequenos. Bom, até que agora 1977) os instrumentos de massa estão permitindo que mais outras pessoas se comuniquem com isso. Mas é tudo um código complicado para que um popular chegue a entender isso. Na maior parte das vezes não chega. Ninguém chega a entender.
Data: 01/11/1977 Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*