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   26 de maio de 1966, quinta-feira
O dia em que o São Bento encarou o Brasil de Pelé e Guarrincha
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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Quem tem mais de 60 anos, vive na cidade de Sorocaba desde que nasceu e gosta de futebol, com certeza se recorda com um certo saudosismo e muito orgulho de um tempo em que o mais tradicional time de futebol da cidade, o EC São Bento, figurava entre os grandes clubes do futebol paulista, e porque não nacional também.

Um fato que comprova essa grandeza do ¨azulão¨de Sorocaba é um jogo ocorrido no ano de 1966, mais especificamente no dia 26 de maio, e contra a seleção brasileira, de Pelé, Garrincha e companhia, até então a atual campeã do mundo.

Nos dias de hoje ao ver a expressão que o São Bento tem no cenário do futebol brasileiro fica até difícil acreditar que um dia o time sorocabano pôde ser um bom teste para a seleção, na preparação para uma copa do mundo.

Mas na ocasião foi exatamente isso que aconteceu, devido ao seu bom desempenho no campeonato paulista, que vinha sendo frequente desde o campeonato de 63, e com o titulo de um torneio organizado pela Federação Paulista de Futebol em 1966, sem a presença dos chamados clubes grandes, o São Bento foi convidado para um amistoso contra a seleção nacional, que fazia sua preparação para a copa do mundo do mesmo ano, na cidade de Serra Negra no interior Paulista.

Então chega o grande dia de um jogo que até hoje pode ser considerado um dos mais (senão o mais) importante da centenária história do EC São Bento.

O Estadio Municipal de Serra Negra ( hoje Estadio Municipal Antonio Barbosa Pinto da Fonseca), estava lotado com incríveis dois mil pagantes, lotação máxima do estadio na época.

Todos ansiosos para ver as estrelas da seleção, que entrou em campo com uniforme todo azul, obrigando assim o visitante sorocabano a usar camiseta branca.

Estavam em campo todas estrelas da seleção, escalados pelo técnico Vicente Feola, a escalação completa foi Gilmar, Carlos Alberto, Brito (Bellini), Leõnidas (Dias), Rildo, Denilson (Dino Sani) Gerson, Garrincha, Servílio, Pelé e Amarildo.

O adversário, que fazia o jogo mais importante de sua história, mas que para o publico presente no estadio de Serra Negra, era um mero detalhe que em nada atrapalharia o brilho dos ídolos Pelé e Garrincha.

O São Bento estava com força máxima também, mas já sem a sua grande estrela da época, Paraná que havia transferido-se para o São Paulo FC, e que estava no banco de reservas da seleção Brasileira naquele dia.

O técnico Wilson Francisco Alves, o Capão, colocou em campo Walter Gonzales (Mariano), Fernando (Valdir Caruso), Marinho Peres, Gibe, Salvador, Gonçalves (Nei Silva), Bazaninho, Copeu (carlinho Costa), Almir (João Carlos) Picolé, Afonsinho.

O primeiro tempo foi muito equilibrado, com o rápido ataque são bentista dando muito trabalho e canseira a dupla de zagueiros da seleção Brito e Leônidas, fato que obrigou o treinador do Brasil Vicente Feola a trocar a dupla por Bellini, o experiente zagueiro capitão na conquista do primeiro mundial do Brasil em 1958, e o pelo versátil Dias.

E reza a lenda que Feola havia pedido para o treinador do time sorocabano retirar o meia Copeu, para dar sossego ao lateral da seleção Rildo. O primeiro tempo terminou 2 a 1, para o selecionado nacional.

No segundo tempo o técnico Capao, modificou muito o São Bento, colocando vários jogadores ainda muito jovens e sem experiencia para um jogo daquele porte, ai o Brasil deitou e rolou, principalmente Gerson.

O jogo terminou com o placar de 7 a 1 para a seleção brasileira, com gols de Servílio, Pelé, Dias, Gerson, Dino Sani, Amarildo e Gibe (contra) para o Brasil, e o único gol do São Bento foi marcado por Picolé.

Local: Estádio Municipal de Serra Negra
Árbitro: Aurélio Hohu (Liga de Serra Negra)
Renda: Cr$ 7.990.000,00
Público pagante: aproximadamente 2000 pessoas


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O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros?

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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