Jânio Quadros é 7º brasileiro a ser capa da Revista Time Magazine
M: \\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\18096mt.txt 30 de junho de 1961, sexta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Sobre o Governo Jânio Quadros
O governo de Jânio Quadros durou seis meses e é considerado pelos historiadores como um governo confuso, que tomou decisões erradas e que contribuiu para lançar o país em um grande crise política.
A pouca preocupação de Jânio com questões políticas e partidárias fez ainda com que ele entrasse em choque com o próprio partido que o havia lançado como candidato (UDN).
Nas questões relacionadas à economia, o grande foco de Jânio Quadros era o combate à inflação. Para isso, iniciou um plano econômico de austeridade que previa redução de gastos e impôs algumas medidas bastante impopulares.
Primeiro, o governo desvalorizou a moeda nacional em relação ao dólar em 100% e, em seguida, retirou subsídios ao petróleo e ao trigo. O resultado disso foi uma disparada dos valores de produtos importados, combustíveis, passagens de ônibus e pão.
As medidas foram bem recebidas pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Clube de Haia (credores europeus e americanos), mas o custo político disso para Jânio foi tão alto que fez com que ele tentasse uma alteração na sua política econômica, por meio de um projeto mais desenvolvimentista, aplicado a partir de julho.
As medidas impopulares do governo de Jânio Quadros não ficaram somente nisso. Segundo as historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling, o presidente:
[…] - vetou corridas de cavalo nos dias úteis e rinhas de galo todos os dias;
- proibiu o uso de lança-perfume nos bailes de Carnaval e de biquíni nas praias;
- regulamentou o comprimento dos maiôs nos desfiles televisionados dos concursos de misses.
E, para arrematar, instalou dois jumentos nordestinos pastando a grama verde do imenso jardim do Palácio da Alvorada|2|.
Politicamente, o governo de Jânio também foi desastroso. O presidente iniciou uma devassa moralizadora nos cargos administrativos e denunciou abertamente políticos do PSD e PTB.
Além disso, não fazia questão nenhuma de manter a cordialidade com o partido que o apoiava – a UDN. Isso levou Jânio a se isolar politicamente, passando a governar sem o apoio parlamentar, fato que inviabilizava a governabilidade presidencial.
O golpe final sobre o governo de Jânio foi a imposição da política externa independente. Jânio Quadros começou a defender uma espécie de “terceira via” para as relações exteriores do Brasil, ou seja, começou a redefinir as relações diplomáticas com os Estados Unidos e a retomar os contatos com a União Soviética, suspensos desde 1947.
Uma demonstração clara dessa política externa independente foi a condecoração que o presidente deu a Ernesto Che Guevara, um dos grandes nomes da Revolução Cubana.
Essa política acontecia no contexto de um dos momentos mais tensos da Guerra Fria e, naturalmente, enfureceu políticos conservadores do Brasil, como Carlos Lacerda.
Renúncia de Jânio
Em agosto de 1961, a crise do governo de Jânio era aguda. Carlos Lacerda, o homem que o havia apoiado nas eleições, agora o atacava abertamente. Além disso, Jânio não tinha o apoio do Congresso. Em decorrência dessas situações, tomou uma atitude drástica: apresentou sua renúncia no dia 25 de agosto de 1961.
Jânio nunca explicou o que o motivou a renunciar, mas há um consenso entre os historiadores de que foi uma tentativa de autogolpe. Observando retrospectivamente, podemos perceber que foi um erro de cálculo:
Jânio esperava que sua renúncia não fosse aceita e que um clamor popular surgisse exigindo seu retorno à presidência com amplos poderes políticos, isso é, sem a presença do Congresso para incomodá-lo.
Com a renúncia de Jânio, uma grave crise política iniciou-se. A cúpula militar afirmou que não aceitaria a posse de João Goulart, vice-presidente e sucessor, de acordo com a Constituição de 1946.
Isso deu início à campanha da legalidade, no qual, grupos mais ligados à esquerda defendiam a posse de João Goulart. Esse impasse foi solucionado com a posse de Jango, em setembro de 1961, sob um regime de parlamentarismo.
|1| Eleição presidencial de 1960. Para acessar, clique aqui.
|2| SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloísa Murgel. Brasil: Uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 432.
Revista Time Magazine Data: 30/06/1961 Créditos/Fonte: Crédito/Fonte: Crédito/Fonte: Revista Cultural GOSP 30/06/1961
ID: 1712
Jânio Quadros em loja maçônica Data: 04/11/1948 Créditos/Fonte: Crédito/Fonte: Revista Cultural GOSP 04/11/1948
ID: 3798
EMERSON
30/06/1961 ANO:90
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.