'Falecimento de Julia Pastrana 0 25/03/1860 Please click to see profile.
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   25 de março de 1860, domingo
Falecimento de Julia Pastrana
      Atualizado em 25/02/2025 04:41:47

•  Imagens (4)
•  Fontes (2)
  




A verdadeira Monga
Data: 25/03/1860
25/03/1860


ID: 2078


Julia Pastrana
Data: 01/01/1860
Créditos/Fonte: Wikimedia Commons
Folheto anunciando Julia como A Indescrita (.271.((¨)


ID: 2098


Julia Pastrana
Data: 01/01/1869
Créditos/Fonte: Wikipédia
A verdadeira "Monga"((¨)


ID: 2087


Julia Pastrana
Data: 01/01/1860
Créditos/Fonte: Flickr


ID: 2100



 Fontes (2)

 1°

Monga, a verdadeira mulher-macaco, por Paulo Terron, em Revista Super Interessante
Data: 2007
Nos anos 80, um fenômeno aterrorizou crianças de todo o Brasil. O pânico chegava na bagagem de um parque de diversões, o boca-a-boca amplificava a lenda e filas se formavam para testemunhar o horror:

Uma mulher bonita – geralmente de biquíni – ficava presa dentro de uma jaula enquanto um narrador explicava a tenebrosa transformação pela qual ela passaria. Pêlos cresciam, garras apareciam e dentes viravam presas. No clímax da metamorfose, o monstro destruía grades e atacava o público, que fugia apavorado.

“Monga, a Mulher-Macaco” é atração tradicional até mesmo nos parques mais chinfrins que correm o país. Tudo ilusão, claro. Mas o jogo de espelhos que garante a transformação de uma garota em um macaco gigante (alguém dentro de uma fantasia quase sempre bem gasta) nasceu de uma história real: a da mexicana Julia Pastrana.

Nascida em 1834, Julia desenvolveu uma forma severa de hipertricose, doença raríssima que atinge uma em cada 300 milhões de pessoas, deixando o corpo coberto de pêlos pretos.

Também não ajudou muito o fato de Julia ter orelhas grandes, gengivas inchadas e mandíbulas estranhas – na época, chegaram a cogitar que ela teria duas fileiras de dentes, mas recentes exames de raios X na arcada dentária de seu corpo mumificado (calma, a gente chega lá) comprovaram que sua dentição era normal.

Coloque essa aparência bizarra sob os cuidados de um homem explorador e você terá, na pior acepção da expressão, um show de horror. Descoberta pelo comerciante Theodor Lent (que depois se casaria com ela), Julia passou a ser exibida em freak shows, as caravanas de mulheres barbadas, pessoas deformadas e coisas estranhas que viajavam pela Europa e pelos EUA entre a 2a metade do século 19 e a 1a do 20.

Tinha 20 anos quando estrelou seu primeiro espetáculo, A Incrível Híbrida ou Mulher-Urso. No show, além de dar o ar de sua graça, Julia dançava e cantava – tinha uma voz bonita, dizem. A grossa pelagem escondia uma moça educada e inteligente – Julia falava espanhol e inglês, adorava cozinhar e costurar.

Morreu aos 26 anos, de complicações no parto, depois de dar à luz um filho que sofria de hipertricose (e que morreu 3 dias depois de nascer). Nem isso preocupou Lent: o empresário mandou mumificar os dois cadáveres e continuou a exibi-los até sua morte, em 1880.

As múmias reapareceram em 1921 nas mãos de Haakon Lund, um showman norueguês que viajou com os cadáveres por duas décadas. Hoje, Julia e o filho descansam no Instituto Forense de Oslo, longe do público apavorado dos parques de diversão.

• Julia Pastrana foi citada até por Charles Darwin. O naturalista usou o exemplo da moça para investigar o excesso de pêlos e dentes em mamíferos.

• Depois da morte de Julia, seu marido encontrou outra mulher com as mesmas características e se casou com ela! Antes de ser internado em um hospício, ele começou a dizer que as duas eram a mesma pessoa.

• Quando os nazistas invadiram a Noruega, o “dono” da múmia de Julia convenceu os alemães a mostrar o cadáver no território ocupado. Os lucros da turnê foram revertidos ao 3º Reich.

 2°

Biografia de Julia Pastrana, consultada em Wikipedia
Data: 2023


[28605] Monga, a verdadeira mulher-macaco, por Paulo Terron, em Revista Super Interessante
31/12/2007

[28604] Biografia de Julia Pastrana, consultada em Wikipedia
25/03/2023

Relacionamentos

Curiosidades
  Registros (530)

O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros?

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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