'Reputação de Bolsonaro no exército era assustadora, mostram relatórios - 27/07/1990 Wildcard SSL Certificates


Reputação de Bolsonaro no exército era assustadora, mostram relatórios
    27 de julho de 1990, sexta-feira
    Atualizado em 30/10/2025 02:14:40

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“Canalha”; “covarde”; “contrabandista”. Relatórios oficiais assustadores mostram como era a reputação de Jair Bolsonaro no tempo em que serviu o Exército.

Um dossiê formulado pelo Estado-Maior das Forças Armadas concluído em 27 de julho de 1990, ao qual a reportagem teve acesso, detalha informações nada abonadoras reunidas pelo alto-comando do Exército desde o julgamento que arrancou Bolsonaro do anonimato, nos anos 80, até o início da sua vida parlamentar, na década seguinte.

Na peça investigatória, há dezenas de anotações feitas pelos oficiais com relatos da jornalista Cássia Maria Rodrigues, então trabalhando na revista Veja, que disse ter sido ameaçada de morte por Jair Bolsonaro, conforme já informado pelo DCM.

Para além do que denunciava a repórter, chama a atenção uma carta sem assinatura recheada de denúncias e comentários ofensivos contra Bolsonaro.

A investigação não descobriu quem era o autor, mas constatou ser de um colega de farda do agora presidenciável.

As autoridades militares que fizeram o relatório trataram de investigar as informações da carta apócrifa.

Segundo informam, constataram a veracidade de uma parte do que consta ali. De outra, disseram não ter sido capazes de produzir provas.

O documento repercutiu dentro e fora da caserna, como mostra reportagem do jornal carioca “Tribuna da Imprensa” do dia 22 de abril de 1991.

Segundo consta no dossiê, uma cópia do relatório e da carta foi distribuída aos alunos e professores da ECEME (Escola de Comando e Estado-Maior do Exército). O texto critica as intenções do capitão e faz acusações. Em um dos trechos da carta incluída nos documentos, lê-se, em mensagem a Jair Bolsonaro:

"Ao invés de fazer croqui de bombas, escreva quantas vezes você foi ao Paraguai trazer muamba. Conte sobre os seus problemas no Mato Grosso. Verifique qual é o seu conceito na Brigada Paraquedista.”, diz a missiva, em parte referindo-se ao episódio narrado pelo próprio Bolsonaro à Veja, de que preparava atentados à bomba para promover sua campanha por aumentos de salários.

A conclusão do relatório aponta que Bolsonaro passou a atuar na esfera dos militares sem “representatividade” ou “delegação” para tanto, questionando e acusando autoridades “de forma descabida” e contrariando as regras de hierarquia e ordem das Forças Armadas.

Também há menções ofensivas a Rogéria Nantes Braga, então esposa de Bolsonaro.

O militar autor da carta fazia acusações de cunho pessoal a Rogéria, que a reportagem preferiu não publicar por não trazer conteúdo de interesse público. Mas não fizeram assim os colegas e comandantes de Bolsonaro que pregaram a carta na parede do quartel.

De qualquer forma, a insistência de Bolsonaro em fazer campanha dentro dos quartéis e os comentários que fazia na tribuna irritavam o oficialato.

Em uma outra carta revelada pela imprensa em maio de 91, o então chefe do Estado Maior das Forças Armadas, general Jonas de Morais Correia Neto, o chama de “embusteiro, intrigante e covarde”, acusando-o de “inventar e deturpar visando aos interesses pessoais e da política”, como mostra reportagem abaixo, de 16 de abril de 1991.

Em outubro daquele mesmo ano, quando Bolsonaro já era deputado federal então pelo PDC-RJ (Partido Democrata Cristão), suas frequentes visitas ao antigo emprego, para fazer propaganda política e angariar votos, contrariaram de tal maneira seus ex-comandantes que estes proibiram a entrada de Jair Bolsonaro nos quartéis do Rio de Janeiro.

É que, de acordo com o Comando de Operações Terrestres (Coter) do Exército Brasileiro, Jair Bolsonaro estava insuflando a revolta na tropa.

O general Alberto dos Santos Lima Fajardo, então comandante do Coter, explicou a punição em entrevistas à imprensa.

Disse que Jair Bolsonaro estava “insuflando oficiais superiores e sargentos com panfletos criticando exaustivamente comando da tropa”.

Ao ficar sabendo da punição, Bolsonaro disse que estava sendo perseguido pelo generalato que ocupava o Comando Leste (divisão administrativa do Exército Brasileiro em que está o Rio de Janeiro).

Alertou seus colegas deputados para o risco que aquele tipo de arbitrariedade cometida pelo Comando Terrestre representava para a Câmara.

Disse que o general Fajardo estava “agindo irresponsavelmente” e que era questão de tempo para que outros congressistas passassem a receber este tipo de tratamento persecutório que os comandantes do Exército lhe conferiam.

A punição a Bolsonaro durou mais um ano. Nunca mais até hoje o Exército proferiu uma ordem como essa contra qualquer outro parlamentar brasileiro.



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EMERSON


27/07/1990
ANO:93
  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.