'Honda “7 galo”: a história da CB 750cc 0 28/10/1968 Wildcard SSL Certificates
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   28 de outubro de 1968, segunda-feira
Honda “7 galo”: a história da CB 750cc
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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A história da saudosa Honda CB 750 tem início nos anos de 1960, mesclando o furor do mercado por máquinas de grande cilindrada com as experiências da Honda nas pistas de corrida não só de motocicletas, mas da fórmula 1 também.

Já faziam muito sucesso as americanas Harley Davidson com seus motores V Twin de 1.300 cilindradas e as inglesas Triumph com seus motores de dois cilindros paralelos de 750 cilindradas.

A Honda já disponibilizava no mercado a CB 450 bicilíndrica com duplo comando de válvulas e que era capaz de atingir quase 180 km/h, mas só a alta velocidade não encantava os americanos, que era o principal e mais forte marcado da época, mas que exigia motocicletas grandes e com motores de grande capacidade cúbica.

Intrigado com a situação o próprio fundador e dono da marca da asa, Soichiro Honda, viajou até a Suíça em busca de respostas.

Daí surgiu a ideia de um novo projeto, à princípio de um bicilíndrico, mas entra em cena o gerente de serviços da Honda nos Estados Unidos, Bob Hansen, e então ele trouxe toda sua experiência e insistiu com o Sr. Honda que uma motocicleta com motor de quatro cilindros deveria ser a prioridade do projeto, pois ele já sabia de um projeto de motor de três cilindros dos ingleses da Triumph, a futura Trident 750. Então Hansen insistiu que uma motocicleta maior causaria mais impacto ainda.

Assim, em fevereiro de 1968, uma equipe foi montada para projetar a nova motocicleta de quatro cilindros com mais cavalaria que as Harley Davidson da época, que dispunham de 67 cavalos de potência.

Foi desenvolvido em seis meses um motor de quatro cilindros em linha com 736 cilindradas e comando único com acionamento central por corrente para abrir as oito válvulas do cabeçote. O virabrequim era lubrificado sob pressão, com cárter seco, daí o famoso reservatório de óleo na lateral.

Inicialmente o motor de funcionamento suave e cheio de potência foi testado no Japão e no deserto de Nevada, nos Estados Unidos, em um chassis de CB 450, mas ele se mostrou limitado e instável, mas principalmente os freios a tambor eram muito ineficientes. Foi quando surgiram os primeiros freios a disco em motos de rua.

Também foram feitos testes junto com as melhores motos da época como Harley FL, Norton Commando e Triumph Trident e todas ficaram para trás, não só em velocidade final, como também em desempenho em curvas.

Em 28 de outubro de 1968 a Honda CB 750 Four é apresentada no Salão de Tóquio e em 15 de março de 1969 ela é lançada oficialmente ao público custando US$ 1.295 dólares, quase mil dólares mais barata que as principais rivais.

Para se ter uma ideia da loucura que foi o lançamento da CB 750 Four em 1969 (a única motocicleta de rua capaz de alcançar a marca dos 200 km/h reais), a projeção de 1.500 motocicletas anuais foi revista para 3.000 unidades mensais e então, numa ação para tentar conter a demanda, o valor foi aumentado para US$ 1.495 dólares.

A Honda espalhou muito rápido a novidade pelo mundo e atacou primeiramente o mercado japonês, americano e europeu.

No Brasil, as primeiras versões de 1969 e 1970 denominadas K0, desembarcaram em setembro de 1969 e depois apenas as K1 de 1970 e 71 e as K2 de 1972 que foram oferecidas até 75, foram comercializadas. As K3, K4 e K5 não vieram e depois, a K6 retornou pouco antes do governo Geisel acabar com as importações.

Ainda com a proibição das importações chegou no mercado brasileiro a CBX 750 F em 1986, uma versão toda em preto e muito famosa pelo aro dianteiro de dezesseis polegadas e pelas ponteiras de escapamento em cromo preto.

Como inovação ela trazia suspensão traseira monoamortecida Pro-Link e semicarenagem e semiguidões e era capaz de ultrapassar a barreira dos 200 km/h. Competia na época com a famosa RD 350 LC que também acabava de aportar no Brasil em meados de 1986.

De 1988 até 1990 a CBX 759F foi nacionalizada e produzida na zona franca de Manaus nas famosas e belas versões vermelha, conhecida como Hollywood e azul, apelidada de Rothmans.

Em 1990 chegou a CBX 750 Indy com carenagem integral, que permaneceu no mercado brasileiro até 1994, com pouco mais de 11.300 unidades vendidas. Um sucesso para o, até então inovador, segmento das motos de grande cilindrada no Brasil.

Em 1975 surgiu uma versão F (em alusão a four de quatro cilindros ou a fun de diversão?) com tanque de 19 litros, a inédita trava de guidão incorporada ao contato, escapamento 4X1, freio à disco na traseira e pequenas alterações no comando de válvulas e no carburador capazes de fazer o motor render 73 cavalos, potência extraordinária para uma motocicleta da época.

Entre 1976 e 1978 surgiu a versão CB 750A com câmbio automático para atrair os olhares dos americanos que são os maiores apaixonados por esse tipo de transmissão.

Em 1979 estreia a versão KZ, uma motocicleta totalmente nova com um design bem semelhante ao da irmã com motor de seis cilindros em linha lançada no ano anterior, a CBX 1050.

Equipada então com o novo motor de 749 cilindradas com cabeçote de dezesseis válvulas e duplo comando. Sua produção foi encerrada em 1983 com a fama de péssima dirigibilidade e grande fragilidade mecânica.

Em resposta à Kawasaki Z1 de 900 cilindradas, a Honda lançou a CB 900F e uma versão CB 750 FZ Super Sport que utilizava como base o chassi da CB 900.

Outra versão curiosa é a CB 750 Custom Exclusive de 1979 que vinha equipada com guidão mais alto, assento marrom em dois níveis e algumas peças cromadas, tentando nitidamente atrair os compradores das custom americanas, obviamente sem o sucesso alcançado pelas outras versões.

A Honda CB 750 K0 inaugurou o segmento das Superbikes, uma motocicleta à frente do seu tempo e que reina até hoje, absoluta, como a motocicleta do século, levando seu legado ainda por muitas gerações.


O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros? Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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