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   23 de janeiro de 1982, sábado
Bieer
      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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STÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - AUTONOMIAO pleito, na solenidade vicentina (1)Leva para a página anteriorHistoricamente uma cidade guerreira, que sempre lutou por seus direitos, ao ponto de ser marcada com epítetos como Moscou Brasileira e Cidade Vermelha, Santos foi duramente castigada pela Ditadura Militar, com a perda de sua autonomia política e administrativa, em função de seu enquadramento como Área de Segurança Nacional. Desde então, cada oportunidade foi aproveitada para pleitear e debater a volta da autonomia para Santos. Como aconteceu durante as comemorações do 450º aniversário da fundação de São Vicente, em janeiro de 1982. Essa movimentação foi registrada pelo jornal santista A Tribuna em 23 de janeiro de 1982: Alm. Júlio de Sá BierrenbachFoto publicada com a matériaAutonomia: presidente precisa ser relembrado

"Se o presidente afirmou que dará a autonomia, não tenho porque duvidar. Eu confio no presidente. Talvez ele precise ser lembrado", referindo-se ao prazo de desincompatibilização que está próximo.

A afirmação foi feita ontem, em São Vicente, pelo ministro do Supremo Tribunal Militar, Júlio de Sá Bierrenbach, durante uma tumultuada e muito entrecortada entrevista.

Até fazer tal declaração, porém, o ministro demonstrou por várias vezes algum ceticismo com relação à concessão de autonomia a Santos.

Ao contrário de outras vezes, o almirante evitou ser direto em suas declarações e procurou sempre não ficar a circular pelas dependências da Câmara.

Inicialmente, o ministro disse que, ao defender há muito tempo a volta da autonomia, externara apenas um pensamento do presidente da República.

"Mas o presidente já esteve em Guarujá e anunciou publicamente. Por isso, entendo que não cabe fazer comentários".

Minutos depois, já num outro canto da sala do presidente da Câmara de São Vicente, indagado novamente sobre o assunto, o almirante disse que abraçava o "major Erasmo (que estava ao lado), que em 64 era comandante do Forte dos Andradas, pelas suas últimas declarações a respeito da autonomia".

A partir daí, a opinião do almirante tornou-se ainda mais controvertida, pois minutos antes, depois de enumerar vários pontos, o deputado Erasmo Dias havia dito que tinha quase certeza de que a autonomia não viria.

Erasmo Dias fundamentou sua opinião no fato da data máxima para desincompatibilização - 15 de fevereiro - estar bem próxima e também ser muito difícil que o Governo altere tal legislação. Num determinado momento, o coronel chegou a afirmar que, a persistir essa indefinição, o melhor "é entregar a Prefeitura para o Esmeraldo Tarquínio".

Alertado sobre essas declarações do deputado, o almirante reafirmou que "abraçava o major Erasmo, que em 64 era comandante do Forte dos Andradas, pelas suas últimas declarações".

"Mas, ministro, então podemos concluir que o senhor também tem quase certeza de que a autonomia não virá?", indagou um repórter.

"Não, nada de conclusões", respondeu.

A dúvida persistia e a única saída foi chamar José Peres, antigo diretor da Câmara de Santos e conhecido por seus laços de amizade com o ministro, para se obter uma declaração mais clara.

E o almirante então disse: "Se o presidente afirmou não tenho porque duvidar. Eu confio no presidente. Talvez ele precise ser lembrado".

Sobre como entendia a viagem de um grupo de empresários a Cuba, o almirante declarou: "O governo já se pronunciou a respeito, nada a declarar. Como juiz, não admito interferências em meus julgamentos, por isso não posso falar".

O almirante, em seguida, disse que apenas observava a iniciativa de alguns parlamentares a favor da prorrogação dos mandatos.

"Como eu vejo isso? eu não vejo, só observo", disse, para logo depois complementar: "No discurso que farei daqui a pouco na sessão eu lembro que 82, além dos 450 anos de São Vicente, é o ano em que se comemora o 50º aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932".

Por fim, indagado sobre as denúncias de corrupção em Cubatão, o almirante disse: "Vocês é que podiam dizer sobre o que está ocorrendo... mas se houver corrupção, o corrupto deve ser punido. Nisso eu sou intransigente, ninguém pode ficar impune".

A esta altura, o assunto autonomia dominava o gabinete do presidente da Câmara de São Vicente. O coronel Erasmo, abordando novamente o assunto, retificou parte do que havia dito: "Olha, troca o que falei: ao invés de que tenho quase certeza diga que eu tenho dúvidas".

Oposição ao governo - O senador Orestes Quércia, que também estava no gabinete, por sua vez, garantiu que ganhará a convenção que escolherá o candidato ao governo de São Paulo nas eleições de novembro.

Quércia sorriu, quando foi informado que, na parte da manhã, também em São Vicente, o senador Franco Montoro revelou que já conta com apoio de 80 por cento dos convencionais para disputar o Governo do Estado. "Aí é um problema de porcentagem", disse.

Orestes Quércia disse que, se perder a convenção, dará todo o apoio à candidatura de Franco Montoro. "O partido está acima de tudo, por isso perdedor tem que apoiar o vencedor. Falo isso, principalmente, porque sei que vou ganhar".

Por fim, Quércia garantiu que, se for eleito governador, fará oposição ao Governo Federal, no sentido de que sejam diretas as eleições para presidente em 1984 e ainda haja uma Assembléia Nacional Constituinte.

"Não, não haverá entendimento com o Governo Federal", comentou, numa clara referência ao recente pronunciamento de Montoro, dando conta que manterá diálogo com o governo se chegar ao Palácio dos Bandeirantes.


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Nós temos a pretensão que temos artistas, porque temos Portinari, porque temos Vila- Lobos, ou temos Beethoven. Então isso nos da aparência, o orgulho de que nós temos arte. Nós não temos arte porra nenhuma. Porque tanto Picasso quanto Beethoven pertencem a grupos muito pequenos. Bom, até que agora 1977) os instrumentos de massa estão permitindo que mais outras pessoas se comuniquem com isso. Mas é tudo um código complicado para que um popular chegue a entender isso. Na maior parte das vezes não chega. Ninguém chega a entender.



Data:
Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*



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