João Crisostomo da Silva Bueno registra seu testamento
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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JOÃO CRISÓSTOMO DA SILVA BUENO, Guarda MorTestamento e Inventário CEMEC – Prestação de Contas Testamentária – Lavras cx 52Testador: Gurda Mor João Crisóstomo da Silva BuenoTestamenteiro – Luiza Ludovina de Jesus - viúva Data do Testamento – 26/10/1838Local – Fazenda dos Tabuões – Vila de Lavras Comarca do Rio das MortesTranscrito por: Moacyr VillelaData da Transcrição: 2006 TESTAMENTO – Trechos Eu o Guarda Mor João Crisostomo da Silva Bueno, filho de Diogo da Fonseca Bueno e Reginalda Maria da Silva, natural e batizado na Vila de Sorocaba morador nesta Fazenda dos Tabuões, casado com Dona Luiza Ludovina de cujo matrimonio tivemos os filhos seguintes, alem de outros que faleceram. A saber:Francisca casada com Joaquim Jose Pedroso;Reginalda casada com Jose Joaquim Pedroso;Maria casada com Inácio Joaquim Borges;Teresa, casada com Joaquim Pinheiro;Jesuína casada com Francisco Antonio Pereira;Boaventura;Frutuoso;Ana;Umbelina, que existem solteiros.Declaro que no estado de solteiro tive uma filha natural de nome Silveria que se acha casada com Antonio Joaquim de Toledo, sendo esta com meus filhos, meus legítimos herdeiros das duas partes de meus bens.Nomeio Primeiro Testamenteiro a minha mulher com meu filho Boaventura. Em segundo lugar a Joaquim Jose Pedroso e Jose Joaquim Pedroso. Em terceiro a Francisco Antonio Pereira e Frutuoso Dias de Oliveira.Deixo minha terça a meus filhos Francisca, casada, Reginalda, Teresa, Jesuína, Boaventura, Frutuoso, Ana e Umbelina e não entram os outros filhos: Maria casada com Inácio Borges e Silveria casada com Antonio Joaquim de Toledo.Assinado na Fazenda Tabuões em 26 de outubro de 1838 Abertura em 3 de novembro de 1838 pelo vigário de Lavras Francisco de Paula Dinis logo após a morte do testador “Não aceito a testamentária porque não me convem – Lavras a 3 de novembro de 1838 – Boaventura da Fonseca e Silva.” JOÃO CRISOSTOMO DA SILVA BUENO, Guarda MorInventário CEMEC – Campanha – Inventários de Lavras cx 58Inventariado: Guarda Mor João Crisostomo da Silva BuenoInventariante: Luiza Ludovina de Jesus – viúva. Partilha amigável das terras da Fazenda Cachoeira dos TabuõesInicio – 25 de abril de 1842Local – Vila de LavrasTranscrito por: Moacyr VillelaData da Transcrição: 2006 valor da Fazenda – 8:334$000. herdeiros herdaram na terça e outros dois somente nas suas legitimas:Herdeiros :1- Jose Joaquim Pedroso por cabeça de sua mulher Reginalda Maria de Jesus; valor-451$219;2- Boaventura da Fonseca e Silva, por cabeça de sua mulher Ana Isabel de Jesus . valor-451$219;3- Joaquim Custodio Pereira por cabeça de sua mulher Ana Esmeria de Jesus. Valor-451$219;4- Francisco Dias Pereira por cabeça de sua mulher Jesuína Cândida de Oliveira. Valor – 451$219;5- (Frutuoso) Dias de Oliveira. Valor-451$219;6- Umbelina Cândida Ludovina, órfã em presença de seu tutor Capitão Joaquim Jose Pacheco. Valor-451$219;7- Capitão Joaquim Jose Pedroso. Com compra do interessado:8- Antonio Joaquim de Toledo. Valor – 729$841;9- Inácio Joaquim Borges por cabeça de sua mulher Maria Cândida de São José, com compra do interessado :10- Joaquim Jose Pinheiro – 729$841
O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.
Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?
Quantos ou quais eventos são necessários para uma História? Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.
Mary Del Priori, historiadora:
Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.
Lia Calabre, historiadora:
A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]
Quantos registros?
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.
Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.
Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.
Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.