Segundo o cronista e poeta Ezequiel Freire em 1882, descreve dessa forma o casarão de Nicolau Vergueiro: “A Chácara da Saúde, fundada pelo Dr. Nicolau Vergueiro, exclusivamente destinada à convalescença e restauração dos doentes, não recebe pessoas afetadas de moléstias contagiosas. Está situada num planalto, dominando extensas terras, sendo que os arredores do prédio são de terrenos areentos, muito enxutos, plantados de vinhedos e cereais. O edifício é vasto, alto, ventilado, inundado de luz, mantido com muita ordem e meticuloso asseio. Entretanto a modéstia do proprietário, que não anuncia o seu estabelecimento em retumbantes reclames, faz com que não seja a "Chácara da Saúde" tão frequentada quanto era de esperar, atenta a excelência dos ares da localidade, e a confortável hospedagem que oferece”.Com a saída do caseiro que era alemão e não encontrando ninguém com as mesmas qualidades, Nicolau decidiu fechar a Casa da Saúde. Como o Ezequiel mencionou acima, já existia um vinhedo na propriedade, assim em meados de 1888, ele começou a investir na plantação de uvas especiais, fabricando os vinhos de nomes “Sangue Paulista” e “Caboclo” que distribuiu em Sorocaba e nos bares e restaurantes famosos de São Paulo, com uma boa aceitação, mas com o tempo os resultados obtidos não se mantiveram, assim também encerrou as atividades desse negócio.
Nós temos a pretensão que temos artistas, porque temos Portinari, porque temos Vila- Lobos, ou temos Beethoven. Então isso nos da aparência, o orgulho de que nós temos arte. Nós não temos arte porra nenhuma. Porque tanto Picasso quanto Beethoven pertencem a grupos muito pequenos. Bom, até que agora 1977) os instrumentos de massa estão permitindo que mais outras pessoas se comuniquem com isso. Mas é tudo um código complicado para que um popular chegue a entender isso. Na maior parte das vezes não chega. Ninguém chega a entender.
Data: 01/11/1977 Fonte: José Viana de Oliveira Paula entrevista Darcy Ribeiro (1922-1997)*