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   21 de julho de 1841, quarta-feira
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      Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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Salvador nasceu em Itaboraí, no Rio de Janeiro, em 21 de julho de 1841. Era filho do comendador Salvador Furtado de Mendonça, dos Açores, e de Amália de Meneses Drummond, descendente dos Drummond da Escócia, de quem recebeu o início de sua educação em línguas, música e desenho.

Após frequentar uma escola pública de Itaboraí, foi à corte no Rio de Janeiro, aos 12 anos, onde seguiu os estudos no Colégio Marinho e, por dois anos, no Colégio Curiácio, então dirigido pelo Barão de Tautphoeus.

Em 1858, ao concluir seus estudos, o Barão levou-o à presença do imperador Pedro II (r. 1831–1889), como um prêmio aos seus esforços de estudioso. À época conheceu Machado de Assis, com quem amigou e manteve convívio diário, Casimiro de Abreu, Gonçalves Dias, Araújo Porto-Alegre e Joaquim Manuel de Macedo.

Em 1859, foi a São Paulo para matricular-se na Faculdade de Direito e iniciou sua colaboração na Revista Mensal do Ensaio Filosófico Paulistano, onde publicou a poesia Singairu, lenda das margens do Piraí, 1567. Em 1860, fundou, com Teófilo Ottoni Filho, o jornal A Legenda, onde iniciou-se nos assuntos de crítica social e política.

No fim do ano, faleceram seus pais e Salvador voltou ao Rio, como chefe de sua família. Entrou à redação do Diário do Rio de Janeiro, de Saldanha Marinho. Em 1861, casou-se com Amélia Clemência Lúcia de Lemos, tornou-se professor de latim e iniciou suas atividades em outros jornais: no Jornal do Comércio fazia crítica teatral e no Correio Mercantil, a "Semana Lírica".

Em 1865, foi encarregado pelo Marquês de Olinda de reger a cadeira de Corografia e História do Brasil no Imperial Colégio Pedro II, em substituição a Joaquim Manuel de Macedo. Em 1867, regressou a São Paulo para concluir o curso de direito.

Assumiu o cargo de diretor de O Ipiranga, órgão do Centro Liberal de São Paulo, e na atividade iniciou a propaganda republicana. Graduado em 1869, voltou ao Rio e, com Saldanha Marinho, foi trabalhar como advogado.

Em 1870, cofundou o Clube Republicano com Saldanha Marinho e Quintino Bocaiúva. Foi então redigido o Manifesto de 70, cujo capítulo A verdade democrática é de autoria de Salvador. Fundou-se também o jornal A República, em cuja redação se congregavam Salvador, Quintino Bocaiúva, Aristides Lobo, Lafayette Rodrigues Pereira, Pedro Soares de Meireles e Flávio Farnese.

Nos anos seguintes, Salvador dedicou-se também a traduzir obras de autores franceses para a Casa Garnier. Em 1875, publicou seu primeiro e único romance, Marabá, bem como enviuvou. Nomeado cônsul privativo do império em Baltimore, logo depois foi nomeado para o consulado de Nova Iorque e, em 3 de maio de 1876, foi promovido a cônsul-geral do Brasil nos Estados Unidos. No ano seguinte casou-se com a estadunidense Maria Redman.

Em 6 de julho de 1889, foi nomeado enviado extraordinário e ministro plenipotenciário em missão especial nos Estados Unidos e delegado do Brasil à 1ª. Conferência Internacional Americana.

Achava-se neste posto, junto com outro delegado, Lafayette Rodrigues Pereira, quando foi proclamada a República no Brasil. Tomou a defesa do regime implantado pelo Marechal Deodoro e foi por sua influência que os Estados Unidos facilmente reconheceu o novo regime.

Em 12 de abril de 1890, foi exonerado, a pedido, de cônsul-geral do Brasil em Nova Iorque, mas continuou nos Estados Unidos como ministro em missão especial. Exonerado desse cargo em 18 de dezembro de 1890, pelo fim da missão especial, foi imediatamente nomeado enviado extraordinário e ministro plenipotenciário de 1ª. classe em Washington. Com a eclosão da Revolta da Armada de 1893, coube a Salvador evitar que os Estados Unidos reconhecessem os diretos de beligerantes aos revoltosos.

Por ato de 3 de março de 1898, foi removido da legação do Brasil em Washington à de Lisboa. Por ocasião de sua saída, pôde constatar, não só nas palavras do presidente Mac Kinley, mas também nos artigos de todos os jornais americanos, que era apreciado como "amigo da América", "grande pan-americano".

Porém, sua remoção para Lisboa não foi aprovada pelo Senado, e foi exonerado do cargo. Em 28 de janeiro de 1897, na sessão preparatória da Academia Brasileira de Letras, foi um dos nomes escolhidos para completar o quadro dos fundadores e criou a cadeira nº. 20, cujo patrono é Joaquim Manuel de Macedo.

Em 10 de setembro de 1903, por ato do presidente Rodrigues Alves, foi considerado em disponibilidade desde 1898. Encarregou-se, então, de trabalhos de tradução e, nos últimos anos, já cego, escrevia artigos a O Imparcial e O Século, comentando a diplomacia brasileira e recapitulando sua carreira em Washington.

Pouco antes do seu falecimento, publicou os volumes Coisas do meu tempo, reunindo os artigos saídos em O Imparcial, e A situação internacional do Brasil, reunindo os artigos de O Século. Publicou trechos de suas memórias no jornal O Brasil e se opôs à reforma ortográfica proposta por Medeiros e Albuquerque em 1907.

Escreveu um parecer sobre a questão de limites entre Paraná e Santa Catarina e publicou uma apreciação sobre o Memorial de Aires de Machado de Assis. Em 1909, acompanhou os últimos meses da vida de seu irmão Lúcio, morando ambos na Gávea. Faleceu no Rio de Janeiro, em 5 de dezembro de 1913.


O que é História?
Abraham Lincoln (1809-1865) dizia que "se não for verdade, não é História. Porém, é possível contar um monte de mentiras dizendo só a verdade.

Existiu um homem que pegou uma nação destruída, recuperou sua economia e devolveu o orgulho ao seu povo. Em seus quatro primeiros anos de governo, o número de desempregados caiu de 6 milhões para 900 mil pessoas. Este homem fez o produto interno bruto crescer 102% e a renda per capita dobrar, aumentou os lucros das empresas de 175 milhões para 5 bilhões de Marcos e reduziu uma hiperinflação, a no máximo 25% ao ano. Este homem adorava música e pintura e quando jovem imaginava a seguir a carreira artística. [28174] Você votaria neste homem Adolf Hitler (1889-1945)?



Quantos ou quais eventos são necessários para uma História?
Segundo Aluf Alba, arquivista do Arquivo Naciona: o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

É sempre um processo político de escolha, por isso que é tão importante termos servidores públicos posicionados, de pessoas preparadas para estarem atuando nesse aspecto.


Mary Del Priori, historiadora:

Nós temos leis aqui no Brasil, que são inclusive eu diria bastante rigorosas. Elas não são cumpridas, mas nós temos leis para arquivos municipais, estaduais e arquivos federais, que deveriam ser cobradas pela própria população, para manutenção desses acervos, acervos que estão desaparecendo, como vimos recentemente com o Museu Nacional e agora com a Cinemateca de São Paulo. E no caso dos arquivos municipais, esses são os mais fragilizados, porque eles tem a memória das pequenas cidades e dos seus prefeitos, que muitas vezes fazem queimar ou fazem simplesmente desaparecer a documentação que não os interessa para a sua posteridade. Então esse, eu diria que essa vigilância sobre o nosso passado, sobre o valor dos nossos arquivos, ainda está faltando na nossa população.

Lia Calabre, historiadora:

A memória de Josef Stálin inclusive, ela serve para que não se repitam os mesmos erros, ela serve para que se aprenda e se caminhe. Os processos constantes de apagamento. Existe um depósito obrigatório de documentação que não é feita, na verdade se a gente pensar, desde que a capital foi para Brasília, os documentos não vieram mais para o Arquivo Nacional. [4080]

Quantos registros? Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:

- Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).

- Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.

- Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.

- Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.

- Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.

- Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.

Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.

Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.

Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.


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