Os acionistas da Estrada de Ferro Sorocabana eram 336 e somavam 20.000 ações
Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Em resposta ao texto (imagem 1) publicado no Diário de São Paulo no mes anterior, o mesmo jornal publicou no dia 14 de agosto de 1871 uma lista (imagem 2) contendo os nomes e quantidade de ações, que somavam 20.000, de um deles.
Segue a matéria publicada dia 20 de julho: Maylasky afirma ter recebido um telegrama declarando que capitalistas ingleses concorriam com dois mil contos para a Estrada de Sorocaba. Desejando saber o que havia de verdade entre nos "mil boatos" com relação á empresa da qual Maylasky era a almam o jornal pediu a ele que se dignificasse a dar alguns esclarecimentos sobre as dúvids, desfazendo com a sua honrada palavra o que houvesse de mentiroso nos boatos.
Haviam dois que se propagavam boatos de que o governo geral garantia 2% sobre os 7 da garantia provincial; posteriormente, eram capitalistas do Rio de Janeiro que tomavam todas as ações, com a condição de ser a sede da companhia transferida para aquela praça; mais tarde, eram banqueiros alemães que disputavam a preferência na obtenção das ações: e então finalmente era a Grã-Bretanha que apareca em cena querendo também concorrer com dois mil contos!
O jornal dizia que "estas patranhas", "adrede" forjadas para atrair a concorrência dos incautos, produziram, ao invés da espectativa, uma grande desconfiança, que se traduziu na retirada de muitos acionistas por ocasião da primeira chamada de 5%, que fazia a Companhia.
O jornal pedia que Maylasky falasse e desmacarasse aqueles que do seu nome serviam-se para ousar da alheia boa fé.
Para que uma companhia anonyma pudesse ser incorporada, exigia o decreto de 1860, que se tivesse pelo menos a metade do capital subscrito; por conseguinte, a Companhia Sorocabana, cujo fundo era social era de quatro mil contos, tinha indeclinável necessidade, para obter do governo a autorização para incorporar-se, de apresentar um número de acionistas que representasse pelo menos dois mil contos; a uma chamada de 5% devia levar aos cofres da Companhia nunca menos de cem contos.
Entretanto, chegada a informação de que, ao findar-se o prazao, achava-se realizada somente á quantia de trinta e poucos contos, correspondente a seiscentos contos, o que era 1/7 do fundo social da Companhia.
O jornal concluía que, de duas, uma: ou muitos dos subscriores apresentados ao governo eram fantasiosos, sem os requisitos que a lei exigia, ou, leva-los pelo reconhecimento de que a empresa tó traria prejuizos, a abandonaram.
De que outro modo, como explicar a retirada de mais de mil e quatrocentos contos? E não será esta hipótese de que trata o art. 295 do Código do Comércio?São Paulo, 20 de julho de 1871
Sinceramente esperamos, fervorosamente rezamos, para que este poderoso flagelo da guerra possa finalmente acabar. Mas se Deus quiser que ela continue até que toda a riqueza pilhada pelos escravos, 250 anos de labuta não retribuída afunde e até que cada gota de sangue derramada pelo chicote deva ser paga por outro golpe de espada, como foi dito três mil anos atrás e ainda precisa ser dito o julgamentos do senhor são justos e verdadeiros completamente.
Data: 11/04/1865 Fonte: Último discurso de Abraham Lincoln